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Convento de Santa Maria do Bouro [Amares] Multi-cache

Hidden : 6/13/2008
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:

Esta é uma cache que nos conduz a um Mosteiro que se perde no tempo. Acompanha a história de Portugal, desde a fundação do país. Vai gostar de o descobrir!

Convento de Santa Maria do Bouro - Amares

Trata-se de um monumento de arquitectura religiosa, românica, maneirista, barroca, rococó, neoclássica e contemporânea. Mosteiro primitivamente beneditino, passando depois a cisterciense, de planta composta por igreja longitudinal, de nave única, com duas torres sineiras a ladear a fachada principal, endonártex bastante profundo, capelas laterais intercomunicantes, transepto inscrito e capela-mor profunda, e dependências monacais, com claustro desenvolvido lateralmente à igreja, integrando a sacristia rectangular, adossando-se a este, corpo em L invertido, formando pátio, e no extremo, corpo quadrangular da cozinha velha e estreito corpo rectangular correspondente à residência paroquial, com pátio entre os dois corpos. A igreja conserva do período românico, a sua fachada lateral N., sendo ainda visível a cachorrada de remate original. O espólio arqueológico mais antigo, nomeadamente elementos arquitectónicos e decorativos dispersos, em que sobressaem aduelas profusamente decoradas de antigos portais, e de algum espólio cerâmico, apontam para uma cronologia em torno dos finais do séc. 12, princípios do séc. 13. O mosteiro primitivo seria constituído provávelmente por uma igreja de três naves com cabeceira tripartida de planta rectangular, e os edifícios monacais organizavam-se à volta do claustro encostado à parede meridional da igreja. O resto da igreja apresenta decoração barroca, com fachada principal de três registos, o primeiro com arcada serliana de acesso ao exonártex, a segunda correspondendo a nichos com imaginária, ligada ao mosteiro e o último com três janelas, as laterais em meia lua. Apresenta um remate com frontão de volutas com as armas da Ordem no tímpano. Interior com nave coberta por falsa abóbada de arestas, em madeira. Retábulos laterais e do cruzeiro, neoclássicos. Cruzeiro com cobertura em abóbada de arestas. Sanefas dos arcos do cruzeiro rococós, com decoração de acantos e concheados. Retábulo-mor barroco joanino. Sacristia integralmente revestida com azulejos joaninos, e cobertura em tectos de caixotões de decoração barroca, com anjos, acantos, festões e drapeados. Dependências monacais, desenvolvidas lateralmente à igreja, segundo o modelo beneditino, com fachadas maneiristas, com claustro com arcada plena, encimada por janelas de sacada. Interior totalmente remodelado no final do séc. 20, para pousada, classificada como Pousada Histórica Design, com decoração contemporânea. Cozinha velha, com três espaços, serparados por arcos abatidos, possuindo no central grande mesa de pedra, e colateralmente ao arco de acesso ao espaço encimado pela grande chaminé, dois lavabos de taças bojudas.
A igreja apresenta um endonártex bastante profundo, dividido em dois tramos. O edifício apesar de ter sido reconstruído já durante a Ordem de Cister, apresenta alusões à primitiva Ordem beneditina, nomeadamente através das várias representações de São Bento, em dicotomia com as de São Bernardo de Claraval, fundador da Ordem de Cister. O lavabo da antesacristia é monumental, com excelente trabalho de cantaria, também ele com alusão à Ordem beneditina, patente através do leão. Os azulejos da sacristia, possivelmente de Teotónio dos Santos, constituem uma das primeiras manifestações da designda "grande produção joanina", pelo tratamento mais leve e estereotipado da pintura e dos ornatos das cercaduras influenciados pela obra do mestre P. M. P., e, ainda que não tenham o requinte das obras dos outros mestres, possui considerável graça e poder decorativo. Na adaptação das dependências monacais a pousada, o arquitecto optou pela recuperação do imóvel mantendo, no entanto, a imagem natural que ostentava nos últimos anos, preferindo não colocar nenhum telhado na cobertura e utilizando nas janelas apenas vidro, dando a sensação de existirem apenas as fachadas. No interior manteve praticamente toda a compartimentação original, optando pelo despojamento dos materiais, das formas e da decoração. Às salas intercomunicantes foram retiradas as portas, deixando apenas os vãos, sendo algumas portas originais usadas como painéis decorativos nas paredes, como memória da decoração passada. A grande chaminé da cozinha velha domina o topo da fachada posterior, utilizando para além do granito, o tijolo estreito. Estabelecimento de hotelaria inserido na rede Pousadas de Portugal, integrando o grupo das Pousadas Design Histórico.

