O seu empenho em
defesa do Castelo de Leiria, conduziu à sua classificação como
Monumento Nacional em 1910 e em 1915 cria a Liga dos Amigos do
Castelo que com a ajuda do Estado, deu início às primeiras obras de
consolidação. Os trabalhos continuaram sob a sua orientação até
1933, passando depois para a responsabilidade da Direcção Geral dos
Edifícios e Monumentos Nacionais.
Em 1905, foi
nomeado director da Escola Industrial de Leiria.
Para além do
ensino e do estudo de monumentos históricos, desde cedo se dedicou
à arquitectura, como autodidacta e em 1899 já era sócio da Real
Associação dos Arquitectos e Arqueólogos, bem como da Associação
dos Engenheiros Civis Portugueses.
Os seus
projectos de arquitectura estendem-se por todo o país, desde Chaves
até Vila Real de Santo António, e em Lisboa foi agraciado com dois
Prémios Valmor, em 1910 e em 1917.
Desde cedo se
envolveu em diversos movimentos de modernização, chegando a
realizar trabalhos e conferências por todo o país sobre o Ensino em
Portugal, pelo que foi agraciado, em 1909, com a Comenda da
Instrução Pública.
Em 1911, viria a
liderar um movimento de âmbito nacional a favor do descanso
dominical, promovendo-o energicamente através de conferências e
artigos na imprensa.
Ernst Korrodi
faleceu em Leiria, em 1944, sendo sepultado voltado para o castelo
como era seu desejo.
Em
1970, no centenário do seu nascimento, foi eleito a título póstumo,
cidadão honorário do Concelho pela Câmara Municipal de Leiria e
foi-lhe descerrado um monumento no sopé do castelo, na avenida
KORRODI com o seu nome.
Retirado do livro:
Oliveira,
Genoveva, (2004), Ernesto Korrodi, Roteiro na cidade de
Leiria, Adlei, Cepae, Delegação Distrital da Ordem dos
Arquitectos. |