Portas de Almourão
As minhas portas favoritas!
Portas de Almourão, um dos geomonumentos do Geopark Naturtejo - Geoparque Mundial da UNESCO.
As Portas de Almourão correspondem a uma garganta epigénica no rio Ocreza, aberta nos quartzitos do sinclinal de Ródão, num encaixe de 350 metros, nos últimos 2 milhões de anos.
Até há pouco mais de 2 milhões de anos, estaríamos numa região aplanada por um longo processo erosivo e por acumulação de sedimentos provenientes da Serra da Estrela. Com a intensificação da época das chuvas, devido à degradação climática que antecedeu o início do último período de glaciações, surgiu o Rio Ocreza. Inicialmente divagando pela planície, o rio Ocreza foi aprofundando o seu vale acabando por atingir o substrato mais antigo constituído por xistos e quartzitos. Posteriomente aproveitou uma zona de fraqueza estrutural (cruzamento de 4 importantes falhas tectónicas) para entalhar o seu leito, dividindo a Serra das Talhadas. Inicialmente formou-se uma cascata que terá originado o “lago” circular de água profundas logo a jusante da crista quartzítica.
Para além do valor patrimonial do geomonumento Portas de Almourão acrescenta-se o valor das comunidades relíquia de zimbro, das oliveiras em socalcos construídos nas vertentes escarpadas de quartzitos, das aves rupícolas nidificantes nas escarpas, como o grifo, a águia-de-Bonelli ou a cegonha-preta.
Este local esteve ameaçado pela construção da Barragem do Alvito desde a década de quarenta do séc. XX, cujo paredão da barragem que se iria localizar a jusante ou a montante da garganta epigénica, o que sentenciaria irreversivelmente o local do ponto de vista ambiental, paisagístico e patrimonial. Em 2010 a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) apontou a mudança da localização do paredão devido a condicionantes técnicas e também à importância geológica do local.
Mais informação: Site Geopark Naturtejo (https://www.naturtejo.com/conteudo.php?opt=o-que-visitar&id=63 )
A cache
Para chegar à cache poderá de sair de Sobral Fernando e seguir pelo caminho do PR6 (PNV) em direção a Carregais.
Junto à parede de escalada, no Waypoint T0, desça pelo caminho à direita até chegar ao ponto T1. Aqui continue pela esquerda e siga a dica.
O trilho está visível, contém algumas pedras soltas pelo que deverá ter cuidado especialmente nas descidas. Não é aconselhável fazer a cache sozinho, pois no local a rede móvel é fraca ou inexistente, nem de noite. Leve água para hidratação especialmente nos dias quentes, pois não existe perto nenhum ponto de água.
Deixar a rocha em cima da cache para que a mesma não desapareça.
A cache é de tamanho pequeno e o conteúdo inicial é:
-Logbook
-Lápis
-Crachá Geopark Naturtejo
-Fóssil “trilobite”
-Caleidoscópio
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