Capela de S.ta Isabel da Hungria - Paradamonte
Esta capela foi construída pela Electra del Lima empresa que detinha a concessão das águas do rio Lima para a produção de Electricidade, Inaugurada em 1953, construída em honra da Santa Isabel da Hungria que era tia de Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, das quais se conta uma lenda muito idêntica, o Milagre das Rosas.
Na altura da construção desta capela era diretor da Sociedade Anónima Electra del Lima e responsável máximo em Portugal o Engº Dom Manuel Salto cidadão Espanhol casado com uma cidadã alemã de nome Isabel natural de Marburg, onde Santa Isabel da Hungria é muito venerada por aí se ter refugiado após a morte do marido e ter prestado serviço num hospital de doentes pobres e onde viria a morrer em 1231 com apenas 24 anos de idade, foi enterrado na catedral de Marburg em 1235 e canonizado pelo Papa Gregório IX.
Este casal teve uma filha a qual deram também o nome de Isabel que faleceu vítima de leucemia com 17 ou 18 anos. Dom Manuel Salto aproveitando o facto da Electra Del Lima no inicio da década de 50 construir várias instalações sociais e sentir necessidade de construir uma capela, em Paradamonte na altura só existia a capela de Santo António muito pequena, obrigando os trabalhadores que pretendiam frequentar os atos religiosos a uma deslocação á Igreja paroquial de Britelo, construiu a Capela em homenagem á Santa Isabel Hungria e em memória da Filha, tendo recrutado para o quadro da empresa o pároco da freguesia. Penso que ainda á pouco tempo a EDP que é a atual proprietária da capela paga ao Padre da freguesia uma verba para que este diga missa aos domingos. nesta capela.
A partir de 1953 a 17 de Novembro dia de Santa Isabel da Hungria, que se realizavam na capela a cerimónia da primeira comunhão onde o casal Manuel e Isabel marcavam presença e ofereciam a todas as crianças que comungavam pela 1ª vez um fio de prata.
Capela muito linda com um interior soberbo com dois altares, dedicados S,ta Isabel e outro a N.S.ra de Fátima, além dos magnificos vitrais o interior é revestido a azuleijo pintado pelo mestre Mendes da Silva, retratando o quotidiano da Rainha.
Após o 25 de Abril quando da nacionalização do sector eléctrico passou para a posse da EDP que ainda é proprietário.