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Deposito Fluvial [Geossítio Lavadores] EarthCache

A cache by J_C Message this owner
Hidden : 6/30/2020
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Já conheces o Geossítio de Lavadores? Visitar o Geossítio da praia de Lavadores é uma experiência memorável, que permite uma viagem de milhões de anos no tempo, ao longo da história da formação e evolução desta singular paisagem granítica.

 

 

Observação do Deposito Fluvial de Lavadores

A praia dos Lavadores apresenta aspectos geológicos de muito interesse não só do ponto de vista didáctico como científico. A variedade de rochas existentes e a clareza de algumas formas tornam o local particularmente propício para visitas de estudo para quem se inicia em assuntos da geologia. O principal objectivo desta visita a estas coordenadas será a observação dos diferentes aspectos que caracterizam o afloramento granítico de Lavadores.

Nas coordenadas desta Earthcache:
  1. Quais são as evidências que o mar já esteve aqui onde estás? 
  2. Quantos e quais os níveis concordantes formados em ambientes distintos consegues observar? 
  3. Neste deposito na estratificação é nitida vários buracos de dimensões variadas. Qual a altura do solo? Qual a camada é que se encontra? Qual a razão para isso acontecer?
  4. De forma a completar a lição e demonstrares que consegues identificar os vários aspectos de depósito, anexa ao registo uma foto tua, ou do teu GPS, a apontar a camada pelítica com clastos verticalizados, com teu Nick e GC da geocache. Esta á uma tarefa obrigatória.
Obrigado pela visita!

Para registares “found it” nesta earthcache desloca-te às coordenadas publicadas e responde às seguintes questões, enviando as respostas para o seguinte endereço:jotace.geo@gmail.com
Se acreditas teres concluído com sucesso os objectivos desta EarthCache e já enviaste me enviaste todos os requisitos conforme solicitado, por favor, sinta-se à vontade para a registar como encontrada. Posteriormente iremos verificar os requisitos enviados e, caso seja necessário, contacta-lo no sentido de efectuar as devidas correcções ao seu registo

 

 

Deposito Fluvial de Lavadores[Geossítio Lavadores]

A descoberta do passado da Terra fornece dados importantes para construir modelos que permitam prever os efeitos das futuras variações climáticas. Com base no passado da Terra, nomeadamente a caracterização dos paleoclimas e dos fatores que os influenciam, é possível construir estes modelos hipotéticos de evolução do clima, sendo um aspeto essencial para as sociedades atuais. 

No litoral da cidade de Vila Nova de Gaia numa plataforma, um tanto inclinada para poente, assente no granito observa-se “uma cascalheira de praia elevada, a que se sobrepõem depósitos de areia fina com poucos calhaus dispersos ou intercalares”. Os terraços de Lavadores têm, sido alvo de diversos estudos de índole sedimentológica e geomorfológica, Foto 1.

Terraço Fluvial (Gaia) Mapa .jpg

Foto 1 – Foto da” cascalheira de praia elevada” e a localização dos depósitos do Quaternário antigo e Pliocénico (PQ).  Neste depósito quaternário, formado durante um período interglaciário, observa-se uma notável estratificação de camadas arenosas alternadas com níveis cascalhentos, verificando-se a ferruginização típica dos depósitos deste nível e apresentando-se as camadas com um ligeiro arqueamento, eventualmente decorrente de razões neotectónicas. Neste corte, ilustrando um dos melhores depósitos marinhos fósseis de Vila Nova de Gaia, estão representados dois níveis sucessivos do mar, estimando-se que a idade do depósito seja superior a 125 000 anos (entre 340 000 e 220 000 anos).

O registo sedimentar deste aforamento tem vindo a ser analisado como marcador climático. Porém a classificação paleoflorística, qualitativa e quantitativa, torna possíveis a deteção de mudanças na fitodiversidade através do tempo e a inferência de outras mudanças com elas correlacionadas como alterações climáticas e o avanço e recuo do nível do mar.

A nascente da praia das Pedras Amarelas pode observar-se um excelente corte de um terraço assinalado na Carta Geológica de Portugal à escala 1/50000 – Folha 9C-Porto (Costa & Teixeira, 1957) como Q3 (Depósito de praia antiga, 30-40m), Foto 2.

Terraço Fluvial (Gaia) Esquema

Foto 2 – Neste terraço a estratificação é nítida e caracterizada pela ocorrência de camadas de clastos mais ou menos grosseiros, e de camadas de areias de diferentes granulometrias com alternâncias não regulares.

O terraço assenta, em inconformidade, sobre um soco cristalino constituído por um granito porfiróide biotítico grosseiro com feldspatos róseos, granito pós-tectónico de Lavadores, que se instalou no grande acidente que é a falha Porto – Tomar (NNW-SSE). O terraço está coberto por o que é designado de “Formação areno-pelítica”.

A análise do registo sedimentológico e sequente estudo morfométrico e granulométrico permitiram distinguir 3 níveis concordantes formados em ambientes sedimentares distintos. Da base para o topo da sequência, encontramos:

a) Níveis conglomeráticos com textura matriz-a clasto-suportada com predominância de organização sedimentar de uma zona intertidal marinha. Os clastos são quase exclusivamente de quartzo e de quartzito de forma alongada e achatada, bem arredondados, apresentando-se mal calibrados, sendo a matriz arenosa, Foto 3;

Terraço Fluvial (Gaia) Esquema

Foto 3 – Níveis conglomeráticos assentes em inconformidade sobre o granito de Lavadores.

b) Níveis conglomeráticos clasto-suportados formados a partir de quartzo e de quartzito, com uma forte imbricação (18º-24º) predominante num único sentido, denunciando predominância de organização sedimentar fluvial, Foto 4;

Terraço Fluvial (Gaia) Esquema

Foto 4 – Depósito fluvial com detalhe da forte imbricação dos clastos num único sentido.  Sobre este nível fluvial encontra-se um depósito com evidências de periglaciarismo (fenómeno caracterizado pela alternância periódica de gelo e degelo da água).

c) Nível pelítico com clastos verticalizadosfoto 5, formado em meio palustre/lagunar com evidências de periglaciarismo. Na parte superior da sequência encontram-se clastos com o eixo maior verticalizado, distribuindo-se numa textura matriz-suportada constituída, predominantemente, por silte e argila, sugerindo “sorted polygons” mal definidos, denunciando fenómenos de periglaciarismo.

DSC_7416

Foto 5 – Nível pelítico com clastos verticalizados com evidências de periglaciarismo.

Assim, em relação com um fenómeno regressivo durante o Ioniano (andar do Plistocénico), os meios sedimentares migraram de Este para Oeste, desde um ambiente intertidal na base, passando para topo a ambientes fluviais encimados por depósitos lagunares e/ou palustres afetados por periglaciarismo. O conteúdo polínico destas camadas corrobora a sua origem não marinha. Os dados obtidos sugerem o início da regressão marinha e corroboram a estabilidade da costa desde o Plistocénico médio até à atualidade tal como sugere o registo sedimentar, uma vez que já foi documentado a existência de diferentes níveis da mesma idade e localizados à mesma cota acima do nível do mar ao longo da costa entre Luso-Galaica

 

Aqui podes consultar METEOROLOGIA E TABELA DE MARÉS. Diverte-te.

 

Additional Hints (Decrypt)

Ghqb b dhr cerpvfnf fnore, ndhv... uggcf://jjj.lbhghor.pbz/jngpu?erybnq=9&i=fNnOaqE8w7L

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)