Onde o
Alentejo é alto e a Beira é baixa,
zona de fronteira, um rio que corre sem
pressas.
PR1 -
Trilho de Jans
Trata-se de um percurso circular
que nos leva a passar pela barca da Amieira, até à pouco tempo a
única forma de transpor este "pequeno" obstáculo chamado Tejo. Esta
barca terá transportado o corpo da Rainha Santa Isabel, casada com
D.Diniz e mais tarde canonizada. A Rainha morreu em Estremoz e foi
a sepultar em Coimbra e no trajecto que a levava da Amieira até às
margens do Tejo trajava um vestido de linho tecido pelas Jans, nome
dado às fadas invisiveis que teciam um linho incrivelmente fino.
Conta a lenda que as mulheres deixavam novelos de linho e bolos
durante a noite, para as Jans tecerem e após terem terminado o seu
trabalho desaparecessem mais os alimentos.
Muro de Sirga
Muro de pedra, construído na margem
do rio para puxar os barcos, rio acima, em época de cheia. O nome
reporta a um cabo de sisal com que se rebocava os barcos
a partir da margem.
Castelo da Amieira
Em 1232, por doação régia de D. Sancho
II, o domínio hospitalário alargou-se consideravelmente para
Sul, passando a integrar as vilas de Amieira, Gavião e Crato.
As obras promovidas pela Ordem, neste último aglomerado, que
viria a ser a sede da instituição, são conhecidas e tiveram
lugar imediatamente após a doação de 1232. No entanto, a vila
de Amieira, cuja posse se integra na mesma conjuntura, foi
dotada de um castelo já muito tarde, sensivelmente um século
depois de passar para as mãos dos Hospitalários. A sua
construção ficou a dever-se a Álvaro Gonçalves Pereira, filho
bastardo do bispo D. Gonçalo Pereira, prior da Ordem do
Hospital e pai do futuro condestável do reino, Nuno Álvares
Pereira. Foi, ainda, a este último que se deveu a
transferência da sede da Ordem, de Leça do Bailio para o Crato
(1356), circunstância que levou toda a estrutura hospitalária
para o coração do seu principal domínio fundiário.
in www.ipar.pt
Gravuras Rupestres
Nas margens do rio Tejo existem
milhares (literalmente), no entanto, a maior parte delas
(cerca de 90%) encontra-se submersas desde 1974 pela albufeira
da barragem do Fratel. A jusante da barragem ainda se podem
encontrar alguns núcleos como o de Gardete com a rocha 11
(maior superficie, com 8m2, decorada com circulos, linhas e
figuras antropomorficas), ou o de S. Simão (imediatamente a
jusante da barragem de Cedillo mais a este).
A estação rupestre de Gardete
apresenta tanto rochas, com gravuras, dispersas ao longo da margem
do Tejo, como constituindo núcleos que integram várias superfícies
decoradas, destacando-se dois, pela sua concentração; um, o maior,
situado a cerca de 800 m a jusante da barragem de Fratel, enquanto
outro fica próximo da confluência do Ocreza com o Tejo.
Os conjuntos de incisões filiformes
paralelas são atribuidas aos finais do Paleolítico Superior,
enquanto as restantes correspondem à denominada “arte esquemática”,
tendo-se desenvolvido no período compreendido entre o Neolítico
Final e a Idade do Bronze Final ou, talvez, os inícios da Idade do
Ferro.