A Sociedade Instrução e Recreio de
Lares foi fundada, oficialmente, em 1926 por um
grupo de Amigos que possuía uma grande sede de cultura popular e um
espírito verdadeiramente altruísta. Este gesto abnegado reflectia,
por um lado, a visão que os sócios fundadores acalentavam sobre o
caminho que era necessário seguir para melhorar a instrução e a
cultura da população de Lares; por outro lado, mostrava a sua
preocupação no incremento das condições de lazer dos habitantes de
Lares e no crescente despertar da consciência cultural de uma
população estreitamente inserida numa comunidade rural.
A Filarmónica de Lares começou com apenas treze elementos e era
dirigida pelo Sr. Manuel Ângelo Esteves Pardal, que tinha sido
músico militar em Lisboa. Curiosamente, a primeira actuação da
Filarmónica aconteceu alguns anos antes da fundação oficial da
Sociedade Instrução e Recreio de Lares, por ocasião da inauguração
da extinta Empresa Vidreira da Fontela em 1920. No entanto as
premissas de instrução e recreio desta associação conduziram, no
acto da fundação, à integração da Filarmónica de Lares no seio da
Sociedade Instrução e Recreio de Lares. A Filarmónica de Lares foi
evoluindo na arte musical e crescendo em número de executantes,
tornando-se rapidamente numa unidade cultural de importância
incontornável no panorama sócio-cultural da freguesia de Vila Verde
e do concelho da Figueira da Foz. Este estatuto é
inquestionavelmente mantido ainda hoje.
Ao longo das suas oito décadas de existência, a Filarmónica de
Lares actuou de norte a sul de Portugal em inúmeras festas de
natureza religiosa, festas populares, encontros de bandas,
concertos, galas de beneficência e recepções a autoridades civis.
Quando no final da década de 70 a Filarmónica de Lares ainda era
dirigida pelo Sr. António Pardal, filho do primeiro maestro,
aconteceu a sua primeira internacionalização. Desde sempre, tem
sido apanágio da Filarmónica de Lares oferecer aos seus ouvintes e
amigos momentos musicais de indiscutível qualidade e virtuosismo,
quer actue no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, no
Pavilhão de Portugal em Lisboa ou num qualquer modesto palco
improvisado por uma qualquer comissão de festa.
Associada à Filarmónica existe uma Escola de Música com mais de
duas dezenas de alunos distribuídos por seis monitores. A
frequência da Escola de Música é gratuita, bastando para isso que
os alunos (ou os seus pais, no caso de serem menores de idade)
sejam sócios da Sociedade Instrução e Recreio de Lares.
Actualmente, os monitores da Escola de Música são o Maestro Sr.
Paulo Silva, Sandra Bertão, Daniel Miguéis, Ruben Reis, Mariana
Neves e Leonel Simões, também músicos da Filarmónica de
Lares.
Para além dos dois maestros mencionados já anteriormente, a
Filarmónica de Lares tem a agradecer o empenho e dedicação dos
seguintes maestros: Sr. Carlos Cardanho (1981-1983 e 1989-1995);
Sr. José Alves Garcia (1983-1988); Dr. Vítor Ferreira (1996-2001);
Dr. Rui Alves (2001-2005).
Presentemente a Filarmónica possui 37 elementos e a sua direcção
artística está confiada, desde 2006, ao Maestro Sr. Paulo Silva,
que por inerência de funções é o coordenador da Escola de Música. O
Sr. Joaquim Simões é o presidente da Direcção da Sociedade
Instrução e Recreio desde 2004.
O dia de Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo de cada ano é o dia
de aniversário da Filarmónica de Lares.