Historicamente, já era gente em 959, verificando-se por documentos ulteriores que os Árabes assentaram arraial por aqueles lados. Mais tarde no sítio arqueológico do Senhor dos Perdidos, apareceram várias inscrições rupestres e um verdadeiro tesouro de denários (moedas romanas) que foram estudadas por Emilío Hueber, e um interessante espólio de canalizações de água romanizadas. O povo chamava-lhe Castelo dos Mouros, como é usual. O Dr. Eduardo de Freitas, diz ter possuído um pedaço de faca de sílex e ter encontrado lá vários fragmentos de telha de rebordo, bem como uma inscrição romana hoje no museu Martins Sarmento em Guimarães. Os arqueólogos relacionam estas inscrições com a época proto-urbana pela qual passaram alguns dos Castros mais importantes da região e em que a organização (evidente em vários aspectos) supõe a existência dum chefe, espécie de um guerreiro tutelar, coordenador das várias e extensas famílias e do seu “habitat”. Estes Castros parecem ter sido igualmente coordenados, pelo menos durante algum tempo pelas Civitates ou Populi, assim referidos em fontes escritas e epigráficas e que neste caso seriam dos Bacari (Brácaros), povo que estendia a sua área de influência desde o Cavado ao rio Douro e do mar até ao Marão.
Estas inscrições corresponderiam assim a uma espécie de sacralização do espaço pertencente a um agrupamento de famílias extensas e ao respectivo território. Assinalariam locais de culto, quase sempre organizados em torno de rochedos consagrados a uma divindade.
Este local é mais um, onde estas simples caches nos levam a locais que primam pela sua história do passado, e pelas magnificas vistas panorâmicas no presente, espero que desfrutem…
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