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São Martinho (Castelo Branco) Traditional Geocache

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khukhas: Sem possibilidade de a manter!

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Hidden : 10/26/2007
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:

Nas origens de Castelo Branco

A cerca de 3 quilómetros da cidade de Castelo Branco, num local de aprazível beleza natural, ergue-se um imponente morro de formação quartezítica, com densa vegetação endógena. Do cabeço, avista-se em seu redor toda a planície do Vale do Tejo e, do lado poente, ergue-se a cidade de Castelo Branco.


Reza a lenda que as origens de Castelo Branco "jazem" soterradas naquele local. A investigação arqueológica vem dar sustento a estas crenças antigas. Por toda a parte, na base e no morro de S. Martinho, submergem de um passado longínquo vestígios não só da presença romana na região, como também marcas de um passado pré-histórico. Os primeiros vestígios aqui encontrados remontam a um povoado fortificado da Idade do Bronze (castro), pelas muralhas e fragmentos de cerâmica e material lítico (instrumentos em pedra polida) encontrados.

São Martinho

Os Santos populares no nosso país são festejados no tempo quente de Verão: Santo António, São João e São Pedro. No Inverno há apenas um, que chega com o frio: São Martinho, que associamos à prova do vinho novo e às castanhas. Martinho nasceu no séc. IV em 316 ou 317 D.C. Terá sido baptizado, por volta do ano 339. São mais de 1600 anos de popularidade. Mas saberemos mesmo quem foi São Martinho?

Neste dia, em todo o país, comem-se sardinhas, assam-se castanhas, bebe-se vinho novo e água-pé e, em alguns pontos do país, ainda há quem reúna familiares e amigos à volta de uma fogueira ao ar livre...

Reza a lenda que, "num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nú, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, e cortou ao meio a sua capa de militar com a espada, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de verão inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que os homens não esquecessem o gesto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso." É esse o chamado Verão de São Martinho! São alguns dias mais quentes com muito sol bem no meio do outono. E, não é por nada não, mas hoje está um dia ma-ra-vi-lho-so lá fora...

O costume do Magusto, que tradicionalmente começava no Dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração da chegada do outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours (São Martinho) está historicamente associado à abertura e prova do vinho que foi feito em setembro. O água-pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retirava o pouco de mosto que aí se mantinha. Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool. Assim, diz o ditado popular "no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho". No fundo, com o São Martinho e o Magusto comemora-se a proximidade da época natalícia, e mais uma vez, a sabedoria popular é esclarecedora: "dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!"

A jeropiga e a água-pé, são as bebidas que tradicionalmente acompanham as castanhas nesta época de S. Martinho, e correm o risco de, a médio prazo, desaparecerem por completo. São iguarias de fabrico caseiro, das regiões do Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior e Ribatejo, cuja produção tem diminuído à medida em que os campos vão sendo abandonados e as explorações vinícolas de características empresariais vão ganhando terreno. Mas o maior problema é criado pela lei que, pura e simplesmente, proíbe o fabrico e a comercialização destas bebidas, tão procuradas e apreciadas. Hoje em dia já é muito difícil encontrar jeropiga ou água-pé à venda. A água-pé possui pouco álcool, porque é praticamente metade de água e metade de vinho, “mata a sede e não embebeda”, dizem. A jeropiga é diferente. É uma bebida de elevado teor alcoólico, já que se trata de mosto abafado com uma quarta parte de aguardente.

Provérbios de São Martinho

- No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
- Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.
- Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
- Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu bornal.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano.
- Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
- Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho.
- Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.

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