Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil
A
identificação da necessidade de encarar a
investigação e o ensino do Cancro, bem como a
assistência a doentes oncológicos de forma
especializada vai assumindo expressão em várias
iniciativas, que acabam por ter relevante influência na
decisão de criar o Instituto, que acontece em
1923.
Em 21
de Janeiro de 1904, foi nomeada, por Portaria, a 1ª
Comissão para o Estudo do Cancro. Posteriormente, em 1912, o
Prof. Francisco Gentil é responsável pela consulta
para doentes cancerosos que passou a funcionar no H. Sta. Marta,
marcando o inicio da autonomização do tratamento do
cancro e é, depois, nomeado membro da 2ª
Comissão indicada pelo Governo para o estudo do cancro que
em 1906 e nesse âmbito promove um conjunto de
conferências sobre o Cancro.
Criação do
Instituto
O
Instituto Português de Oncologia foi fundado em 29 de
Dezembro de 1923, através do Decreto n.º 9333, com a
designação de Instituto Português para o Estudo
do Cancro. No momento da sua criação, o Instituto
ficou na dependência do Ministério da
Instrução Pública, antiga
designação do actual Ministério da
Educação, onde permaneceu até 1987, ano que
foi integrado no Ministério da
Saúde.
Guiam a
sua criação os seguintes
objectivos:
-
Organizar a luta contra o cancro em
Portugal;
- Manter
e desenvolver o Centro Regional de Luta Contra o Cancro em Lisboa e
promover e desenvolver a criação de outros Centros
Regionais;
- Praticar
o estudo do Cancro, promover pesquisas científicas, fazer
publicações e organizar uma biblioteca
especial;
-
Divulgar os conhecimentos e preceitos úteis ao
público, realizando uma propaganda eficaz contra o
“perigo do cancro”;
-
Melhorar as condições de trabalho e de estudo do seu
pessoal científico e técnico, fundar
laboratórios de investigação científica
e adquirir o material necessário ao estudo e tratamento do
cancro.
O
projecto tem como seu principal mentor o Prof. Francisco Gentil
(1878 – 1964), que cedo percebeu que o estudo do cancro e o
projecto de uma assistência atenta, personalizada e de
elevada qualidade aos doentes cancerosos, exigia uma
organização independente, a exemplo do que se passava
noutros países, de uma enfermagem eficiente e um
indispensável elevado nível
cientifico.
O Prof.
Francisco Gentil foi nomeado presidente da Comissão
Directora do IPO no momento da sua criação e foi
director do Instituto até 1961.
A
sabedoria do Prof. Gentil e de colaboradores como Mark Athias,
Henrique Parreira, Benard Guedes e Raposo de Magalhães,
permitiu-lhes entender que uma instituição não
poderia sobreviver “alimentada de fora”, que havia que
entre os seus quadros investigar e de tentar produzir novas
respostas para o problema, sobretudo, instruir e educar a
população numa perspectiva de
prevenção, de divulgação dos dados
conhecidos e de devolução aos utentes da
responsabilidade em torno da saúde. A actividade do IPO
ficou marcada pela visão do Prof. Francisco Gentil, sendo
conhecida sua exigência pela qualidade e a sua
preocupação com os doentes, que é bem
espelhada na forma como é
retratado:
“Com Francisco Gentil aprendemos que é importante
ter um projecto – ver mais além, ver mais longe! -, e
ter argúcia e perseverança para o concretizar. E
aprendemos o sentido da independência, o sentido do
serviço público e, acima de tudo, o sentido da
soberania do doente, sempre e em todas as
circunstâncias.” (oração de
sapiência apresentada pelo Prof. Jorge Soares na
sessão solene do 120.º aniversário do Prof.
Gentil).
Nova
Era
-
Aprovação do Plano Funcional do novo IPO de
Lisboa
Por
despacho da Ministra da Saúde, foi aprovado o Plano
Funcional do novo edifício do Instituto Português de
Oncologia de Lisboa, que deverá ficar situado no Parque da
Bela Vista
O novo
IPO de Lisboa irá desenvolver-se como um Centro
Oncológico de Referência, respondendo às
necessidades da população da região sul de
Portugal (Administrações Regionais de Saúde de
Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) assim como às
Regiões Autónomas.
-
Celebração do acordo de cedência de terrenos
para IPO de Lisboa
O
Ministério da Saúde e a Câmara Municipal de
Lisboa celebraram no dia 28 de Julho de 2008, o acordo que define a
cedência dos terrenos para a construção do novo
IPO de Lisboa.
Momento
ansiado há anos pelo Instituto, esta definição
quanto ao futuro permitirá criar na capital um complexo de
edifícios que vão assegurar que o Instituto
Português de Oncologia de Lisboa prestará, aos
4.200.000 habitantes que actualmente serve, cuidados de
saúde de ainda maior qualidade e que as suas áreas de
investigação e ensino poderão evoluir de
acordo com os mais modernos conceitos internacionais no
domínio da oncologia.
A
Cache:
É
necessário levar material de escrita, está
acessível 24H/Dia.
Especial
atenção aos muggles que são mais que o normal
pois o local é muito movimentado!!
Bibliografia: