Santa Cruz: Imagem a Santa Helena
No séc. XVII, mais precisamente na segunda metade deste, era comum aquando da construção de um mosteiro, um convento, um castelo..., surgir à sua volta um pequeno aglomerado de casas que, com o passar dos anos, crescia e se multiplicava. Junto à Praia de Santa Rita, a história não foi diferente. Era este pequeno grupo de pessoas que cuidava das terras, lançava as redes ao mar e, pela sua generosidade, contribuía para o sustento dos monges, muitas vezes, em troca de promessas e pedidos de orações. Contudo, se existiam vantagens mútuas nesta relação, com o decorrer do tempo, os monges aperceberam-se de que algo estava mal, de que a sua vida de oração e recolhimento já não era a mesma, de que a calma e tranquilidade que tanto buscavam e desejavam estava a perder-se. Assim, decidiram adoptar uma vida cenobita, ou seja, durante o dia abandonavam as paredes do mosteiro e viviam numa das muitas grutas existentes nas arribas destas praias que ainda hoje se podem apreciar - e aí, dedicavam-se à oração, à contemplação, à meditação e à ascese. De noite, regressavam ao mosteiro, onde a animação do dia já tinha passado e a calma e tranquilidade da noite imperava. Foi num destes dias e numa destas grutas que um monge, grande devoto de Santa Helena, decidiu esculpir ou, porque não se sabe ao certo, mandar esculpir uma imagem desta santa. A imagem nunca chegou a ser levada para o mosteiro, provavelmente porque por ocasião do abandono daquele, devido a razões que não se conhecem, não houve tempo de recolher a imagem ou, com a pressa de deixar o local o monge não se lembrou de a ir buscar às grutas. Por ali ficou durante alguns anos até que um dia, um grupo de pescadores a encontrou numa praia, arrastada pelo mar. A imagem apresentava-se triste, até mesmo amuada. Daí, ao referido local se ter dado o nome de Praia da Amoeira.
A imagem, datada do séc. XVI, foi trazida para terra e a devoção a Santa Helena foi crescendo ao ponto de se erguer uma ermida no Pisão Velho e que ainda hoje é possível ver através de fotografias de 1929. Actualmente, não se sabe ao certo o que terá acontecido a tal ermida. A única certeza é que posteriormente foi edificada uma capela bem no centro de Santa Cruz, junto às arribas, dedicada a Santa Helena, onde se pode venerar a imagem encontrada alguns séculos atrás embora, pela tradição popular, se afirme que antes da actual capela existiram outras duas. Tal informação não é possível confirmar historicamente. Esta capela com o decorrer do tempo foi sofrendo algumas alterações. Actualmente já não existe o edifício que lhe estava anexo e, nestes últimos anos, tem sofrido obras de conservação e restauro que lhe devolveram o brilho e beleza iniciais, destacando-se o belo retábulo em talha dourada.
A cache
Este desafio é composto por dois pontos intermédios, mais uma cache final, com o conteúdo habitual.
No Ponto1 (coordenadas fornecidas) terás de encontrar a data que está presente no local e fazer corresponder a A B C D respectivamente (exemplo: se a data for 2010, A=2; B=0; C=1; D=0), para obterem as coordenadas para o Ponto 2 substitui as letras pelos respectivos números N3Bº08.0B0 W00BºC2.BC7.
No Ponto 2 terão de descobrir quantas imagens de Santa Helena estão presentes no Edifício (sem ter de entrar dentro deste) e multiplicar esse número por dois para achar o valor E.
Para chegar à Cache Final usa as coordenadas seguintes N39º07.(D-1)E(E+1) W009º23.A(C+1)(B-4).
Neste local não são necessárias aventuras perigosas pelas arribas para encontrar a cache, pois esta está em local bastante acessível e sem qualquer perigo. Aproveitem para apreciar bem a vista e observar o mar.