Martir Santo Traditional Geocache

A Ermida de São Sebastião, ou Ermida do Mártir Santo, caracteriza-se por apresentar uma planta longitudinal de nave única, com sacristia anexa, de cronologia indeterminada, mas sabe-se que foi edificada quando da construção do baluarte seiscentista (séc. XVII).

A sua fachada é detentora de um frontão contracurvado, com dois pinázios nas suas extremidades, delimitado por uma cornija de segmento recto. No topo, uma singela cruz, símbolo do culto cristão.

No interior da Capela-mor a decoração é simples, sendo que os detalhes aumentam consoante a proximidade ao altar. No espaço interior da divisão, entre o laico e o sagrado, são visíveis dois nichos para receber imagens santas.

Pertencente a uma família romana de elevado nível, oficial do exército imperial e capitão da guarda, Sebastião teve a coragem de visitar os cristãos que se encontravam prisioneiros, levando-lhes alimentos e palavras de conforto.

Acusado de «traidor», acabou por ser amarrado com cordas, o seu corpo trespassado com flechas e abandonado à sua sorte. Mas mesmo assim sobreviveu, recuperou e foi rezar junto de Diocleciano. Foi mandado espancar e o seu corpo trespassado de flechas, até à morte, no ano 288, em Roma. A sua festa celebra-se no dia 20 de Janeiro.

Diz a lenda que São Sebastião curou a mulher de um soldado, fazendo o sinal da cruz sobre o seu corpo. Converteu ainda ao cristianismo muitos soldados e um governador. No século XIV, com o aparecimento da peste negra, esta doença era comparada a «setas que se cravavam no corpo». Por isso o santo passou a ser invocado como protetor contra essa praga e todo o tipo de morte provocado por objetos que trespassavam o corpo.

Invoca-se a sua proteção contra as dores do corpo, as feridas, os tiros e objetos perfurantes. É o santo protetor das seguintes profissões: atletas, jardineiros, ferreiros, polícias, detetives, empreiteiros, marmoristas, soldados, escultores. A sua imagem é sempre representada com as flechas cravadas no corpo. Surge amarrado a uma árvore ou a uma coluna, em situação de martírio.