Alvor
é uma típica vila piscatória, e um maravilhoso destino de férias. A
sua gente é hospitaleira e simpática, no entanto quando toca a
“garrear” são imbatíveis. Quando dois “Alvorêros
garreavem” eram rogadas as piores pragas. Esta cache pretende
recordar um pouco daquilo que são as famosas Pragas de Alvor
profundamente enraizadas na cultura e tradição local. Para não
deturpar o sentido das pragas elas são aqui apresentadas na versão
original, até porque não conseguimos arranjar tradução para
Português, Inglês ou outra qualquer língua.
Aqui ficam
algumas:
- Ah
maldeçoade! Que tevesses uma dor de barriga tã grande, tã grande,
que te desse pra correr, que cande más corresses más te doesse e
que cande parasses arrebentasses.
- Ah
maldeçoade, havias de ter uma doença tã grande, tão grande, ca água
do mar transfermada em tinta na desse pa escrever o nome
dela.
- Oh
maldeçoade, só queria que tevesses sem um tostão ferade na
alzebêra, que visses uma cartêra cheia de notas caída na rua e
quando te fosses abaixar pr’á apanhar te caísse a tampa do
peito.
- Oh
maldeçoade havia de te crescer um par de cornos tão grandes e tão
pequenos, que dois cucos a cantarem, cada um na sua ponta, não se
ouvissem um ao outro.
- Amaldeçoade môce, havia de
te dar uma dor tã grande, tã grande, que só te passasse com o sumo
de pedra.
- Havias de
ter uma fome tã grande ou tã pequena, que cabessem os alcatruzes
todos que tem o mar dentro da tua barriga.
- Ah moça
marafada, havias de apanhar tante sol, tante sol, que
t’aderretesses toda e fosse preciso apanhar-te às colheres
como a banha.
- Que te
desse uma traçã no beraco desse cu, que tevesses sem cagar oito
dias e quando cagasses só cagasses figos de pita
inteiros.
- Ah
marafada, havias de fecar tão magra, tão magra, que passasses po
beraco duma agulha de braços abertos.
- Ah
maldeçoada, havia de te dar uma dor tã fina, tã fina, que ficasses
enrolada que nem um carro de linhas.
- Havia de
lhe dar uma febre tã grande, e tão pequena, que lhe derretesse a
fevela do cinte e os betons da farda.
- Permita
Dês que toda a comida que hoje quemeres, amanhã a vás cagar ao
cemitério já de olhos fechados.
- Oh maldeçoado moce, havias
de ter uma dor tã grande, tã grande, que te desse p’andar.
Mas que andasses tante, tante, que gastasses as pernas até aos
joelhes.
ENG
Alvor is a typical fishing village and a wonderful
holiday destination. Its people are hospitable and friendly,
however when it comes to "quarrel" they are unbeatable. When two
persons from Alvor discuss they say the worst curses to each other.
This cache intends to remind a little of what are known as
“Curses from Alvor”, deeply rooted in local culture and
tradition.
Due to the difficulty of Alvor’s dialect we
can’t provide translation versions in Portuguese or English
(or any other language). Since Alvor is now very linked with tourism, most of the
people speak foreign languages, so, feel free to stop by to have a
drink, lunch or dinner and ask locals about “Pragas de
Alvor”, we are quite sure they have already versions in
different languages, but be prepared for what’s
coming…