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Poço dos Mouros em Esmoriz Traditional Geocache

Hidden : 8/19/2020
Difficulty:
3.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


 

Poço de Mouros é um dos locais históricos menos falados de Esmoriz, mas é, sem dúvida, um dos mais enigmáticos, dado que nunca foi alvo de uma sondagem arqueológica ou científica.


A estrutura deu o nome à rua ("rua Poço dos Mouros"), localizando-se a mesma no Lugar da Torre, relativamente perto das principais escolas da cidade.

Desde os primórdios das civilizações que o território hoje correspondente a Esmoriz foi ocupado por comunidades primitivas.

O acesso fácil ao mar, à Barrinha de Esmoriz e a algumas linhas de água favoreciam uma instalação populacional, ainda que limitada.

No entanto, privilegiou-se uma ocupação das zonas altas (ou com maior relevo a nascente) de Esmoriz e Paramos.

A existência de uma necrópole (ou cemitério) suevo-visigótica (com datação compreendida entre os séculos V-VIII d. C.), entre os lugares da Torre e Gondesende, parece confirmar uma presença ocupacional prévia desta zona.

O arqueólogo Gabriel Rocha Pereira realizou uma sondagem recente neste local, tendo encontrado vestígios que remontam à Idade do Ferro, o que nos remete para um historial muito maior ao nível da ocupação da zona.

As primeiras comunidades, de modestas proporções demográficas, viveriam de uma agricultura incipiente, da recoleção, de alguma caça e criação de gado.

O acesso a água potável era também essencial e parecia ser possível dada a existência de pequenos cursos de água em ligação com a Barrinha de Esmoriz (mais ampla na altura) e o mar.

DATAÇÃO E ORIGENS

O Poço dos Mouros nunca foi alvo de uma investigação arqueológica.
Na verdade, se efectivamente houve algum estudo, o mesmo nunca foi divulgado.

Os antigos sempre afirmaram tratar-se de um poço, mas apesar de esta ser a tese dominante, há quem apresente uma versão diferente ou alternativa para a interpretação em torno deste equipamento.

Nunca foi feita qualquer tentativa de balização cronológica, nem sequer qualquer tentativa de datação de radiocarbono de materiais do poço ou de fragmentos achados nas imediações. Também não tivemos conhecimento público de qualquer escavação. Por isso, é uma tarefa inglória avançar com um cenário de datação.

Apesar destas limitações, constatámos que a história do poço de mouros é antiga. Esta já persiste já há bastante tempo no imaginário da população daquele lugar.

Existem gerações dos séculos anteriores que já falavam do poço.

Contudo o poço para ser muçulmano teria que contar com mais de um milénio de existência. Recordamos que esta região seria ocupada pelos cristãos entre os séculos X e XI. Por exemplo, sabemos que Coimbra é reconquistada pelos cristãos em 1064. Ou seja, o poço teria que ser construído entre os séculos VIII e IX, auge da expansão muçulmana na Península Ibérica.

Avaliação subjectiva (não fundamentada por que não dispomos de um método científico eficiente): o revestimento hoje visível no poço não parece ser muito antigo. No entanto, ninguém sabe o que está por debaixo de terra. Na verdade poderão existir resquícios subterrados de um poço antigo que podem reivindicar uma enorme antiguidade. A incógnita e o mistério permanecem de mãos dadas.

HIPÓTESE A – POÇO DE MOUROS OU NASCENTE DE ÁGUA

A tese dominante é a de que existiu um poço nesta zona mais alta de Esmoriz, embora não se possa determinar, com precisão, as suas origens cronológicas.

Um poço teria que possuir uma profundidade superior a 10 metros, de forma a atingir o lençol freático e recolher água potável.

Alguns alunos que conheciam bem o lugar relataram-nos que, segundo o que lhes contaram ao longo dos tempos, a profundidade ainda seria maior do que esta estimativa mínima. Por isso, o Poço dos Mouros teria uma profundidade bem superior a 10 metros.

Muitas linhas de água corriam no redor. Era o sítio ideal para conceber um poço ou para fazer convergir uma nascente potenciada pelo homem. Possivelmente, e tendo em conta este cenário vantajoso, o poço nunca secaria em momento algum naquele lugar em concreto do Lugar da Torre em Esmoriz. O poço teria sempre água para abastecer a comunidade.

A água retirada do poço ajudaria igualmente a irrigar as plantações das propriedades.

Não sabemos se o poço que terá existido em Esmoriz remontaria à época muçulmana, mas a comunidade islâmica recorreu bastante à construção de poços, sobretudo porque estavam habituados a viver em regiões mais quentes. Eles seriam, por exemplo, responsáveis pela introdução da Nora na Península Ibérica, isto é, um engenho ou aparelho para tirar água de poços ou cisternas, sendo concebida por uma roda com pequenos reservatórios ou alcatruzes.

