No Domingo seguinte à celebração da Páscoa (Domingo de Pascoela), o povoado de Santo Isidoro, no Concelho de Mafra, celebra a Festa dos Merendeiros, em honra a Santo Isidoro.
Esta tradição festiva está ligada a uma lenda, na qual o cenário histórico remonta ao início do século XVIII, por conta de uma terrível seca. As sementes, mirradas ou 'gelhas', no dizer local eram impróprias para o período de semeadura.
Mesmo assim, os camponeses semearam os pequenos grãos de trigo, sob promessa ao seu padroeiro Santo Isidoro de que se essas sementes germinassem e dessem uma boa colheita, nos anos seguintes fariam uma festa no dia do Santo, a 4 de Abril, e ofereceriam a cada um merendeiro a cada pessoa que fosse a Santo Isidoro.
A colheita foi boa e o povo, agradecido, cumpriu a sua promessa que até hoje ainda se mantém a tradição.
No início, cada lavrador levava os merendeiros que cozia em sua casa, dentro de carros de bois enfeitados até à Localidade de Santo Isidoro.
Quando chegavam a Santo Isidoro, davam três voltas à Igreja antes de se iniciar a missa, e no fim distribuíam os merendeiros após o sino tocar a terceira badalada.
A afluência do povo da freguesia e das freguesias vizinhas tornou-se muito grande, e como os lavradores eram poucos tinham de suportar muitas despesas.
A festa começa com a bênção dos pães. No ofertório os mordomos levam o seu saco de pão ao altar, como símbolo de oferta.
No fim da missa, todas as pessoas se reúnem no adro da Igreja e, ao soar a terceira badalada começa a distribuição dos merendeiros, nas três saídas do adro da Igreja.
Os pães benzidos e distribuídos não são para comer, são para serem guardados, estes duram sem apanhar bolor até ao ano seguinte da Festa!
A GeoCache
'Em Santo Isidoro, no lugar do Crato, ainda permanece uma ponte e quase 100 metros de estrada empedrada, que vai resistindo à passagem dos tratores agrícolas, e que se julga pertencer à via que ligava Sintra a Peniche (ver passeios). Nesta freguesia, um importante centro agrícola durante a romanização, foram encontradas várias moedas com o cunho de imperadores romanos - Augusto (27 a.C. a 14 a.C.), Cáudio (41-54 d.C.) e Magnus Máximo (383-388 d.C.).
'Desconhece-se a importância deste concelho dentro do Município Olisiponense, mas a sua natureza agrícola decerto contribui para o forte povoamento no período romano. Vinho, azeite e produtos hortícolas seriam facilmente comercializados através da rede viária e das ribeiras de Cheleiros, Ilhas e Safarujo, que foram navegáveis até à Idade Média.' - Fonte – Guia do Concelho de Mafra
Para não perderes tempo a preparar o percurso disponibilizamos ficheiros GPX, KMZ, TRACKING e PDF, descarrega e parte à descoberta de Santo Isidoro até à Achada
Percurso Achada – Santo Isidoro
Aproveitem e façam CITO pelo caminho, o ambiente agradece.
Esperamos que gostem e que se divirtam!
|