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CASA DE SÁ Traditional Cache

Hidden : 7/10/2012
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   not chosen (not chosen)

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Geocache Description:

TENHAM CUIDADO COM A ZONA DEVIDO A PROXIMIDADE DA ESTRADA NACIONAL E AOS MUGGLES.

NAO COLOQUEM FOTOS DA CACHE E LEVEM ALGO PARA ESCREVER.

PEÇAM PARA FAZER UMA VISITA E CONHECER A SUA HISTORIA.

Datada, na sua forma actual, da segunda metade do Século XVIII, a Casa de Sá situa - se na freguesia de Santa Eulália (até à pouco tempo Santa Eulália de Barrosas) e pertence hoje ao Concelho de Vizela, distrito de Braga. Representa esta casa um belo e curioso exemplar da arquitectura civil portuguesa da referida época. Casa apalaçada é antecedida de um pórtico de granito com brasão de armas, com ameias de traçado manuelino, elemento revivalista que nos séculos XVII e XVIII constituía reivindicação de nobreza antiga. Aí se insere o portão nobre, ladeado de uma pequena capela de invocação de Santa Ana. Franqueado o portão, descobre-se um amplo jardim de características românticas, datado da segunda metade do século XIX, e a casa propriamente dita. O traçado da casa indicia uma construção em duas fases, com a parte mais antiga virada a Ocidente e datando, provavelmente, do século XVI. A antiguidade da instalação nas terras de Sá de Riba – de – Vizela é aliás atestada por várias espécies bibliográficas que desde a Monarquia Lusitana (Lisboa, 1650, V parte p. 217) até ao Nobiliário de Famílias de Portugal (Braga, 1938, vol. IX) referem a existência de uma família deste apelido e/ou de uma quinta de Sá, no julgado de Guimarães, nas proximidades do rio Vizela e da povoação de Barrosas. Na Casa de Sá podem destacar-se, como elementos de maior interesse do ponto de vista arquitectónico o aproveitamento do relevo do terreno na construção, de que resulta o encaixe num terreiro sobranceiro ao jardim da fachada ocidental da casa, e a harmonia das fachada principal e oriental, regularizada esta última por amplas varandas de ferro. Saliente-se o facto de a casa estar encimada por um “mirante”, elemento arquitectónico muito usado, à época no Brasil, na região de Minas Gerais, mas bastante raro em Portugal. O facto de um dos seus proprietários, Francisco Moreira Carneiro, ter sido, precisamente no século XVII, capitão – mor em Minas Gerais, ajuda a compreender esta peculiaridade arquitectónica. Centro organizador de uma exploração agrícola com alguma importância até meados do século XX, a Casa de Sá esteve também ligada desde muito cedo e de forma pioneira a actividades industriais. A mais relevante dessas actividades teve a ver com a fabricação de pasta de papel vegetal, actividade em que foi pioneira no nosso país e provavelmente na Europa. A autorização para a edificação de “huma grande fábrica de papel feita de vegetais junto ao rio Vizela” foi obtida por Francisco Joaquim Moreira de Sá, no início do século XIX, por Alvará Régio de 29 de Janeiro de 1802, com a concessão de exclusivo por 25 anos. A fábrica pouco tempo laborou dado ter sido destruída aquando das invasões francesas período em que os seus proprietários se transferiram para o Brasil, acompanhando D. João VI e a Família Real. Tudo indica que, no Brasil, Francisco Joaquim Moreira de Sá tenha prosseguido os seus objectivos relativamente a esta indústria lançando-se em novos empreendimentos. Embora dela não restem vestígios arqueológicos, a fábrica de papel de Vizela tem sido objecto de um grande interesse por parte dos historiadores da indústria portuguesa daquele período sendo referida e analisada um inúmeras obras especializadas. A fábrica de papel vegetal não foi porém a única actividade de tipo industrial a que a Casa de Sá esteve ligada. Ela também acompanhou o surto de sericultora que se registou na segunda metade do século XIX, podendo ver-se ainda hoje o edifício construído para a criação de bichos-da-seda e para a instalação de teares. Na sua área circundante encontram-se ainda espaços e equipamentos de uma grande casa agrícola como por exemplo uma