Capela da Senhora do Castro
Diz a lenda que no decurso de longo estio se apossou o desânimo dos agricultores e do povo em geral que avistavam a miséria certa se das “torneirinhas do céu” não pingasse chuva próxima.
Crentes nos milagres da fé efectuaram concorrida romaria até ao cimo do Castro onde orando prometeram erguer uma capelinha se por eles a Virgem intercedesse.
Rapidamente as preces foram atendidas e choveu a bom chover, também a ermida foi construída como prometido e atrai romarias com muita gente desta e de outras freguesias...
Passado Arqueológico
O Castro
Chega-se ao Castro, caminhando por entre montes, cerca de um quarto de hora, a partir do Carvalhal, e um pouco mais se tiver como ponto de partida o lugar das Baralhas. Nos anos iniciais do século passado registaram-se estudos do património arqueológico no Castro de Ossela/Baralhas, com certa relevância, mas não tiveram continuidade. Na altura, fez-se um excelente trabalho, do qual, em termos públicos, restam apenas breves notícias. Durante as escavações, algum material solto foi recolhido, desde machados de pedra polida, mós manuais, cerâmica, etc.
Património que hoje se encontra perdido ou disperso, parecendo-nos que o ideal seria reunir, tratar e estudar cuidadosamente o ainda disponível espólio de artefactos então encontrados Fortificação pré-romano, qual prova sem reservas, que o povoamento da actual Ossela, já por aqui se tinha organizado, desde tempos épocas bem recuadas. No intuito de melhor se defenderem das investidas dos inimigos, os povos locais das épocas pré-romanas, escolheram o morro sobranceiro ao abrupto declive escavado pelo Caima, para aí erguerem uma povoação que fortificaram com muralhas, hoje conhecida como Castro, localidade incluída no lugar do Carvalhal. Ainda assim não culminou com o total abandono do Castro, pois, continuou a ser habitado durante a Idade Média! Um dos principais eixos viários da época - a via Militar Romana - localizava-se nas proximidades da Ulvária, logo, a poucas milhas da actual Ossela.
Braceletes ou manilhas de ouro
Ao tempo da sua descoberta – em 1896, por um humilde sapateiro das Baralhas, quando procedia à abertura de alicerces mais firmes para consolidar o muro, que entretanto ruiu – deram grande “alarido” entre os locais e arqueólogos e foram justamente consideradas
importantíssimo espólio do concelho.
Referenciadas como pertença de povos ibéricos do Bronze Final, “documentam” a grande antiguidade do povoamento local.
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