A Vila de Odiáxere é uma povoação rural e uma das freguesias do município de Lagos[3], com 31,85 km² de área e 2984 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 93,7 h/km².
Na opinião de Estácio Veiga ( Séc. XIX), Odiáxere possui elementos arqueológicos datados de vários milénios, como o confirmam alguns achados. Com base no estudo monográfico da localidade, José António de Jesus Martins afirma, “ Temos conhecimento de muitos vestígios de várias antiguidades de Odiáxere, situadas na proximidade das margens da sua ribeira. Ali apareceram muitos instrumentos lícitos e diversas sepulturas. Em finais do século XIX, no lugar do Chocalho encontraram-se sepulturas quase quadrangulares constituídas por lajes em forma de caixa sem alinhamento. Encontraram-se também pedaços de ossos e uma tigela de barro grosseiro. No nível da estrutura central da localidade encontramos um templo de características tipicamente muçulmanas que mais tarde se converteria num templo cristão. As suas origens não são especificamente datáveis, mas a estrutura observada não nos deixa quaisquer dúvidas da sua origem árabe. Após a reconquista cristã o templo árabe é reconvertido ao domínio cristão.
Moinho de Odiáxere, o único moinho funcional existente no concelho de Lagos. Os moinhos de vento terão surgido na Pérsia por volta do século V. O processo de moagem começa com o lançamento do cereal no tegão (recipiente em madeira colocado sobre a pedra de moer) que, posteriormente, sai pela quelha (espécie de caleira que debita o grão para o olho da mó) e cai para a pedra, onde é moído. Após a moagem, a farinha sai por uma ranhura situada sob a mó e é recolhida. Pelo serviço do moleiro é-lhe devida a “maquia do pão” – p. ex. em cada dez quilos fica com um para si. Hoje, restam poucos moinhos em funcionamento.
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Vila de Odiáxere is a rural village and one of the parishes of the municipality of Lagos[3], with 31.85 km² and 2984 inhabitants (2011). Its population density is 93.7 h / km².
In the opinion of Estácio Veiga (19th century), Odiáxere has archaeological elements dating back several millennia, as confirmed by some findings. Based on a monographic study of the locality, José António de Jesus Martins states, “We are aware of many traces of various antiquities from Odiáxere, located near the banks of its stream. There appeared many lawful instruments and several graves. At the end of the 19th century, in the place of Chocalho, almost quadrangular tombs were found, consisting of slabs in the shape of a box without alignment. Pieces of bones and a coarse earthenware bowl were also found. In a word, we can say that isolated Neolithic finds were found. From the Bronze Age isolated graves were found with burials. Through the consulted documentation we found references to the appearance of underground barns called “Tulhas”, silos or matmores. (...) From the moment the locality grows, typically rural structures appear whose traces cannot be identified at the present time. At the level of the central structure of the locality, we find a temple with typically Muslim characteristics that would later become a Christian temple. Its origins are not specifically datable, but the structure observed leaves us in no doubt of its Arab origin. After the Christian reconquest, the Arab temple was reconverted to the Christian domain, to the social-political dimension of the order of Catholicism that prevailed in Portugal from the Three Hundreds. It will be this Christian temple that will have, in the 16th century.
Moinho de Odiáxere, the only functional mill in the municipality of Lagos. Windmills appeared in Persia around the 5th century. The milling process begins with the launching of the grain into the tegão (wooden container placed on the grinding stone) which, later, exits through the quelha (a kind of gutter that debits the grain into the grindstone) and falls to the stone, where it is ground. After milling, the flour leaves through a slot located under the millstone and is collected. For the miller's service he is owed the “bread make-up” – p. ex. out of every ten kilos you keep one for yourself. Today, few mills remain in operation.
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