Agora um pouco mais “desabitado” do que o normal. Neste campo passaram nomes como Bruno Fernandes, atual internacional por Portugal e jogador pertencente aos quadros do Manchester United, André Geraldes, jogador que pertence ao Sporting estando agora (2019/2020) emprestado ao Maccabi Tel Aviv de Israel.
No seu auge, um jogo de 5x5 não dava, era pouco para a multidão que se encontrava debruçada sobre os limites do campo, à espera que aquele jogo que estava 0-0 rapidamente chegasse aos 2-0 ou 2-1 para então a equipa perdedora sair do campo dando lugar a uma das mais de seis equipas que esperavam vez. Era o chamado “Bota Fora”. Apareciam crianças e jovens de todas as zonas da freguesia, uns mais longe, outros ao pé de casa, outros conhecidos da escola, e outros apenas de passagem. Era dentro daquele campo que os mais novos tinham oportunidade de mostrar aos mais velhos que a idade não interessava, era naquele campo que meia centena de jovens e mesmo adultos passavam uma tarde inteira de sábado ou domingo sempre prontos para fazer o que mais gostavam de fazer.
Mesmo nos dias mais frios e a chover, havia sempre mais que duas equipas prontas a jogar e a fazer o “Bota Fora”. Era caso para dizer que “valia tudo” por uma partida. Ainda havia espaço para uma dúzia de jovens a jogar do lado de foram do campo basquetebol com o cesto que se encontra da parte de fora. n-76
Aquele era o ponto de encontro de muitos jovens, adultos, amantes do desporto. Foi ali que nasceram boas e bonitas carreiras de futebol (mesmo não chegando a profissional, uma carreira pode ter percursos muito bonitos), era ali que muitos olheiros amadores pescavam pequenos craques e as chamadas “possíveis futuras promessas”.
Ao longo dos tempos foi-se decompondo, umas tábuas partidas ali, outras acolá mas não era por isso que deixava de ter adesão, muito pelo contrário. w+12
Quando o sol começava a baixar e a luz a deixar de ser suficiente significava que já era bastante tarde, já não havia tantas equipas, as pessoas procuravam as suas mochilas, camisolas e acessórios e iam embora – era o momento mais triste do dia. A luz do dia dava lugar ao sossego da noite, à escuridão que pairava naquele campo que mesmo assim, tinha sempre gente a conviver, já não era possível ver para chutar uma bola, mas era possível ouvir as conversas dos amigos, as gargalhadas que se faziam ouvir até bem tarde. Um lugar mágico que quase certamente nunca mais voltará a ser o mesmo.
Mais para o fim deste “normal” funcionamento, as pessoas começavam a aderir menos e os jovens com mais “responsabilidade” criavam e divulgavam torneios para que a adesão voltasse a ser a mesma mas sem sucesso. O sintético de Gueifães entrou em obras para remodelação do tapete e quando voltou nunca mais teve a mesma adesão que tinha. Fica a esperança de que um dia mais tarde, volte a ser o que em tempos já foi.
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Dedico esta cache a todos aqueles que partilharam este campo comigo. Adversários, amigos, conhecidos ou desconhecidos, as memórias deste campo ficarão para sempre assim como as manhãs e tardes aqui passadas fosse a jogar, fosse a apanhar sol enquanto esperava a minha vez. Obrigado!
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Sobre a cache:
- Se forem à noite levem uma lanterna (a do telemóvel chega);
- Sejam discretos;
- É pequena e contém inicialmente alguns brindes pequeninos, logbook, e lápis.
