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Boca da Vala Real -Salvaterra de Magos Traditional Cache

This cache has been archived.

btreviewer: Esta cache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada perante as situações relatadas. Relembro a secção das guidelines sobre a manutenção http://www.geocaching.com/about/guidelines.aspx#cachemaintenance :

[quote]
Você é responsável por visitas ocasionais à sua geocache para assegurar que está tudo em ordem para funcionar, especialmente quando alguém reporta um problema com a geocache (desaparecimento, estrago, humidade/infiltrações, etc.), ou faz um registo "Precisa de Manutenção". Desactive temporariamente a sua geocache para que os outros saibam que não devem procurar a geocache até que tenha resolvido o problema. É-lhe concedido um período razoável de tempo - geralmente até 4 semanas - dentro do qual deverá verificar o estado da sua geocache. Se a geocache não estiver a receber a manutenção necessária ou estiver temporariamente desactivada por um longo período de tempo, poderemos arquivar a página da geocache.

Por causa do esforço requerido para manter uma geocache, por favor coloque geocaches físicas no seu espaço habitual de geocaching e não em sítios para onde costuma viajar. Geocaches colocadas durante viagens não serão muito provavelmente publicadas a menos que possa fornecer um plano de manutenção adequado. Este plano deve permitir uma resposta rápida a problemas reportados, e deverá incluir o Nome de Utilizador de um geocacher local que irá tomar conta dos problemas de manutenção na sua ausência. [/quote]

Como owner, se tiver planos para recolocar a cache, por favor, contacte-me por [url=http://www.geocaching.com/email/?u=btreviewer]e-mail[/url].

Lembro que a eventual reactivação desta cache passará pelo mesmo processo de análise como se fosse uma nova cache, com todas as implicações que as guidelines actuais indicam.

Se no local existe algum container, por favor recolha-o a fim de evitar que se torne lixo (geolitter).

Obrigado

[b] btreviewer [/b]
Geocaching.com Volunteer Cache Reviewer

[url=http://support.groundspeak.com/index.php?pg=kb.page&id=77][i][b]Work with the reviewer, not against him.[/b][/i][/url]

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Hidden : 9/12/2011
Difficulty:
3 out of 5
Terrain:
3 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:

Boca da Vala Real

É o local onde a vala aflui no Rio Tejo. Trata-se de uma cache para se fazer de bicicleta ou num passeio a pé..

Aproveitem para ver a vista...linda , em frente conseguem ver um mouchão (Mouchão da Casa Branca ) com os cavalos lusitanos a gozarem deste nosso RIO e Leziria ,se tiver oportunidade de ver o por do sol melhor ainda é sem duvida magnifico! É também um excelente sitio para a pesca desportiva .


A cache :

Atenção !! Não é de todo aconselhável tentar fazer esta cache vindo num veiculo ligeiro nem depois das 20h porque não tem luz nenhuma artificial e o acesso pode estar vedado !

Aconselhamos que o façam a pé ou de bicicleta , caso pretendam fazer a pé e para estacionarem o carro sigam as indicações do waypoint onde estão coordenadas para estacionamento !


O percurso é de sensivelmente 2km desde o local de estacionamento .

O acesso à mesma deve ser feito pelo chamado "valado" , mas como ninguém cuida desse local encontra-se com vegetação densa e que pode ser perigoso percorrer , existe mesmo junto ao valado uma estrada em terra batida que se pode utilizar por ser mais segura até ao local da cache .

Este acesso realmente tem um portão mas que se encontra sempre aberto de dia até sensivelmente 21horas e , e só de vez em quanto é que costuma ser fechado para segurança das instalações agrícolas que por ali existem e campos agrícolas dai mencionar que será aconselhado visitarem a cache até as 20horas hora de verão .

Se por algum motivo realmente for questionado sobre o que anda ali a fazer naquele local deve indicar que vai até à boca da vala , ver o local para uma possível pesca ou fotografar ou mesmo indicar que está a fazer o "jogo" geocaching , o proprietário do terreno/exploração foi informado , mas infelizmente não podemos prever que o funcionário ou os funcionários não o tenham sido ou que outra pessoa o deseje questionar, já visitamos algumas vezes o local e nunca por lá vimos ninguém , mas acredito que se vos questionarem será só mesmo para terem conhecimento do que vão realmente fazer e para saberem se vem com vontade de fazer "mal" como é normal em qualquer parte (infelizmente a lezíria ribatejana tem sido um pouco castigada a nível de assaltos ) .

O Container encontra-se no chão . É um tupperware redondo ,tamanho regular contem Logbook , caneta , stashnote e brindes ,está enquadrado na vegetação .

Um pouco de História

BEBE, BEBE, LAURA...! QUE ÉS UM HOMEM AOS REMOS

Estava-se pelo dobrar do século XX, ali mesmo juntinho à boca da vala, no lado direito, existia uma propriedade da família Roquette, com uma grande plantação de vinha. O rendeiro vitivinicultor, José Lino, todos os anos, dava trabalho a um rancho de mulheres. Uns metros acima, mesmo na entrada do Bico da Goiva, onde as águas do rio Tejo, e as da Vala Real se encontravam existia duas construções em madeira – eram as casas de dois casais de pescadores; Na família do Ti, Padinha do Vau, havia dois filhos, a Florinda e o João.

