Fortaleza situada num
ilhéu granítico homónimo, vizinho de Tancos, entre Vila Nova da
Barquinha e Constância. Trata-se de uma construção militar cuja
situação geográfica privilegiada a tornou um ponto estratégico
importante e que se encontra associada a várias lendas da cavalaria
medieval. A sua primitiva fundação é anterior à ocupação
romana.
A Ordem dos Cavaleiros
do Templo assegurou a defesa deste trecho do Tejo, reconstruindo o
castelo em 1171 por iniciativa de D. Gualdim Pais, mestre da Ordem
dos Templários. D. Dinis entregaria a posse de Almourol à Ordem de
Avis, após a extinção dos Templários. Pensa-se que o castelo terá
sido habitado até cerca de 1600.
Na ausência de uma
ameaça militar pendente, Almourol perdeu importância estratégica e
a guarnição abandonou o seu reduto. O castelo foi, então, entregue
ao Exército português na segunda metade do século XIX, mais
concretamente à Escola Prática de Engenharia sediada em Tancos,
passando a ter a denominação toponímica e cartográfica de Prédio
Militar n.º 6.
Já no século XX, a
Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais procedeu a
importantes obras de conservação e consolidação da fortaleza
medieval. Foi considerado Monumento Nacional em 1910.
Dez torreões
cilíndricos – ainda com o formato original –
implantam-se no movimentado pano de muralhas, encimado por ameias
quadrangulares, possuindo ainda seteiras e um extenso caminho de
ronda. O portal principal é ladeado por dois cubelos cilíndricos e
dá acesso a um alongado e irregular terreiro, onde se encontram as
ruínas de muros castrenses.
Constituída por dois
pisos em madeira, a torre de menagem apresenta uma planta quadrada.
No piso superior encontra-se esculpida a cruz patesca, o primitivo
emblema dos Templários, encimando um portal que, provavelmente,
servia de acesso a um balcão já desaparecido.
O Castelo de Almourol
teve uma estreita ligação com o Convento de Loreto, da
responsabilidade de D. Álvaro Coutinho, Senhor do Almourol e
primeiro-conde do Redondo, cujas ruínas podem ser observadas na
encosta frente ao castelo.
Levem material de
escrita e não publiquem nada que posso denunciar a cache ou o local
onde ela se encontra