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As Escolas Velhas
Em 1527, D. João III, fundou em Almeirim uma igreja e um hospital em honra de Nossa Senhora da Conceição, ligado com a Igreja do Divino Espírito Santo, sede da Ordem Terceira de S. Francisco onde havia uma Confraria que tinha por finalidade, socorrer com esmolas os cortesãos pobres e viúvas dos que haviam morrido pela Pátria...
O ensino em Portugal tem constituído sempre, um problema que tem atingido aspectos de difícil solução ao longo dos tempos.
Situando-nos no século passado e no âmbito restrito do nosso concelho, as escolas eram reduzidas e o acesso ao ensino das primeiras letras, era considerado um privilégio, beneficiando, apenas, algumas classes da população.
Em 1859 existiam apenas duas escolas do ensino primário no concelho de Almeirim, sendo uma na vila de Almeirim que em 1858 tivera a frequência de 38 alunos e outra no lugar de Alpiarça onde estiveram matriculados 43 alunos.
O índice de analfabetismo era elevado, de tal modo, que ainda em 1912, atingia 80% da população, embora se registem algumas preocupações em várias gerências municipais no sentido de se encontrarem soluções para esta situação alarmante.
Vamos referir neste apontamento as escolas velhas, ou escolas régias como eram conhecidas.
Em 1527, D. João III, fundou em Almeirim uma igreja e um hospital em honra de Nossa Senhora da Conceição, ligado com a Igreja do Divino Espírito Santo, sede da Ordem Terceira de S. Francisco onde havia uma Confraria que tinha por finalidade, socorrer com esmolas os cortesãos pobres e viúvas dos que haviam morrido pela Pátria, dela fazendo parte, ilustres figuras da Corte e quase todos os fidalgos de Lisboa.
Nesta capela que era ligada ao edifício do hospital, realizavam-se actos litúrgicos que normalmente tinham a presença dos membros da Corte que tomavam os seus lugares num balcão que havia no meio dos dois edifícios.
Aqui passaram a funcionar as escolas das primeiras letras.
Em 17 de Outubro de 1903 a Câmara deliberou pedir ao Governo de Sua Majestade, a construção de dois edifícios escolares, um em Almeirim e outro na Charneca desta vila.
Junto ao edifício a que nos referimos, existia a capela do Divino Espírito Santo que tinha acesso pela Rua da Alagoa, sendo conhecido pelo Largo do Espírito Santo.
Devido a um tremor de terra que, atingindo uma vasta área do Ribatejo-Sul, se ficou a dever a destruição da Capela cujo espaço ficou disponível para a construção de salas de aula.
Demolida esta Capela e, em 1909, por proposta do Presidente da Câmara, foi feita a vedação daquele recinto com grades, ficando disponível o terreno onde se situava a Capela.
Em 20 de Março de 1913 foi deliberado pedir autorização parlamentar para o desvio da quantia de 2.700$00, dos fundos de viação, da importância de 1.100$00 para ampliação do edifício escolar de Almeirim.
E aqui começa o processo de construção da parte mais nova das escolas, isto é, a parte mais alta e que passou a ser reservada aos rapazes.
O processo avançou rapidamente, pedindo-se em Abril de 1913, autorização para utilização da madeira dos choupos que estavam plantados na estrada entre Almeirim e a ponte do Tejo, para aplicação na obra de reconstrução do referido edifício.
Em 1914, em sessão de 4 de Fevereiro, foi apreciada a participação do Ministério da Instrução da quantia de 1.500$00, tendo em 15 de Setembro do mesmo ano, sido pedido ao Governador Civil para enviar um técnico a fim de inspeccionar as obras começadas.
Erguendo-se, ligado ao antigo edifício do Hospital, e por motivos que não conseguimos apurar, a obra ficou tal como estaria em determinado período.
Assim vamos encontrar a velha escada de madeira que serviu para a condução de materiais e pessoas na obra a desenvolver-se no piso superior, não chegando a ser substituída durante muitos anos.
Possui a parede exterior que dá para o Largo, hoje do Espírito Santo, um “dentado” de tijolo que, segundo informações colhidas, serviria para fazer uma futura construção que iria substituir o velho edifício do antigo Hospital.
Tal não aconteceu e este novo corpo das escolas ficou incompleto, ainda com paredes por rebocar.
Para concluir e proceder à construção de mais edifícios escolares no concelho foi contraído um empréstimo de 14 contos à C.G.D. em 1/1/1916.
Durante muito anos estes edifícios funcionaram como escolas primárias, tendo passado por elas muitas gerações de almeirinenses.
Com a inauguração de novos edifícios escolares, as velhas escolas ficaram silenciadas, abrindo as suas portas para outras actividades: instalação de um centro cultural, apoio ao Centro Popular da Criança, adaptação para o funcionamento de um pólo da Universidade Autónoma de Lisboa, servindo ainda para apoio a diversas colectividades da cidade.
Um edifício quase único na História de Almeirim, que convirá manter como um símbolo da vida comunitária Almeirinense.
__ texto elaborado por Dr. António Cláudio
Additional Hints
(Decrypt)
rfgr puncéh fr aãb é zrh é grh!
rfgn tneensn fr aãb é zvaun é.......!