Habitada desde há
seis mil anos, como atesta a jazida arqueológica descoberta em
1994, a área da freguesia do Gaio/Rosário pertencia, no século XVI,
à Quinta de Martim Afonso, propriedade de D. Cosmo Bernardes de
Macedo, fidalgo da Casa d’El Rei D. João III. Contudo, o seu núcleo
habitacional só viria a ter maior expressão no princípio do século
XX.
Tradicionalmente relacionada com o rio desde a mais remota origem
do povoado, a população dedicou-se às actividades ribeirinhas
durante décadas, destacando-se a apanha das famosas ostras do Tejo
e o transporte de produtos entre as duas margens, cruzando o Mar da
Palha. A partir dos finais da década de 60, com o declínio das
actividades ribeirinhas tradicionais, a economia passou a depender
mais do exterior.
O Gaio e o Rosário, as duas localidades que constituem a freguesia
e lhe dão nome, apresentam actualmente um crescimento habitacional
moderado e qualificado, bem como grandes potencialidades naturais
para o desenvolvimento do turismo ligado ao rio.
Capela do
Rosário
A capela do Rosário, dedicada a S. João
Evangelista, foi mandada construir em 1532 por Cosmo Bernardes de
Macedo, proprietário da Quinta de Martim Afonso, fidalgo da Casa
Real.
Em 1966, o imóvel sofreu obras de
recuperação, promovidas por uma empresa local, que alteraram
profundamente a espacialidade interior do monumento, tendo sido
demolidos o coro e o púlpito.
A capela de planta simples, orientada para
Nascente, apresenta na fachada principal elementos da primitiva
fábrica, com o óculo e um interessante portal gótico de arco
trilobado, enriquecido com elementos ornamentais característicos da
arte manuelina. Nas paredes laterais do altar – mor, são de realçar
dois painéis de azulejos azuis e brancos do século XVIII, nos quais
figuram cenas da Senhora com o Menino ao colo.
O Instituto do Património Arquitectónico
classificou a Capela de Nossa Senhora do Rosário como imóvel de
interesse público.
A Cache contem:
- Logbook
- Lápis
- Brindes