O Sofá de
Bucelas in English
O Sofá de Bucelas
Escolhi este local para colocar a cache porque tem muitas
características que me fazem lembrar o local onde comecei a escalar
(Reguengo do Fétal), ou seja, é calcário com muitos buracos, vias
curtas e explosivas. A designação de "sofá" é vista como um
determinado patamar que se tem de alcançar para chegar á cache.
História
Bucelas em 1522 pertencia ao 3º Bairro de Lisboa. Por dec. Lei
de 11/09/1852 passou a fazer parte do Concelho dos Olivais, tendo
sido mais tarde integrada no Concelho de Loures em 27/07/1886. Em
Dezembro de 1927 esta povoação foi elevada à categoria de Vila. É
uma freguesia com cerca de 32,2km2 e tem actualmente cerca de 5.800
habitantes tornando-se assim a menos densa do Concelho. Confina a
norte com os Concelhos de Mafra e Arruda dos Vinhos e a nascente
com o Concelho de Vila Franca de Xira. Possui colectividades muito
antigas como a dos Bombeiros Voluntários de Bucelas, inaugurada a
26 de Julho de 1891, e a Banda Recreativa de Bucelas, inaugurada a
21 de Junho de 1863, entre outras. Tem como festas anuais: Anjo
Custódio da Nação no 3º Domingo de julho, esta festividade
realiza-se desde 1566; Festa do vinho e das vindimas no 2º Domingo
de Outubro; Festa da Nª Sª da Salvação, no dia 15 de Agosto; Festa
da Nª Sª da Paz no Domingo mais próximo do dia 26 de Janeiro.
É uma Freguesia que continua a manter características rurais e
tem na actividade vinícola fortes tradições pelos excelentes vinhos
brancos que produz. Região demarcada a partir do dec. Lei de 03 de
Março de 1911.
A fama do vinho branco é muito antiga e pensa-se que a cultura
da vinha foi introduzida pelos romanos, que lhe deram forte
desenvolvimento. Numa crónica sobre a descoberta do caminho
marítimo para a Índia, foi dado a conhecer este vinho por
marinheiros da nau de S. Gabriel que ao chegarem a Portugal
comemoraram com bons petiscos e vinho branco produzidos a partir de
cepas de Arinto de Bucelas. Mais tarde, o Marquês de Pombal
interessou-se pela mesma e com a finalidade de a valorizar,
importou algumas castas de Reno; outros autores no entanto afirmam
que as cepas do Reno são originárias de Bucelas, sendo
transportadas pelos cruzados alemães no regresso à Terra Santa. É
durante as invasões francesas que o vinho de Bucelas passa a Ter
fama internacional, conta-se que o rei George III, na altura
Príncipe Regente, sofria de uma doença e para se tratar utilizou o
vinho de Bucelas oferecido por Wellington no seu regresso das
campanhas de Portugal. Torna-se com isso o vinho de Bucelas, um
hábito da Coroa de Inglaterra. Actualmente é conhecido em todo o
mundo, alcançando várias medalhas de ouro e prata em concursos
Internacionais.
A região produtiva do vinho de Bucelas abrange as localidades:
Bucelas, Charneca, Vila de Rei, Bemposta, Santo Aleixo, Vila Nova,
Chamboeira e Freixial.
A maior densidade de vinha encontra-se nos vales e os terrenos
são argilo-calcáreos, devido ao seu microclima específico, sendo
bastante frio no Inverno com um teor de humidade muito elevado,
temperado no Verão e protegido pelos ventos confere aos seus vinhos
qualidades únicas. As castas utilizadas na produção deste vinho
são: "Arinto", "Esgana Cão", "Rabo de Ovelha" e "Broal".
Este vinho é delicadamente perfumado, de um teor alcoólico de
11% é fresco, leve e ligeiramente ácido, ao envelhecer adquire um
perfume acentuado. A casa de vinhos Camilo Alves foi inaugurada em
1882. A qualidade do vinho de Bucelas é controlada pelo instituto
do vinho e da vinha, apresentando todas as garrafas um selo de
garantia.
Mais informações sobre Bucelas na página da Junta de
Freguesia
Escola de Escalada de Bucelas
A falésia de Bucelas começou a ser equipada pelo Paulo Alexandre
e o seu irmão - que ficariam conhecidos por irmãos La Redoute, em
1993. Posteriormente foram equipadas vias também pelo Francisco
Ataíde e pelo Emanuel e, mais tarde, pelo Gaspar e pelo Luís
Fernandes, antes mesmo de se ouvir falar da CREL. As vias mais
recentes foram equipadas pelo Carlos Pereira. As vias são todas
baixinhas, mas Bucelas é um local calmo, apesar da proximidade da
CREL, e muito acessível, sobretudo a quem habite do lado Norte de
Lisboa. Esta escola de escalada está divida em 3 Sectores: Ponte,
CREL e Papel Branco. No total dos 3 sectores são 17 vias
(recentemente foram equipadas mais duas) que vão desde o grau mais
acessível - III - até ao mais duro - 7a. Pode obter os croquis e
graus dos Sectores Ponte e CREL na página do GMES
Localização:
Para chegarem a Bucelas devem seguir na A8, na direcção de
Loures, apanhando a saída para Bucelas e seguindo pela estrada
nacional 115. Depois de passarem por baixo do viaduto (junto ao
restaurante dos pneus) cortem á direita, na placa que diz
"Zambujal". Sigam para o centro da aldeia, em direcção aos
Bombeiros, continuem a subir em direcção ás coordenadas do
estacionamento (descritas em baixo). Para acederem ao Sector Papel
Branco, aconselho que estacionem o carro nas coordenadas N 38º
52.555 W 009º 07.676. Daí contornam a antena pela esquerda até
encontrarem um caminho pelo meio do mato, que será mais evidente á
medida que se aproximam da cache. Desde o local onde deixam o carro
até à cache são cerca de 7 minutos. Para acederem ao local da cache
propriamante dito deverão continuar pelo caminho até encontrarem um
calhau á esquerda que tem uma corda com vários nós para facilitar a
descida. Apesar de parecer complicado, descam como se estivessem a
fazer rappel e vão olhando para onde colocam os pés, pois tem bons
apoios. Depois dessa passagem, é só seguirem a parede.
A cache:
Está colocada numa das vias do Sector Papel Branco (foto de
cima), para encontrá-la é preciso escalar, por isso é obrigatório
usar material de escalada. A cache é quadrada e está envolta num
saco de plástico preto. Devido aos arbustos provavelmente terá má
captação, no caso de ter dúvidas use a dica! Como esta é a minha
primeira cache o conteúdo inicial é:
- Logbook
- Lápis
- Afia-lapis
- Stashnote
- Bolotas Aromáticas
- Mosquetão
- Pin
- Calhau de basalto
- Presa de escalada
Se não tiver material de escalada e quiser encontrar a cache,
envie-me um mail para combinarmos a melhor solução.