IGREJA MATRIZ DE RIBEIRA DE
FRADES
Com esta cache pretendemos dar a conhecer não só a Igreja
Matriz mas toda a zona envolvente. Sugerimos que passeiem um pouco
pelo Largo do Rossio, onde para além da Igreja, poderão conhecer
também o Pelourinho.
“Construída no séc. XVI, a Igreja Matriz de Ribeira de
Frades, foi modificada em várias épocas, tendo a última ocorrido
provavelmente em 1893, data que se encontra inscrita no chão à
entrada do templo.
Exteriormente apresenta uma fachada de frontaria baixa, na
qual se enquadra uma porta com arco sem impostas.
Por cima desta está um nicho com a escultura do padroeiro
– S. Miguel, de pedra e do séc. XV. A existência de dois
cachorros na fachada leva-nos a crer que a entrada da igreja se
faria por um alpendre.
A ladear fachada está a torre sineira, construção do séc.
XVII, de estrutura simples cuja cobertura é de forma
piramidal.
O interior mostra-nos uma igreja composta por nave única,
ampla e sem transepto. O acesso à Capela-mor faz-se através de um
arco cruzeiro, chanfrado nos dois lados formando”S”,
tendo por cima um crucifixo de madeira do séc. XVIII.
O Altar-mor dos finais do séc. XVII, é formado por colunas
torneadas e pâmpanos, entre as quais se encontra um nicho com
trono, que mostra no último degrau uma imagem recente de Cristo
redentor.
Lateralmente estão duas esculturas representando Santo Amaro
(à esquerdas), e S. Miguel (à direita). Na Capela-mor são visíveis
alguns azulejos sevilhanos, do séc. XVI, de vários padrões que
decoram o rodapé.
Os retábulos colaterais são de talha dourada, dos sécs.
XVII-XVIII e mostram as esculturas do Sagrado Coração de Jesus
(recente), ao Evangelho e Nossa Senhora da Conceição, do séc. XVIII
e em madeira, à Epistola. À esquerda do retábulo colateral esquerdo
vê-se uma grande tela representando S. Miguel, e que pertence ao
retábulo principal.
No sé. XIX foram rasgadas no corpo da igreja, duas capelas
laterais, que nos mostram retábulos. A capela da direita está
datada de 1827 e o retábulo que aí se encontra parece ter sido
adaptada a este local. Mostra um agrupamento de talhas
setecentistas ao centro e seiscentistas aos lados. Nesta capela,
encontram-se várias esculturas: São Francisco e Santa Clara (no
retábulo, à esquerda) Santo António e S. Sebastião (no Retábulo, à
direita)e ainda S. João Baptista, gótica, de madeira, do séc. XVI,
e Santa Eufémia, de pedra do séc. XVI.
A capela da esquerda mostra a data de 1888 e contém um
retábulo do séc. XVIII, com duas colunas e uma tela, ao centro, com
o tema de Anunciação.
Ainda no interior da igreja regista-se a existência das
esculturas de Nossa Senhora com o Menino, de tamanho quase natural,
de pedra, do séc. XVI, graciosa e seguindo o modelo ruanesco; e
também uma Trindade de pedra da segunda metade do séc. XVI, que se
encontra à direita do retábulo colateral direito.
Destaca-se na igreja umas notáveis teias de madeira exótica,
de torneados, do fim do séc. XVII, que foram trazidas de um
convento extinto (desconhece-se qual). Apesar de terem na sua
maioria desaparecido, as que hoje vemos foram adaptadas para os pés
da ara do altar bem como para grade do antigo
baptistério.”
Fonte: http://www.ribeiradefrades.eu/