Convento de Banho [Vila Cova - Barcelos] Traditional Geocache
Convento de Banho [Vila Cova - Barcelos]
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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Esta cache pretende dar a conhecer o que resta do Convento de Banho
do séc. X.
CONVENTO DE BANHO
(Ruínas)
O convento de
Banho, do qual só resta a abside da igreja românica e parte da
cerca, era um importante centro monacal, cujas origens remontam ao
século XI. A sua tipologia é típica da arquitectura românica.
Apenas se conserva parte da cabeceira da igreja. À volta existem
vestígios de uma ocupação romana.
A fundação do mosteiro de S
Salvador de Banho é de data anterior à nossa nacionalidade, pois
foi fundado entre os anos de 1067 e1073, era bispo de braga D.
Pedro II. Pertenceu este convento à Ordem dos Cónegos Regrantes de
Santo Agostinho, (frades crúzios), passando mais tarde a ser
administrado por comendatários, até que no tempo do Cardeal Rei D.
Henrique, em 1566, foi reduzido a comenda da Ordem de Cristo e
Reitoria secular.
“O Convento de Banho foi
um exemplar formosíssimo de arquitectura românica” diz o Sr.
Padre Bernardino dos Santos Portela, muito digno Prior aposentado
de Apúlia, em uma monografia publicada no jornal Diário do Minho,
de Braga. “Conheci-o e visitei-o algumas vezes nos anos de
1870 e 1871”, continua aquele erudito investigador.
“Conheci-o, tendo apenas abatido a abóbada da Capela-mor, o
que sucedeu pelos anos de 1865 ou 1866, produzindo memorável
estrondo, sentido nas povoações
vizinhas”.
"A Empena
fronteira do mosteiro era voltada para o Poente e era recta na
parte superior, terminada em friso liso. A Portada era formada por
seis colunelos, com os seus capitéis e bases, sustentando uma
arquivolta historiada; havia aqui um pouco espaçoso recinto,
espécie de galilé, de abobada de pedra, encostada a outra empena
que subia a toda a altura da igreja em que estava a cruz da
fronteira e desta empena descia até ao telhado para a empena recta,
cobrindo a abobada da galilé que servia de coro, servido por uma
escada inter mural e recebendo a luz do corpo da igreja por uma
fresta esguia a altura do pequeno coro da frente da empena, servido
pela mesma escada".
"Esta Abobada, sob a qual
estava colocada a pia baptismal, era sustentada por colunelos cujos
capitéis representavam abutres, águias e feras devorando crianças;
pregavam aos cristãos e a infiéis o dogma e a necessidade do
baptismo". “A porta lateral do Norte era também formada por
colunelos com os respectivos capitéis, encontrando-se uma cruz e
outros feitios no tímpano. O corpo da igreja era forrado a madeira
pintada e tinha 3 ou 4 linhas de ferro”, conta o cronista o
que reteve na memória do que viu daquele velhíssimo
templo.
De outras fontes sabe-se que do
lado esquerdo existia a torre sineira e que esta igreja tinha 3
altares: o Mor e 2 laterais. Também do lado esquerdo e separada
pelo adro, erguia-se a capelinha de Nossa Senhora da Luz. Na
capela-mor existiam as sepulturas do Comendador João Fernandes
Pacheco, com o escudo dos Pachecos, que está actualmente no museu
arqueológico de Barcelos e outra com a inscrição: AQVI JAZ MANOEL
PINTO DA FONSECA REITOR DESTA IGRJA.
Depois da extinção das ordens religiosas este
Templo ficou à mercê de quem dele se quis aproveitar e para a
actual Igreja paroquial de Vila Cova foram levadas enormes
quantidades de pedra aquando da sua reconstrução no ano de 1887. No
tempo da reconstrução da Igreja Paroquial de Vila Cova, a junta de
freguesia vendo que estava a cometer um abuso em trazer sem
autorização as pedras para a reconstrução da igreja paroquial, e
temendo represálias por parte dos opositores, colocou estes
terrenos nos quais estão as ruínas deste templo, em hasta publica
sendo arrematados por António José Fernandes Ribeiro que dali
vendeu muita da pedra a diversos indivíduos. Mais tarde este trocou
estas terras por umas leiras, mas nem mesmo assim acabou a
demolição. Também para a Igreja matriz de Barcelos, aquando da sua
reconstrução (algures no sec XX) foram levadas pedras deste
Templo.
Do velho cenóbio e Templo de Banho só restam as actuas e
desoladoras ruínas que são parte da Abside, é uma parede
grossíssima em semicírculo, a fresta central com duas ordens de
colunelos e respectivas arquivoltas nas duas partes, os restos de
dois gigantes que fortalecem a abóbada e duas fresta laterais
também com colunelos, incompletas.
Junto à igreja têm-se achado várias peças nomeadamente uma arca
funerária com uma cruz gravada em cada face, adaptada a pia, seis
aduleas decoradas com motivos vegetais idêntico ao da Igreja de
Roriz, fragmento de fuste, fragmentos de colunelos de secção
cruciforme, com bolas nos vértices, uma laje sepulcral com a
estrela de David inscrita em círculo, uma arca tumular de esquinas
chanfradas e interiormente rectangular, e dois fragmentos de laje
sepulcral com as seguintes inscrições "Era milésima duocentésima
quinquagésima (...)", "Prior Mart(...) BIIT"; "(...) RMAII". Grande
parte dos vestígios recolhidos encontram-se no Paço Ducal de
Barcelos, no museu municipal.
Cronologia
- Séc. 10 -
Fundação do Mosteiro de São Salvador de Banho pelo arcebispo D.
Pedro;
- 1198 -
documento mencionando o Prior "Martinus Petriz";
- 1441 -
extinção do mosteiro;
- 1528 -
documento referindo que a igreja de são Salvador havia-se tornado
paroquial;
- séc. 17 -
Frei Nicolau de Santa Maria refere-se ao anito mosteiro indicando
que nele tinham surgido grandes servos de Deus, entre eles o
arcebispo de Braga, D. Godinho e os três primeiros priores do
Mosteiro de São Vicente de Fora;
- 1865 / 1866
- a abóbada da capela-mor abate.
- 1887
- Reconstrução da Igreja Paroquial de Vila Cova com pedras
retiradas das ruínas do Mosteiro.
Fontes:Trabalho realizado pela equipa
Sagitário (pesquisa bibliográfica e fotos panorámicas),
monumentos.pt e Junta de Freguesia de
Vila Cova
A
Cache
A cache é um recipiente
quadrangular de tamanho regular. Está localizada no interior do
espaço murado. Não é necessário remover qualquer pedra de suporte
dos muros para encontrar a cache. Recomenda-se uma visita
responsável para observar mais de perto as ruínas sem destruir o
património existente. Evitar remover pedras e outros objectos uma
vez que o local está a ser objecto de estudos
arqueológicos.
Additional Hints
(Decrypt)
Anb rfgn an enzcn. gncnqn cbe qhnf crqenf crdhranf.