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O mistério da Quinta da Felicidade Mystery Cache

Hidden : 11/29/2020
Difficulty:
3.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Há quem lhe chame Disneylândia do Parque Natural de Sintra-Cascais. Outros preferem Palácio da Disney. E muitos garantem estar ao abandono. Mas o nome verdadeiro é Quinta da Felicidade e não se trata de um espaço abandonado. Quem o garante é Carlos Manuel Maia Nogueira.

Entre muitas teorias, contam-se histórias relacionadas com barões da droga e até com empresários que tinham fugido de Portugal. Tudo longe da realidade. Aquele que foi o dono (e mentor) do espaço chama-se Carlos Manuel Maia Nogueira, nome que merece uma introdução.

Ou não estivéssemos a falar do homem que vendeu o primeiro computador pessoal em Portugal. Foi também um dos fundadores da Solbi (Sociedade Lusobritânica de Informática), empresa que liderava a venda de computadores pessoais em Portugal e que chegou a faturar qualquer coisa como 150 milhões de euros. A Solbi acabou por falir e fechou portas em 2008, com dívidas à banca que rondavam os vinte e três milhões de euros.

Apesar de ser conhecido como Disneylândia ou Palácio da Disney, o nome do espaço de nove mil metros quadrados é Quinta da Felicidade. E a explicação é simples. Este era o nome quando a Solbi comprou o terreno a troco de setenta mil contos, 349 mil euros à moeda de hoje. De acordo com Carlos Manuel Maia Nogueira, o antigo dono era um inglês casado com uma espanhola que se chamava Felicity. Acreditando que tinha sido a mulher a dar inspiração ao nome. E assim ficou! Mas se o nome permaneceu igual, muita coisa mudou no terreno.

A casa original foi demolida, tendo sido construída (ilegalmente, pois não foi dada autorização) uma verdadeira mansão no local. Para que se tenha uma ideia, a Quinta da Felicidade contou com obras entre 1986 e 2003/4, altura em que a família (casal e mais três filhos) saiu do local. Carlos Manuel Maia Nogueira revela que investiu seguramente dez milhões de euros no espaço e que tudo aquilo que se vê foi pensado por si. O valor gasto pode ser explicado recorrendo a alguns detalhes da casa.

Por exemplo, a piscina interior aquecida (existem mais três no exterior) foi feita com mármore azul, que veio da Venezuela. É ainda possível observar um cadeirão de generosas dimensões que veio da China. Tal com as quatro estátuas que chegaram de Itália. Ou mesmo o pássaro que “voou” do Brasil para Portugal. A casa conta ainda com as maiores colunas de mármore construídas em Portugal e com chão aquecido. A casa principal tem ainda um cofre escondido na sala e um bunker que permite viver com segurança em caso de grande perigo. Mas estes não são os únicos pormenores de luxo.

Ao lado da casa principal é possível ver outra que parece um palácio da Disney. E não é por acaso! Carlos Manuel Maia Nogueira pediu mesmo autorização à Disneyland Paris para recriar o palácio existente no parque francês. Além de ter recebido luz verde, Carlos Manuel Maia Nogueira recebeu ainda fotos para ajudar no processo. No local, existia um depósito. Carlos Manuel Maia Nogueira achou que era muito perigoso e decidiu avançar para a construção do espaço. Que não fica muito longe de uma outra casa onde viviam os dois filhos mais velhos. A Quinta da Felicidade conta ainda com duas casas independentes para caseiros. Tanto no palácio como no terreno é possível encontrar obras de arte. Como é o caso de esculturas de Rogério Timóteo e de outras feitas com materiais como mármore preto vindo da Chinaalácio. E tudo está relacionado com a filha do empresário.

A Quinta da Felicidade não era apenas a habitação da família. O espaço estava alugado à Solbi, que pagava uma renda mensal de dez mil euros. Era ali que existiam diversas formações da empresa, festas e eventos de marcas internacionais. Por exemplo, a Intel chegou a apresentar um processador naquele a que chamam Palácio da Disney, recorda Carlos Manuel Maia Nogueira. O fundador da Solbi relembra ainda a festa em que estiveram setecentas pessoas sentadas na sala e no exterior da casa principal. Isto e as noites de fim-de-ano naquele que era o salão de jogos. Pela garagem passou, entre muitos outros carros, aquela que foi a primeira limusine legalmente importada em Portugal. E que foi comprada em Los Angeles por quatro mil contos (vinte mil euros).

Texto: Bruno Seruca


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