Circulam testemunhos populares de que foi encontrada uma pedra com escrituras antigas no fundo do alegado poço. Curiosamente, na parte exterior desta estrutura, detectamos uma inscrição (terá sido uma cópia do conteúdo gravado na pedra ocultada? Ou será uma segunda inscrição?).
O que é intrigante é que não sabemos quando foram feitas tais inscrições, nem tampouco decifrá-las.

HIPÓTESE B – TÚNEL DE UMA TORRE? SAÍDA DE EMERGÊNCIA? ESCONDERIJO?

Existe uma segunda teoria interpretativa para esta estrutura que foi avançada mais recentemente.

A designação toponímica do Lugar da Torre em Esmoriz (sítio que alberga o equipamento) não nasceu por acaso. É muito provável que tivesse existido nesta zona mais elevada da localidade uma antiga torre ou atalaia que dispusesse de uma visão privilegiada face ao litoral, onde a pirataria viking e berbere constituíam ameaças sérias ao bem-estar e segurança das comunidades costeiras.

No entanto, ninguém sabe onde se posicionaria tal torre e qual seria a sua distância face ao local da nossa visita guiada.

O lugar da Torre é já referido nas inquirições de D. Dinis, em finais do século XIII.

É feita referência à Quinta da Torre, em Esmoriz, que pertencia ao nobre ou cavaleiro Martim Rodrigues.

É bastante provável a presença de uma torre medieval que possivelmente desapareceu há alguns séculos sem deixar rasto.

A existência de um túnel, esconderijo ou saída de emergência dariam a possibilidade de escapatória a uma pequena guarnição de militares ou vigilantes que estivessem na estrutura, isto claro no âmago de um contexto bélico mais crítico.

Esta hipótese de se tratar de um túnel (e não de um poço) foi avançada por Orlando Santos, num artigo de opinião no Jornal A Voz de Esmoriz em 1994.

O formato mais sinistro da estrutura e o nome do lugar onde se insere (Lugar da Torre) inspiraram esta segunda interpretação.

• No entanto, esta tese é menos popular em relação à anterior.

CONCLUSÕES

Este é o local mais enigmático dos 46 elencados no Roteiro Turístico de Esmoriz, publicado pela Comissão de Melhoramentos de Esmoriz.

Não existe até hoje qualquer proposta de datação. A estrutura (pelo menos, a visível) não nos parece ser muito antiga ao ponto de poder remontar à era muçulmana, mas a mesma poderá ter substituído outra (essa sim poderia ser ancestral, caso tenha existido) que existia anteriormente no local.

É essencial preservar este património histórico que esteve em risco de desaparecer no século passado (talvez nas décadas de 70 e 80), quando se colocou a calçada em redor do espaço. Houve quem quisesse na altura fazer desaparecer a estrutura (que correu o risco de ser engolida pela calçada), mas o poeta e historiador António Maria insistiu no sentido de se preservar o poço porque o mesmo tinha valor social.

O espaço deveria ser sinalizado com uma placa identificativa porque o mesmo passa a despercebido a quase todos os cidadãos que passam por ali.

Uma pequena sondagem arqueológica no local seria bem-vinda. É certo que a calçada já não permite as escavações desejadas, mas pode-se investigar o interior da estrutura (abrindo o pequeno portal que a encerra) e tentar decifrar as escrituras alegadamente antigas. Existem ainda muitas dúvidas por esclarecer em torno deste local.

Nos tempos mais antigos (embora estas estruturas não tivessem sido utilizadas em simultâneo ou nas mesmas eras cronológicas), podemos detectar em Esmoriz alusões a uma necrópole (séculos V-VIII d. C.), a moinhos (os mais antigos são datados dos séculos XIII-XIV), a um porto medieval (referido nas inquirições de D. Dinis de 1288), uma torre (datação incerta), um poço (datação incerta) e a uma quinta situada no Lugar da Torre, detida por Martim Rodrigues, cavaleiro abastado que deixou um grande testamento ao Mosteiro de Grijó, onde será sepultado talvez no ano de 1315.

 

A CACHE

 

É a nossa primeira cache, iremos tentar manter este nivel ;)

Trata-se de uma micro cache que se pede descrição e colocação exatamente como está é muito importante para a longevidade da mesma

Aconcelha-se descrição e uso de ferramenta apropriada para micro caches tanto na abertura como para saque do book

Não publiquem fotos da cache por favor a supresa é sempre boa tambem para os visitantes :)

Olhos de falcão também são bem vindos como reza a lenda o poço nunca foi estudado e é dos mais enigmaticos locais de Esmoriz é isso que também se pretende com esta cache

 

Boas Cachadas e aproveitem a visita a Esmoriz :)

Additional Hints (Decrypt)

Ab zrvb rfgá n iveghqr Erpbybpne pbzb rfgá r aãb qvihytne sbgbf qn pnpur

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)