VEIGA DE S.
SIMÃO
VIANA DO CASTELO
Fora da influência directa da água
salgada, em locais permanentemente inundados ou húmidos, surgem
caniçais e juncais, em que o caniço (Phragmites australis), a tábua
(Typha latifolia) e várias espécies de junco (Juncus sp e Scirpus
sp) marcam a sua presença. Surgem fundamentalmente na zona húmida
de S. Simão, na margem esquerda do rio Lima, onde se forma um
mosaico complexo de plantas herbáceas, onde também marcam presença
alguns elementos de um bosque paludoso residual. Espaço muito
intervencionado pelo homem, na tentativa de recuperar os terrenos
para a agricultura, foi alvo de planos de drenagem e de
florestação, o que reduz o seu valor como sistema natural. Nas
zonas mais secas, nos espaços com aptidão agrícola e florestal,
surgem culturas anuais e plantações de eucaliptos.
Dos bosques originais, em que os
salgueiros, os amieiros e os carvalhos seriam as espécies
dominantes, restam apenas alguns exemplos residuais. Apesar das
pressões a que têm sido sujeitos, os caniçais e juncais são
fundamentais como habitat de muitas espécies que aí encontram
temporária ou permanentemente abrigo e alimento. Para muitas aves,
estes espaços são locais de nidificação, aos quais regressam todos
os anos. A complexidade estrutural inerente ao elevado porte dos
caniços constitui o habitat ideal para muitos organismos de
pequenas dimensões, como insectos e anfíbios. O espaço alagado em
que se desenvolve o sistema radicular dos caniços e juncos, por sua
vez, fornece abrigo que é usado por muitas espécies estritamente
aquáticas (peixes, invertebrados e anfíbios) como habitat, pelo
menos durante uma parte do respectivo ciclo de vida.
O pato-real nidifica nas beiras herbáceas
que rodeiam as zonas inundadas. A fuinha-dos-juncos, o
mergulhão-pequeno, o frango-de-água frequentam os espaços mais
fechados, tirando partido do abrigo e alimento que um estrato
herbáceo alto lhes proporciona.
A CACHE:
O objectivo desta cache é mostrar-vos uma zona ribeirinha do rio
Lima, bem perto de Viana do
Castelo.
A cache é muito simples mas não percam a oportunidade de
explorar a beira-rio e todo o espaço envolvente.
Sejam particularmente discretos a retirar a cache pois costumam
estar pessoas junto ao local da cache.
Publiquem fotos do espaço e se puderem façam CITO.