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Geomorfologia: Diaclases [Geossitio de Lavadores] EarthCache

A cache by J_C Message this owner
Hidden : 10/1/2020
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Geomorfologia: Diaclases [Geossitio de Lavadores]

Observação das Diaclases

A praia de Lavadores apresenta aspectos geológicos de muito interesse não só do ponto de vista didáctico como científico. O principal objectivo desta visita a estas coordenadas será a observação das diaclases, a fraturação do afloramento granítico de Lavadores.

Nas coordenadas desta Earthcache: 

  1. O que significa diaclases? Quais os mecanismo que resultam as diaclases?

  2. Qual a distância média entre as duas diaclases?

  3. Qual a forma da superfície de fractura (plana, curvilínea, irregular)?

  4. Qual o aspecto da superfície de fractura (lisa, rugosa, granular) ?

  5. As diaclases neste ponto de observação encontram-se preenchidas, quais os materiais que as preenchem?

  6. Uma foto tua, ou do teu GPS, apontar uma diaclase preenchida com vegetação, com teu Nick e GC da geocache será obrigatório para cumprires com sucesso está tarefa. 

Obrigado pela visita!

Para registares “found it” nesta earthcache desloca-te às coordenadas publicadas e responde às seguintes questões, enviando as respostas para o seguinte endereço:jotace.geo@gmail.com

Se acreditas teres concluído com sucesso os objectivos desta EarthCache e já enviaste me enviaste todos os requisitos conforme solicitado, por favor, sinta-se à vontade para a registar como encontrada. Posteriormente iremos verificar os requisitos enviados e, caso seja necessário, contacta-lo no sentido de efectuar as devidas correcções ao seu registo

 
 

Neste local, é possível observar a fraturação do granito. Por mecanismos relacionados com o arrefecimento do magma, forças tectónicas e descompressão, pode ocorrer a formação de fraturas, ou diáclases, que resultam da rutura das rochas.

De uma maneira geral, o relevo terrestre tem origem em dois processos distintos: processos provenientes do interior da Terra (processos endógenos) e processos que ocorrem na sua superfície (processos exógenos).

A Geomorfologia, no senso lato, é um conjunto de áreas de saberes das geociências que se ocupa com o relevo e formas que ocorrem na superfície da Terra. No senso restrito, a geomorfologia é a ciência que estuda os processos exógenos, isto é, os que ocorrem no contacto entre a Litosfera e os restantes subsistemas da Terra (Hidrosfera, Criosfera, Atmosfera e Biosfera) e que são responsáveis pelos relevos e formas que ocorrem à superfície do nosso planeta (Scheidgger, 1970).

Deste modo, pode afirmar-se que a geomorfologia estuda as formas da superfície da Terra, a sua história e os processos que contribuem para a sua formação. Estes processos incluem as forças tectónicas, a gravidade, a alteração, a erosão, o transporte e a deposição das rochas. A praia de Lavadores constitui um sector rochoso de costa “alta” com uma topografia irregular (Ferreira et al. 1995). A intensa rede de fracturação existente na zona delimita superfícies rochosas aplanadas em contraste com morros rochosos de vertentes íngremes (Gomes & Ferreira, 1995).

Quando se percorre uma região granítica, como a existente em Lavadores, não é possível deixar de dar conta da maneira como aquela rocha imprime à paisagem um cunho inconfundível (Assunção, 1973). Este ambiente litoral é caracterizado pela interacção entre diversos agentes de alteração que, influenciados pelo clima da região, no seu conjunto condicionam a evolução do modelado (Ferreira et al. 1995) e possibilitam a génese de uma série de formas graníticas de pormenor. 

O que são diaclases?

As diaclases ocorrem em todos os tipos de rochas e não são mais do que fracturas ao longo das quais não existiu movimento considerável. Normalmente, a maior movimentação corresponde ao afastamento dos compartimentos na direcção perpendicular ao plano de fractura.
As diaclases caracterizam-se pela sua extensão, forma da superfície de fractura (plana, curvilínea ou irregular), atitude, frequência (número de diaclases subparalelas) ou espaçamento (distância entre duas diaclases subparalelas consecutivas), aspecto da superfície de fractura (lisa, rugosa, granular) e enchimento (se as diaclases se encontram ou não preenchidas e quais os materiais que as preenchem).

As diaclases que possuem superfícies planas chamam-se diaclases sistemáticas. Estas diaclases têm uma orientação subparalela e um espaçamento regular (fig. 1). As diaclases que, numa mesma área, possuem uma orientação semelhante formam uma família de diaclases. As várias famílias de diaclases existentes numa determinada zona formam um sistema de diaclases (fig. 1).
As diaclases que possuem superfícies curvas ou irregulares designam-se de diaclases não-sistemáticas (fig.1).

Origem das diaclases

As interpretações propostas para explicar a origem das diaclases são diversas. No entanto, têm em comum o facto de se formarem por ruptura das rochas, como resultado de um campo de tensões aplicado a estes materiais (fig. 2).
Uma parte das diaclases resulta da actuação de 

*Orogenia: Processos tectónicos que afectaram a crusta terrestre ao longo dos tempos geológicos e que ocorreram em períodos determinados, dando origem ao aparecimento das grandes cadeias de montanhas (como os Himalaias). Actualmente considera-se que durante o Fanerozóico ocorreram três orogenias principais: Caledónica (que terá terminado há cerca de 400 milhões de anos), Hercínica (cessado há 245 milhões de anos) e Alpina (que se terá iniciado há cerca de 200 milhões de anos e que ainda se encontra activa). Esta última foi a responsável pelo aparecimento das cadeias montanhosas dos Alpes e dos Pirinéus.

Para além de outras origens possíveis, as diaclases podem ainda resultar da expansão sofrida pelas rochas devido à descompressão provocada pela erosão dos materiais que as cobrem, ou da contracção provocada pela cristalização magmática.

Diaclases nos granitos

Nas rochas intrusivas as diaclases podem ocorrer como resultado de mecanismos associados à implantação e arrefecimento do magma, bem como à deformação provocada por forças tectónicas a que a rocha é posteriormente sujeita.
A densidade da fracturação e a sua orientação pode variar com a forma, estrutura interna e proximidade dos limites do corpo intrusivo. O diaclasamento é mais intenso junto às margens do corpo ígneo.
Nas rochas ígneas são também muito frequentes diaclases que se desenvolveram subparalelamente à superfície topográfica (disjunção em laje). Pensa-se que estas estruturas, designadas por fracturas de descamação, estão associadas à descompressão sofrida pelas rochas quando, devido à erosão, são retirados os materiais que as cobrem
Por vezes as diaclases encontram-se preenchidas por minerais resultantes da cristalização tardia de magmas ricos em voláteis ou resultantes da circulação de fluidos hidrotermais, formando-se assim filões, filonetes e veios de rochas pegmatíticas, aplíticas ou de quartzo.

Sendo os granitos rochas com permeabilidade baixa é, em geral, a existência de diaclases que possibilita a penetrabilidade da rocha pelos fluidos, contribuindo para o aumento de reservas de água subterrânea e facilitando ao mesmo tempo a alteração da rocha.
O estudo da orientação sistemática das diaclases fornece informações sobre a natureza e a orientação do campo de tensões que provocou a deformação. O seu conhecimento é importante, por exemplo, em áreas onde estão projectadas obras de construção civil.

 

Fonte: https://geopraialavadores.jimdofree.com/geomorfologia/

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