O sítio hoje conhecido como Quinta do Braamcamp era um baldio na Ponta do Mexilhoeiro a noroeste da orla marítima do Barreiro. O Barão Geraldo Venceslau Braamcamp foi o primeiro proprietário desta quinta, surgindo daí a sua denominação.
Quando veio para o Barreiro, Braamcamp trazia o legado das manufacturas têxteis pombalinas e, tirando proveito dos terrenos aráveis da Quinta, procedeu à plantação de um pomar de amoreiras com que havia de alimentar a criação de bichos-da-seda, destinada à produção de fio para as fábricas de Portalegre.
Com a morte do Barão em 1837, a quinta é herdada pelo filho e vendida a uma família inglesa (Wheelhouse), a qual introduz na Quinta o fabrico de “bolacha” ou pão. Em 1884, a Quinta volta a ser vendida a outra família Britânica (Reynolds) e nesta altura é intoduzido o fabrico de cortiça.
Nesta altura a propriedade compunha-se de «casas de habitação, armazéns, casa que foi fábrica de bolachas, moinho e motor de água, terras de semeadura e diversas árvores».
Após vários altos e baixos é declarada falência financeira em 2008, o recheio é vendido e após dois incêndios ocorridos em 2011, toda a estrutura foi bastante destruída.
Se deabularmos um pouco por entre o que restou, ainda é possível observar alguns dos edifícios existentes e tentar imaginar como seriam no passado e a importância económica que terão tido para as gentes do Barreiro.