Algés, como muitas toponímias portuguesas, é um nome de origem árabe, derivando da palavra "algeis", palavra de etimologia árabe (al-geis, «o giz», demonstrando a existência de jazidas onde se procedia à extracção de giz no tempo da ocupação muçulmana da Península Ibérica e em períodos anteriores).
Com mais de oito séculos no vocabulário luso, foi D. Afonso Henriques quem usou primeiro o seu actual nome ao fazer constar, nos documentos do novo reino de Portugal, a expressão Reguengo de Algés para identificar a parte que vai de Alcântara ao Jamor.
Não existem informações rigorosas quanto ao início da construção da capela, pensando-se que a actual vem na continuidade de uma Ermida construída por meados do século XVIII em Algés de Cima, sob evocação de Nossa Senhora do Cabo. Na época, o culto desta Santa tinha grande difusão em toda a área da freguesia de Algés e as restantes em redor. Foi neste período áureo que um devoto, Luís Tomé, terá mandado construir a Capela de Nª Sr.ª do Cabo, que ainda hoje existe, constituída por uma só nave, com coro, onde se destaca o altar com a imagem de Nª Sr.ª do Cabo, com uma fachada muito simples de traço rústico tradicional. Provavelmente este culto terá sido inspirado na devoção à Nossa Senhora do Cabo da Boa Esperança, o qual relembra a protecção de Maria, no século XV, quando protegeu os Portugueses na sua esperança de chegar às Índias, dobrando o cabo da Boa Esperança.
No século XIX, a Capela passou a ser pertença da Família Pedroso, integrando as propriedades onde a mesma se insere, tendo a Sr.ª D. Joana Pedroso Simões, falecida em 1962, doado a Capela à Junta de Freguesia, através de um testamento.