As alminhas são padrões de culto das almas do purgatório, hoje consideradas património artístico-religioso. São pequenos altares onde se pára um momento para deixar uma oração e, por vezes uma esmola pelas almas. É frequente encontrar velas e lamparina acesas, deixadas pelas pessoas que passam no local, ou mesmo oferendas de flores.
Geralmente, as alminhas são erguidas em encruzilhadas, quase sempre em caminhos rurais, em matas ou perto de cursos de água, na entrada das pontes. Também é possível encontrar alminhas junto às estradas nacionais. As alminhas podem ser incrustadas em velhos muros ou na frontaria de casas e podem ser construídas em diversos materiais.
Não são conhecidos registos escritos destes memoriais antes do século XIX, no entanto, podem encontrar-se exemplares de alminhas que remontam ao século XVIII. Formalmente, este painéis representam sempre as almas do purgatório em agonia, podendo representar anjos, São Miguel, a Virgem, Cristo ou Santos resgatando as almas.
Alminhas da Costeira
Foram reconstruídas por Rosária Maria Jesus e Tomás Ferreira Rebelo. Singular conjunto de três alminhas, as mais singelas colocadas lateralmente, apresentam nicho em cimento emoldurado, de topo trinagular, resguardado do exterior por gradeamento de ferro. No seu interior guardam , do lado direito, a imagem de N.ª Sr.ª da Conceição e, no lado esquerdo, o Anjo da Guarda. Ao centro, alminhas oitocentistas em granito, também de topo triangular, encimado por cruz. De forma rectangular apresentam nicho emoldurado protegido do exterior por gradeamento de ferro. No seu interior, painel de azulejos representando Cristo Crucificado ladeado por dois anjos, com cálices, recebendo o sangue que cai das chagas das mãos. Num plano inferior, outros anjos retiram as almas do purgatório. Por baixo a legenda " Vós que ides passando, Lembrai-vos das almas que estão penando." Sob o nicho, campo epigráfico, com a inscrição "MANUEL FERREIRA REBELO 1891 / RES A M / E F / TOMÁS FERREIRA REBELO / ROSA JESUS MELO / 1978", correspondendo a primeira das datas à construção das alminhas e, a segunda, à data de restauro.
Descrição retirada de "Alminhas do Concelho de Oliveira de Azeméis - contributo para um inventário" de 2001 da autoria de Maria Clara de Paiva Vide Marques.
A Cache
Local de muito movimento, a descrição é imperativo. Aos sábados o movimento é ainda mais intenso por causa de uma churrasqueira que fica mesmo em frente.
Precisa de levar material de escrita.
SÉRIE DAS ALMINHAS
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