A Ti Laura Soizeira, era a outra família, que também tinha dois filhos;. Um rapaz e uma rapariga, esta de nome Olinda. Muitos anos depois, a Florinda, casou com um pedreiro da vila, que veio a ser empreiteiro em Setúbal, e o irmão João Padinha, casou com a vizinha Olinda. O rapaz, da Ti Laura, quando jovem adolescente, passou a ser um visitante assíduo das cadeias, tinha entrado numa quadrilha de assaltantes de galinhas e gado. A vinha, tinha estado em repouso desde Setembro passado, época da última vindima. As cepas, precisavam agora de poda, para iniciarem um novo ciclo de vida. Aqueles dias de Inverno, eram iguais a tantos outros, nada mudara. Ainda a claridade, estava longe de dar sinais, já em muitas casas se ouvia os galos cantar, como se fossem um relógio. Nas ruas de Salvaterra, as mulheres gritavam, umas pelas outras.

De porta em porta, como “ratazanas” em correria, lá iam aparecendo, o tempo bem visto andava aí pelas 5 horas da madrugada.

As mais jovens com os filhos, pela mão, ou ao colo, juntavam-se ao grupo na ponte da vala real. O frio e o nevoeiro continuavam havia alguns dias, não ajudando nada a caminhada a pé pelo valado, até à Boca da Vala. Minha mãe, tinha-me feito para usar nas mãos, uns adornos, de umas meias já muito usadas, onde cortara a parte da frente, para que os dedos ficassem livres. As outras crianças, usavam o mesmo agasalho, que nos assentava que nem umas luvas. Quando o sol dava sinais de si, já todo o rancho estava a iniciar o trabalho, o capataz, conhecido pela alcunha do "Ramo em Pé" não era homem de esperas. A rapaziada, era sentada, em volta de uma fogueira feita com vides (pequenos ramos, das videiras, em época de poda).

A “rainha” mandara atear, o lume que viria a servir pelas 10 horas, tempo em que uma mulher mais velhota, começava aquecer, no Cambariche, as pequenas panelas de esmalte azul, algumas já muito descoloridas,por tanta queimadura, com a comida para o almoço. A refeição durava uma hora,tomada em grande pressa, pois o tempo era escasso e tinham de cuidar também dos filhos. As companheiras, que não tinham ali os filhos davam uma preciosa ajuda. O almoço muitas vezes era uma saborosa sopa, feita um ou dois dias antes para a ceia)(1). Alguns homens, aproveitavam o lume e ali faziam o agora famoso "Torricado". Cortavam um pão de quilo já duro, ao meio,faziam com a navalha,pequenos quadrados,espetavam-no numa vara que verga-se (de salgueiro, ou de marmeleiro) e, a uma distância, que num lume brand o pão torrava até aloirar levemente.

Este era depois, untado com toucinho cozido, azeite ou alguma sardinha assada. Era por vezes o almoço dos trabalhadores rurais. A pequena Olinda, desde a nascença dificiente num pé, brincava mais com as raparigas. Os rapazes, à falta de outro entretém, escolhiam como alvo um pequeno aramado, que servia de capoeira, dos galináceos da Ti Laura. Um galo de grande porte, daqueles com cores; verde, azul e avermelhado, com uma crista bem vincada, que pedia meças a um pedaço de carne, pendurado debaixo do bico. O bichano, defendia com galhardia o seu espaço, dando grandes saltos, de peito em riste e, com as patas em sinal de ataque, mostrando as unhas, fazia-nos desertar para longe da contenda. As duas famílias, pescavam em pequenos barcos varinos(conhecidos por bateiras),nas águas do Tejo e, a venda do peixe era feito no cais da vala de Salvaterra de Magos.

Ali estavam sempre dois guardas-fiscais, do Posto daquela polícia, sediado num edifício junto ao Fontanário do antigo Largo de S. Sebastião. A Ti Laura, tinha de remar durante horas a fio, para colmatar todo aquele esforço, afogava-se nos no vinho, cuja garrafa tinha sempre à mão. Então ouvia do marido; Bebe… Bebe… Laura, que és um homem aos remos. O povo rural, depressa passou a usar aquela forma doentia de incentivar um esforço de trabalho, especialmente por uma mulher. Muitas e muitas gerações já passaram, ainda aqui e ali se ouve em Salvaterra de Magos, esta “bizarria”. Bebe, Bebe, Laura…! És um homem aos remos

Foto de: Luis Vasconcelos - 1983 (Jornal O Diário) JOSÉ GAMEIRO

Ainda se consegue ver o pouco que resta destas casas na margem direita (outro lado da margem da vala) no caminho para a cache .

Additional Hints (Decrypt)

Whagb à ghontrz qr nfcvençãb qr áthn qb evb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)