Cronologia do Monumento

1148 - D. Afonso Henriques faz doação do couto a monges beneditinos, sendo abade D. Paio Nunes, que teve importante papel nas lutas da reconquista;
1162, Outubro - documento da chancelaria de D. Afonso Henriques mencionando a existência de uma pequena ermida no local, dedicada a São Miguel, que segundo a lenda terá sido construída por dois beneditinos, após terem visto uma luz que lhes indicou o lugar onde estava escondida uma imagem da Virgem;
1195 - o mosteiro deixa a regra beneditina e passa a reger-se pela de Cister, de São Bernardo de Claraval, com a invocação de Nossa Senhora da Assunção;
1208 - o abade mostra ter pretensões à cadeira abacial de Alcobaça, ganhando o apoio do rei D. Sancho I; o mosteiro aparece pela primeira vez nas actas do Capítulo Geral de Cister;
1221 - o mosteiro é mencionado no testamento de D. Afonso II;
1271 - o mosteiro é mencionado no testamento de D. Afonso III;
1320 - o mosteiro tinha 2000 libras de rendimento;
1383 / 1385 - quando Castela invade Portugal em apoio de D. Beatriz, o abade de Bouro toma o partido do Mestre de Aviz e junta 600 homens para a defesa da linha de fronteira de Portela do Homem, conseguindo vencer as tropas galegas; em agradecimento, o condestável D. Nuno Álvares Pereira, confere ao abade o título de Capitão-Mor e Guarda das Fronteiras, com a possibilidade de levantar exército, sempre que fosse necessário;
séc. 15 - o sistema de "Comenda" em que o abade era escolhido pelo rei origina a decadência do mosteiro;
1530, 5 Mar. - Carta dos religiosos do mosteiro pedindo a Rui Teles, fidalgo da Casa Real, que fizesse saber ao rei o estado de ruína do mesmo e que lhes remediasse o problerma;
1533 - só sete monges habitavam a abadia, segundo carta de visita de frei Cláudio de Bronseval, secretário do abade de Claraval; a igreja possuía três altares pobremente ornamentados; segundo o visitador havia "uns casebres que mais pareciam pocilgas (...) quando subimos encontramos sete monges sem cogula (...) os monges habitavam os casebres misturados com irmãos leigos de ambos os sexos";
1536, 8 Fevereiro - visitação de Fr. Bernardo de la Fuente e Fr. Tomás Longa do Mosteiro de Nossa Senhora da Pedra, em Aragão, onde se refere que tinha de rendimento 300 mil reais, mandando que elevasse o número de monges para 10, que se fizessem três mesas para o refeitório e sereparasse as dependências do mosteiro;
séc. 16, segunda metade - execução do cadeiral primitivo;
1582 - data do fecho do topo O. da ala S., do corpo em L, com a construção da "porta dos carros"; pouco depois completar-se-ia a ala O. do mesmo corpo, e mais tarde, acrescentar-se-ia um pequeno corpo, no topo S., do pano posterior da ala O.;
séc. 17, finais - devido ao estado de degradação da igreja dá-se início a profundas obras de reconstrução;
1690, 28 Abril - António João Padilha, mestre ensamblador, fez umas grades para o cruzeiro da igreja e contrata a obra de duas grades de pau preto para duas capelas;
1692 - o mosteiro tinha 34 monges;
séc. 18, início - ampliação da igreja, remodelação da sacristia e sala do capítulo, construção do refeitório e cozinha velha; para O. do claustro construiu-se uma nova ala, deslocando-se para aí a entrada principal do mosteiro; remodelação do cadeiral primitivo; douramento do retábulo-mor por Jerónimo Luís;
1715, cerca de - colocação dos azulejos na sacristia, atribuídos a Teotónio dos Santos;
1726/1727 - o mestre pintor Manuel Furtado de Mendonça recebe 20$600 por trabalhos realizados no mosteiro;
1761 - o mosteiro tinha trinta e seis monges;
1788 - viviam no mosteiro trinta e dois monges;
1798, 28 Dezembro - execução do órgão por Manuel de Sá Couto;
séc. 18, final, séc. 19, início - execução dos retábulos laterais;
1834 - com a extinção das ordens religiosas a igreja passou a paroquial e o mosteiro foi abandonado, tendo sido posteriormente vendido em hasta pública;
1853 - transferência do órgão para a Igreja do Bom Jesus de Braga (v. PT010303580024); o mosteiro é propriedade da família Pais de Aguiar;
1980 - a Secretaria de Estado do Turismo propõe a utilização do mosteiro como pousada;
1986 - parte do mosteiro é adquirido pela Câmara Municipal de Amares, por 200 contos, e por esta doado ao IPPC; a Câmara Municipal de Amares propõe a instalação de uma Escola Agrícola no mosteiro;
1986 - o IPPC propõe a instalação no mosteiro, de um Centro de Estudos de Restauro;
1989 - projecto do arquitecto Eduardo Souto Moura e Humberto Vieira para adaptação das antigas dependências monacais a pousada;
1994 - início das obras de adaptação para a Pousada de Santa Maria do Bouro, inserida nas Pousadas de Portugal, geridas pela ENATUR;
2003 - na sequência da privatização da ENATUR a pousada passa a ser gerida pelo Grupo Pestana.

Mais informação

A Cache: As coordenadas iniciais levam-nos a conhecer este imponente Mosteiro. Para chegar até à cache, deve contar o conjunto de degraus mais próximos da entrada do Mosteiro (D), nas coordenadas iniciais. Atenção, não são todos os degraus, apenas o grupo que está a maior altitude:

[The coordinates initial lead us to know this impressive monastery. To reach the cache, must count the number of steps closer to the entrance of the Monastery (D), at the original coordinates. Caution, not all steps,  only the group that is at an higher altitude:]

As coordenadas finais são obtidas pela fórmula:

                    N 41° 39.(136*D)
                    W 8° 16.(48*D+3)


A cache é um contentor de plástico, de tamanho médio, envolvido por um saco de plástico preto. O conteúdo inicial da cache é uma Stashnote em Português e em Inglês, um Logbook, um lápis e duas Geocoins, que devem circular por outras caches.
Apesar do aparente isolamento do ponto final, por vezes aparece uma senhora de idade na janela de uma casa próxima e por isso devem ser discretos.
Por favor, voltem a colocá-la no mesmo local, bem escondida como estava. 
Tirem fotos do Monumento para recordação e para colocação nesta página. Aproveitem o local inicial para estar uns momentos em família e, porque não, fazer uma caminhada até à Sra. da Abadia. Obrigado pela vossa visita.

Additional Hints (Decrypt)

Cregb qb rfgrvb [Near the bond]

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)