A descrição da Chega de Bois em Montalegre transvaza o planalto barrosão e torna-se acessível a todos através das rádios e televisões. Os meios de comunicação social acorrem ao campeonato de Chegas de Bois.
O recinto com zona para a luta dos bois assinalada e protegida dos espectadores reúne as condições de segurança para assistir a este espectáculo, cuja origem se perde no tempo.
Quando as Chegas se faziam quase como rixas entre aldeias. «O boi do povo era comunitário. Toda a gente dava comida para o animal. Depois as aldeias faziam as Chegas entre si, com os bois que cada uma possuía. Marcava-se a hora e local para a refrega. Se o boi ganhasse era uma festa na localidade. Era um rei que entrava na aldeia. Se perdia ia para a feira, deixavam-nos mesmo a sede».
A realidade do boi do povo já vai longe no tempo. Hoje, criar um boi de raça barrosã requer elevados custos, «porque o animal não é rentável». Os criadores de animais no concelho de Montalegre têm mesmo vindo a optar por raças cruzadas. No entanto, permanecem na região criadores persistentes, interessados em continuar a tradição e que vão alimentando o boi barrosão apenas para a competição.
O burburinho no recinto aumenta.