História
Situada na zona
do Bairro, fazendo parte dos famosos olivais de Santarém, a
freguesia de Achete (antiga paróquia de Nossa Senhora da
Purificação), dista 12 quilómetros da sede do Concelho.
Embora seja
desconhecida a data da sua fundação sabe-se que Achete, referida
como “Acheita” num documento de 1393, é uma das
freguesias mais antigas do Concelho de Santarém, como o demonstram
as esculturas cristãs datadas dos Sécs. VII /VIII encontradas nos
calabouços da sua Igreja Matriz.
O turismo rural
está em crescimento nas vertentes da caça e tiro desportivo
pela acção principalmente de uma dinâmica associação de
caçadores local.
Quanto à curiosa etimologia do topónimo “Achete”, não
se sabe ao certo a sua origem, com algumas opiniões a defenderem
que deriva da palavra «axxat», cujo significado corresponde a
«terra de ovelhas». Outros apontam para a derivação românica
«acheta» ou para a palavra «achada». A importância de Achete seria
reconhecida com a atribuição da Comenda da Ordem de Cristo, ao
longo de vários anos.
Predominantemente agrícola, Achete atraiu durante longos séculos as
atenções do reino, chegando mesmo a colher importantes benefícios
ligados à actividade agrícola, como sucedeu no tempo do rei D.
Dinis. Nesta região fixaram-se também vários nobres que adquiriram
quintas de grande valor, como sucedeu com as quintas de Alcaidaria,
Vale Flores, Caparrota, Dona Belida e El-Rei – em 1810, todas
elas foram destruídas e saqueadas pelas tropas francesas.
Durante a longa história de Achete foi sendo construído um vasto
património, principalmente de cariz religioso, do qual se realça a
Igreja Matriz de Santa Maria de Achete, com o seu deslumbrante
interior, com uma só nave e cinco altares. Destacam-se ainda as
capelas nos lugares de Advagar, D. Fernando, Santo Amaro, S. Simão
e Verdelho, Fonte do Piolho, Fonte das Almas e Poço do Rendeiro.
Outro local de enorme atractivamente é a nascente das águas
termais.
A
Cache
Igreja Paroquial
de Santa Maria de Achete. Na sua fachada, gravada na pedra do
portal, podemos ler a data de 1701, possivelmente
assinalando obras de restauro.
De grandes
dimensões, o seu traçado exterior é simples, com empena de bico e
uma torre anexa, não possuindo nada digno de nota, exceptuando a
sua grandiosidade e beleza singela. No entanto, o seu interior,
embora amplo, de uma só nave, é rico e cheio de significado
arquitectónico.
Toda ela está
revestida de azulejos azuis e brancos do tipo «Padrão» e «Tapete»
do século XVII e tem embutido pequenos painéis, que representam a
Eucaristia, o Salvador e duas Virgens.
Possui cinco magníficos altares, apresentando-se o altar-mor em
rica talha dourada, setecentista ( século XVIII ).
Nela podemos
ainda admirar belas imagens de madeira pintada, do século XVIII
entre as quais se encontra a imagem da Padroeira Santa Maria.
Sejam
discretos na procura da Cache