Earthcache é simples
Nas coordenadas postadas leia o texto desta página, aprendendo sobre seu tema geológico.
Através da analise da formação no local abordado, você será capaz de responder as perguntas, que devem ser enviadas via mensagem para o owner.
Compartilhe então sua experiência num registro online bem bacana. Qualquer dúvida entre em contato.
Neste inédito Earthcache vamos conhecer os interessantes e belos Peperitos do Morro do Farol, formados pela interação das areias do antigo deserto e dos derrames vulcânicos. Para isso, siga seu GPS e se desloque até o didático afloramento conhecido como Gruta da Santa, na base do morro testemunho.
Peperitos são formados a partir da mistura de um derrame ou intrusão ígnea rasa com sedimentos inconsolidados ou pouco consolidados. Assemelhando-se a brechas.
Olha só que interessante... Os peperitos visto aqui em Torres são também encontrados na Namíbia, África do Sul.
As feições de interação encontradas em campo, do tipo diques clásticos de preenchimento e injeção assim como peperitos referem-se exclusivamente a uma simultaneidade dos processos de movimentação ígnea e sedimentar. Os peperitos visualizados podem ter duas origens, sendo a primeira por frente de derrame e a segunda por injeção de matéria, seja através de diques clásticos de preenchimento ou injeção. Os peperitos de frente de lava são formados a partir de um derrame que ao encontrar-se com uma duna, em seu avanço se torna mais denso e se desagregam nas porções frontais misturando-se com areia para posteriormente solidificar. Esta mistura entre magma semi-consolidado e sedimentos se dá justamente pela força de deslocamento do derrame dando origem assim aos peperitos de frente de derrame. Já os peperitos de injeção de material são formados a partir da força de deslocamento na base do derrame que promovem as injeções de sedimento através de fraturas ao decorrer do derrame, sendo que o peperito de preenchimento se forma no topo do derrame.
Os peperitos de Torres mostram os clastos autóctones de basalto em matriz de areia, a mesma vista nos arenitos e diques clásticos. A coloração adquirida pela matriz no contato com os clastos é devida a uma mais intensa presença de óxidos de ferro. Os clastos ígneos encontrados nos peperitos possuem tamanhos variados, sendo que se verifica um aumento de tamanho do clasto.
São clastos originados dos derrames e petrograficamente muito similares, bastante vesiculares e em geral com mais intensa presença de vidro, indicando um resfriamento mais rápido que a maior parte dos derrames. Fraturas que ocorrem nos clastos não tendem a se propagar pela matriz, podendo estas serem resultado do resfriamento dos clastos. O contato entre os clastos e a matriz, nos peperitos, é bastante abrupto, mostrando, em geral, feições claras de plasticidade, ora com a matriz englobando os clastos, ora com os clastos englobando a matriz, o que sugeriria uma formação a quente num regime de deformação dúctil. Entretanto, os clastos podem, às vezes, apresentar uma morfologia bastante angulosa, sugerindo uma fragmentação em regime mais rúptil. Assim, os peperitos são fruto da desintegração da lava, seja em estado dúctil ou rúptil, ao encontrar os corpos de areia ainda inconsolidados. A morfologia do clasto ígneo do peperito reflete o estado da lava no momento da desintegração, com os clastosangulosos correspondendo a uma lava mais resfriada e rúptil que os clastos fluidais
Clasto = Fragmento de rocha ou de mineral pré-existente contido dentro de uma rocha, neste caso, do arenito.
Se você visitou este local, leu corretamente a descrição, respondeu às perguntas e enviou-as via mensagem, PODE FAZER O LOG no Earthcache. se elas porventura não estiverem corretas eu entrarei em contato.
1- Qual a coloração da matriz que engloba estes clastos? Por qual motivo?
2- Descreva os clastos.
3- A rocha localizada acima (basalto), possui maior ou menor dimensão comparada aos peperitos?