espaçosa eira, e um moinho de água para além de numerosas dependências agrícolas. No rés-do-chão da própria casa encontra-se também um espaçoso e antigo lagar de granito em bom estado de conservação. Os proprietários da Casa de Sá participaram desde a segunda metade do século XVIII do movimento ilustrado português como pode ser comprovado, entre outras coisas, pela esplêndida biblioteca que reuniram e pelo seu característico interesse pelos progressos materiais e pela inovação tecnológica tanto no plano agrícola como no plano industrial. Ao progresso agrícola da região consagrou o mesmo Francisco Joaquim Moreira de Sá um importante estudo. O interesse pelo ideário da Ilustração dos proprietários da Casa de Sá transformou-se, no período das lutas liberais, numa inequívoca adesão ao Liberalismo. Este posicionamento teve profundas implicações políticas e económicas sobre a Casa cujos bens foram sequestrados durante o reinado de D. Miguel. O seu herdeiro, Miguel António Moreira de Sá (1802 – 1836) que participou na revolta liberal do Porto de 1828 tendo acompanhado Sá da Bandeira na sua retirada para a Galiza, foi obrigado a exilar-se, primeiro em França e na Inglaterra e finalmente no brasil, de onde só regressou em 1834. Antes estivera preso no Castelo de Guimarães de onde se conseguira evadir com outros presos liberais numa audaciosa fuga. De regresso a Portugal, Miguel António Moreira de Sá radicou-se em Lisboa onde foi jornalista e redactor do Jornal O Nacional principal órgão da oposição aos governos Cartistas saídos do pós-guerra e do que viria a ser, mais tarde, a corrente Setembrista. Precocemente falecido, Miguel António Moreira de Sá teve vários filhos a quem transmitiu o seu gosto pelas letras e as suas convicções liberais. Uma delas, a herdeira da Casa de Sá, Ana Amália Moreira de Sá e Melo (pelo seu casamento com Manuel da Silva e Melo) viria a ser conhecida como poetisa e a corresponder-se com figuras tão notáveis da cultura oitocentista como Camilo Castelo Branco, que sobre ela escreveu algumas páginas do Cancioneiro Alegre e de quem o arquivo da Casa de Sá guarda três cartas. Para além das cartas autografadas de Camilo, o arquivo da Casa de Sá conserva outros vestígios do seu envolvimento com o meio cultural e político nacional da segunda metade do século XIX contendo também, por exemplo, exemplares de autógrafos de Cartas de Fontes Pereira de Melo, António Enes e Alberto Pimentel, além de valiosa documentação relativa ao período das lutas liberais. Já no século XX, um jovem bisneto da poetisa do Vizela, Miguel de Sá e Melo, precocemente desaparecido, iria relacionar-se também e corresponder-se com algumas figuras de grande relevo na cultura da época das quais cabe destacar o escritor José Régio sobre quem escreveu o ensaio intitulado “O aceno de Deus na poesia de José Régio” (Coimbra, 1936). Depois do falecimento de Miguel Sá e Melo, José Régio iria manter uma longa correspondência com a sua mãe, D. Cândida Sá e Melo, de que foram publicadas algumas cartas nas obras completas do poeta. As cartas inéditas de José Régio para D. Cândida Sá e Melo encontram-se também no arquivo da Casa de Sá. Em processo de classificação como Imóvel de Interesse Público pelo IPPAR, a Casa de Sá encontra-se descrita no inventário do Património Arquitectónico (IPA) da Direcção – Geral dos Monumentos Nacionais sob o nº. 0314010005.


Pedra de Armas do Concelho de Lousada (heráldica de Família), 1959
A Heráldica de Família no Concelho de Lousada, Aditamento a “Pedras de Armas do Concelho de Lousada, Edição da Câmara Municipal de Lousada, 1999.

Capela de N.ª Sr.ª das Dores (Santa Eulália)
Esta capela, dedicada a N.ª Sr.ª das Dores, encontra-se na propriedade da Casa de Sá, em St.ª Eulália. No seu interior, mais concretamente no chão da capela, estão sepultados alguns dos antepassados da Casa de Sá, entre eles, a poetisa Ana de Sá, uma das grandes poetisas do Século XIX. Esta casa foi referenciada nos escritos de Camilo Castelo Branco, aquando das referências feitas a Vizela.

Additional Hints (Decrypt)

freá???

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)