Fajões- A Rota dos Moinhos Traditional Geocache
Fajões- A Rota dos Moinhos
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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Fajões- A Rota dos Moinhos
Esta cache foi colocada na freguesia de Fajões
e tem como objectivo dar a conhecer esta freguesia e alguns dos
seus Moinhos.
Fajões é
uma pequena e pitoresca freguesia que oferece a todos os que a
visitam paisagens deslumbrantes, consideradas das mais belas
do Município. Terra de gente hospitaleira e bairrista, Fajões
oferece aos visitantes recantos de beleza e encanto natural
singulares, dos quais destacamos: a floresta envolvente e o
morro de S.Marcos, a 477 metros de altitude, donde, a olho nu,
em dias claros, se deslumbra um vasto panorama da Orla
Marítima de Aveiro ao Porto e terras dos concelhos vizinhos; o
pictórico local de S.Mamede onde nasce o rio Ul, o “ure”
medieval, referência nos séculos XI e XII para várias terras,
afluente da margem direita do rio Antuã; as margens dum braço
do rio Antuã que atravessa esta Vila, deixando um rasto de
mágico encantamento com os seus açudes, moinhos de água
típicos já velhinhos e o verde matizado da extensa campina que
irriga.
O seu povoamento remonta aos tempos da
Pré-História. São prova disso, as nove “fossetes” localizadas no
monte denominado “Bailouro” e que, na opinião do Dr. Mendes
Correia, tinham carácter sagrado e estariam em estreita conexão com
a necrolatria pré-histórica. O achado de uma pedra de polir e de um
machado “coup de poing”, no mesmo local, e as antas e mamoas hoje
inexistentes mas referenciadas em documentos medievais, fazem
remontar o povoamento de Fajões aos tempos neolíticos.
Remontam ao tempo dos celtas, atestando a
passagem dos romanos por aqui, os topónimos Casal Marinho, Cabo da
Aldeia, Quintã e "Villa Fagiones".
O documento escrito mais antigo que se conhece
sobre esta freguesia é do ano de 1068, tratando-se de uma doação
que o presbítero Auderigus faz a seu sobrinho e pupilo “Vermudo”,
presbítero dos bens de raíz da “villa Fagiones” e de sua
“ecclesia”, igreja já nessa época de invocação de S.
Martinho.
Um dos lugares mais antigos de Fajões é o de S.
Mamede, terra honrada onde nasce o rio Ul. Mercê do seu encantador
panorama, o Monte de S. Marcos, com a sua capela, enfeitiça os
visitantes. Daí avistam-se algumas povoações que, a crer nas
palavras dos locais, são "as sete cidades". Nesta capela, situada
no monte com o mesmo nome, festeja-se a Festa em honra de S. Marcos
(25 de Abril).
Pinho Leal, na obra "Portugal Antigo e
Moderno", diz o seguinte: "Quem tem filhos travêssos que os leve
alli no dia da festa, se os quizer mansos. Isto diz o povo, e eu
tambem digo que, se os rapazes forem por seu pé, quando chegarem á
capella hão-de por força ir mansos para duas ou tres
horas".
Após descer a encosta, consegue avistar-se o
velho e algo degradado Aqueduto de S. Mamede, outrora destinado à
água de regas da povoação. Merecem destaque também a Capela do
Couto, que tem uma inscrição sobre a verga da porta, que diz que a
capela foi fundada por um familiar do "Santo Ofício", no ano 1747;
a Ermida de Nossa Senhora da Ribeira e a Quinta da
Vermiosa.
Os
Moinhos
Em Fajões, podemos encontrar ainda
um número significativo de moinhos, todos no Rio Antuã e seus
braços. O maior número fica entre a ponte do Pisão e o lugar
da Retorta. O segundo núcleo, é composto por mais três,
contíguos, situam-se no centro da freguesia, no lugar da
Torre. Pela freguesia, existem ainda outros, isolados, mas
também, já em estado de abandono. Dada a morfologia da nossa
terra, todos eles são moinhos de rodízio. Note-se o facto de
Fajões se estender por um vale e haver um significativo
desnível, entre a entrada das águas (acima da Ponte do Pisão)
e a sua saída (fábrica das Tripas).
A propriedade destas pequenas unidades transformadoras, em regra,
era repartida entre várias famílias, designadas por consortes.
Havia um, situado dentro da própria casa dos seus proprietários, e
com alguma utilização semi-industrial, se assim lhe podemos chamar,
dadas as suas limitadas capacidades, era o moinho do "Gimenta".
Para aqueles lavradores que dispunham de pouco milho, a quem não
justificava participar num investimento colectivo da construção de
uma nova unidade, a troco do pagamento de uma percentagem (maquia),
a família do "Gimenta", trocava o milho por farinha ,às vezes não
tão macia como se desejava. O tempo foi passando e todos eles foram
sendo abandonados. Um dos últimos a ser regularmente utilizado, foi
um dos da Torre, enquanto a saúde de um dos donos o permitiu, o Sr.
Antero Barbosa. Existe ainda um caso, em que um desses moinhos foi
adaptado a habitação, é o moinho da Casa do Côto, na Retorta, já lá
vão mais de três décadas."
A cache
Esta cache de tamanho regular, leva-vos a
conhecer alguns destes moinhos. O local parece um pouco abandonado,
mas é muito agradável, principalmente em dias solarengos. O
que vão encontrar? O que vêm nas fotografias e algo
mais!
A coordenada dada leva-vos até à cache. Devido
à vasta vegetação, o sinal pode ser fraco e a margem de erro
pode ser significativa. (consultem a foto spoiler caso achem
necessário)
A Cache contém um cartão de boas vindas e de
informação acerca do que é o geocaching. Um “Log Book” e algumas
pedrinhas transparentes para troca. Por favor, se levar alguma
coisa deixe algo em troca.
Lembre-se:
- Traga as crianças, eles adoram uma “caça ao tesouro”, mas tenha
muito cuidado em certos locais.
- Traga um saco para lixo “Cache in, Trash out”.
- Traga a máquina fotográfica.
- Coloque a suas impressões na web.
Seja discreto.
Alguma colaboração na manutenção do Cache será muito
apreciada.
Divirta-se,
obrigado.
Additional Hints
(Decrypt)
ire sbgb fcbvyre