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Convento de Banho [Vila Cova - Barcelos] Traditional Geocache

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eniel: Done!

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Hidden : 7/6/2008
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:

Esta cache pretende dar a conhecer o que resta do Convento de Banho do séc. X.

CONVENTO DE BANHO (Ruínas)



O convento de Banho, do qual só resta a abside da igreja românica e parte da cerca, era um importante centro monacal, cujas origens remontam ao século XI. A sua tipologia é típica da arquitectura românica. Apenas se conserva parte da cabeceira da igreja. À volta existem vestígios de uma ocupação romana.

A fundação do mosteiro de S Salvador de Banho é de data anterior à nossa nacionalidade, pois foi fundado entre os anos de 1067 e1073, era bispo de braga D. Pedro II. Pertenceu este convento à Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, (frades crúzios), passando mais tarde a ser administrado por comendatários, até que no tempo do Cardeal Rei D. Henrique, em 1566, foi reduzido a comenda da Ordem de Cristo e Reitoria secular.
“O Convento de Banho foi um exemplar formosíssimo de arquitectura românica” diz o Sr. Padre Bernardino dos Santos Portela, muito digno Prior aposentado de Apúlia, em uma monografia publicada no jornal Diário do Minho, de Braga. “Conheci-o e visitei-o algumas vezes nos anos de 1870 e 1871”, continua aquele erudito investigador. “Conheci-o, tendo apenas abatido a abóbada da Capela-mor, o que sucedeu pelos anos de 1865 ou 1866, produzindo memorável estrondo, sentido nas povoações vizinhas”.




"A Empena fronteira do mosteiro era voltada para o Poente e era recta na parte superior, terminada em friso liso. A Portada era formada por seis colunelos, com os seus capitéis e bases, sustentando uma arquivolta historiada; havia aqui um pouco espaçoso recinto, espécie de galilé, de abobada de pedra, encostada a outra empena que subia a toda a altura da igreja em que estava a cruz da fronteira e desta empena descia até ao telhado para a empena recta, cobrindo a abobada da galilé que servia de coro, servido por uma escada inter mural e recebendo a luz do corpo da igreja por uma fresta esguia a altura do pequeno coro da frente da empena, servido pela mesma escada".

"Esta Abobada, sob a qual estava colocada a pia baptismal, era sustentada por colunelos cujos capitéis representavam abutres, águias e feras devorando crianças; pregavam aos cristãos e a infiéis o dogma e a necessidade do baptismo". “A porta lateral do Norte era também formada por colunelos com os respectivos capitéis, encontrando-se uma cruz e outros feitios no tímpano. O corpo da igreja era forrado a madeira pintada e tinha 3 ou 4 linhas de ferro”, conta o cronista o que reteve na memória do que viu daquele velhíssimo templo.

De outras fontes sabe-se que do lado esquerdo existia a torre sineira e que esta igreja tinha 3 altares: o Mor e 2 laterais. Também do lado esquerdo e separada pelo adro, erguia-se a capelinha de Nossa Senhora da Luz. Na capela-mor existiam as sepulturas do Comendador João Fernandes Pacheco, com o escudo dos Pachecos, que está actualmente no museu arqueológico de Barcelos e outra com a inscrição: AQVI JAZ MANOEL PINTO DA FONSECA REITOR DESTA IGRJA.



Depois da extinção das ordens religiosas este Templo ficou à mercê de quem dele se quis aproveitar e para a actual Igreja paroquial de Vila Cova foram levadas enormes quantidades de pedra aquando da sua reconstrução no ano de 1887. No tempo da reconstrução da Igreja Paroquial de Vila Cova, a junta de freguesia vendo que estava a cometer um abuso em trazer sem autorização as pedras para a reconstrução da igreja paroquial, e temendo represálias por parte dos opositores, colocou estes terrenos nos quais estão as ruínas deste templo, em hasta publica sendo arrematados por António José Fernandes Ribeiro que dali vendeu muita da pedra a diversos indivíduos. Mais tarde este trocou estas terras por umas leiras, mas nem mesmo assim acabou a demolição. Também para a Igreja matriz de Barcelos, aquando da sua reconstrução (algures no sec XX) foram levadas pedras deste Templo.

Do velho cenóbio e Templo de Banho só restam as actuas e desoladoras ruínas que são parte da Abside, é uma parede grossíssima em semicírculo, a fresta central com duas ordens de colunelos e respectivas arquivoltas nas duas partes, os restos de dois gigantes que fortalecem a abóbada e duas fresta laterais também com colunelos, incompletas.

Junto à igreja têm-se achado várias peças nomeadamente uma arca funerária com uma cruz gravada em cada face, adaptada a pia, seis aduleas decoradas com motivos vegetais idêntico ao da Igreja de Roriz, fragmento de fuste, fragmentos de colunelos de secção cruciforme, com bolas nos vértices, uma laje sepulcral com a estrela de David inscrita em círculo, uma arca tumular de esquinas chanfradas e interiormente rectangular, e dois fragmentos de laje sepulcral com as seguintes inscrições "Era milésima duocentésima quinquagésima (...)", "Prior Mart(...) BIIT"; "(...) RMAII". Grande parte dos vestígios recolhidos encontram-se no Paço Ducal de Barcelos, no museu municipal.


Cronologia


  • Séc. 10 - Fundação do Mosteiro de São Salvador de Banho pelo arcebispo D. Pedro;
  • 1198 - documento mencionando o Prior "Martinus Petriz";
  • 1441 - extinção do mosteiro;
  • 1528 - documento referindo que a igreja de são Salvador havia-se tornado paroquial;
  • séc. 17 - Frei Nicolau de Santa Maria refere-se ao anito mosteiro indicando que nele tinham surgido grandes servos de Deus, entre eles o arcebispo de Braga, D. Godinho e os três primeiros priores do Mosteiro de São Vicente de Fora;
  • 1865 / 1866 - a abóbada da capela-mor abate. 
  • 1887 - Reconstrução da Igreja Paroquial de Vila Cova com pedras retiradas das ruínas do Mosteiro.
Fontes:Trabalho realizado pela equipa Sagitário (pesquisa bibliográfica e fotos panorámicas), monumentos.pt e Junta de Freguesia de Vila Cova 


A Cache

A cache é um recipiente quadrangular de tamanho regular. Está localizada no interior do espaço murado. Não é necessário remover qualquer pedra de suporte dos muros para encontrar a cache. Recomenda-se uma visita responsável para observar mais de perto as ruínas sem destruir o património existente. Evitar remover pedras e outros objectos uma vez que o local está a ser objecto de estudos arqueológicos.

Additional Hints (Decrypt)

Anb rfgn an enzcn. gncnqn cbe qhnf crqenf crdhranf.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)