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Moinho da "Borralheira de Cima" Traditional Geocache

Hidden : 9/5/2020
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


Nenhuma descrição disponível.

 

Várzea justifica a bússola apontada a Norte, as sementeiras do linho, o cadenciar dos teares e uma riqueza adormecida que acorda em cada Primavera, tocada por mãos firmes de mulheres delicadas e rostos trigueiros.

Situada num terraço natural com uma magnífica vista sobre um vale onde corre o rio Vouga, a Várzea é um prodígio no meio da natureza, tocado pelas levadas que embalam ritmos e sementeiras, fiando e tecendo.

Várzea é uma tira do Vouga, pedras sobrepostas na água, atravessando rio sem molhar pés, olhando o velho moinho, apreciando a natureza e conhecendo uma aldeia marcada pelo linho, que ditou evidências e modos, tecendo voltas, ripando e atando. Uma vida de molho, um maçadoiro feito estaquinha. Uma valente espadelada, o linho que seca, os fios que dobam. Várzea é esse merecimento da planta, da linhaça, dos teares, a ligação da terra ao homem, como o mostra o Museu do Linho de Várze de Calde, forno e pão, lagar e adega, as taleigas e as tulhas, salgadeira e cozinha. Pão e vinho sobre o linho: esta é a hospitalidade beirã, contada fio a fio, seguindo o rio que conta memórias, trazendo generosidade, da colheita à fiação. Arrancado, malhado e moído. Espadelado, batido, “sedeirado” e haja fuso, dobrando e lavando.

Várzea de Calde é uma aldeia onde corre água, vertida aos pés do Museu, na Fonte de S. Francisco, no rio que inunda as leiras e os rincões, o regadio que levou D. Maria I a acreditar nas sementeiras. Várzea é a casa de lavoura, a oficina do linho, o bater de muitos teares e as fiandeiras cantando e encantando, escutando o sussurro das águas, levando as espigas, lavando rio e ribeira, as eiras e os cantares. E esse valente arraial do três de outubro chamam-lhe os tecedores de “Toco de S. Francisco”: roubam-se pinheiros, chiam os carros e, no adro, o vozear, de ano intermitente, dançando todos, vassourando as sobras do milho e do linho. E descendo ao rio, os campos cultivados, as videiras enlatadas, os encanamentos, atravessando as pedras para Sanguinhedo, cortando para a barragem, uma extraordinária paisagem, verde e azul, cadenciada e sincopada. A Várzea é o linho, é a terra, é a generosidade da natureza, feita magia, tecida e dobada. E vestida pois então!

 

Um dos muitos moinhos presentes ao longo do percurso pedestre de Várzea de Calde.

É o único moinho de toda a aldeia que ainda se encontra em funcionamento onde ocasionalmente os habitantes ainda se deslocam lá para fazer uso.

Additional Hints (Decrypt)

an onfr qn áeiber.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)