Segundo os historiadores e arqueólogos:
«Cromeleques são conjuntos de diversos menires agrupados em um ou vários círculos, em elipses, em rectângulos, em semicírculo ou por vezes sem ordem aparente.
Estes monumentos encontravam-se ligados a práticas religiosas e à observação de acontecimentos astronómicos.»
È claro que hoje em dia ninguém acredita nesta descrição, até porque está mais que comprovado que observar um astro através de um menir, não trás qualquer melhoria óptica. Menires dispostos sem ordem aparente, também não parecem ser a melhor forma de marcar acontecimentos astronómicos.
Os mais recentes estudos realizados por conceituados cientistas, provam sem margem para qualquer dúvida que a utilização dos menires, tinha finalidades bem diferentes. Passo a citar o Professor Doutor Lunátic no seu artigo “Um estudo sobre Menires e Cromeleques e seu impacto nas novas correntes da arte pré-histórica, associada ao desenvolvimento técnico-científico e sua relação com a corrida ao espaço”
«Menires, eram objectos de arte, utilizados na decoração exterior das vivendas pré-históricas. Tal como hoje se usam enormes talhas de barro nos jardins, antigamente eram os menires um símbolo de status social, quanto maior o menir no jardim, maior a riqueza do proprietário.
Os fabricantes e vendedores de menires, tinham por hábito nos seus stands de venda, dispor os menires ao alto, formando diversas formas geométricas, para os compradores poderem mais facilmente proceder à escolha do menir do seu agrado.
Com o passar dos séculos, e com a substituição gradual dos menires pelas estatuetas de cimento branco, que hoje podemos observar em frente a muitas moradias, estes locais foram abandonados por falta de compradores. Alguns destes locais deram origem àquilo que os historiadores hoje em dia chamam de cromeleques.»
Um dos mais conhecidos vendedores de menires foi Obelix. Num livro ainda por publicar, mas a que tive acesso, é relatada a estadia prolongada de Obelix e do seu relações públicas Asterix, no Alentejo.
Tendo tomado conhecimento que na região a Sul do Tejo habitava um povo conhecido pela sua valentia e força física, a inseparável dupla, resolveu visitar o Alentejo para ver se os relatos correspondiam à realidade. A realidade superou as suas expectativas e Obelix e Asterix fixaram-se no Alentejo durante alguns anos, tendo montado diversos stands de venda de menires.
Foram muitas as aventuras vividas por este duo na companhia dos Alentejanos. Por outro lado os menires de Obelix impressionaram os habitantes locais pela sua durabilidade e perfeição de fabrico, tendo alcançado grande êxito comercial.
Na hora de regresso a terras da Gália, Axterix reconheceu no seu discurso de despedida que nunca tinha encontrado em todas as viagens pelo mundo um povo dotado de tantas qualidades e força, como este que tinha aqui encontrado a Sul do Tejo.
È de notar que estes atributos dos Alentejanos sempre foram reconhecidos, de tal forma que D. Nuno Álvares Pereira, fez aqui o seu recrutamento. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da desproporção numérica: «Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os Alentejanos estão do nosso lado?»
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