A Aldeia de S. Pedro de Vale do Conde, foi terra da Comenda de Malta, por isso com privilégios de Vigararia. Em 1950 tinha 605 habitantes, e por volta de 1960 havia ali um ferrador, 6 lavradores/agricultores destacados, 2 mercearias e 1 professora. Só que em 1991 só tinha 257 residentes na freguesia. No censo de 2001 eram 203 pessoas, sendo 92 homens e 111 mulheres.
É agricultura quase a única actividade local, usando muares, carroças e utensílios tradicionais. Têm um apicultor, um viveirista de oliveiras, um pastor de ovelhas, 6 fornos de cozer o pão mas todos particulares. Para se chegar lá, tem que se deixar a estrada que vai para Vale Verde e Vilarinho das Azenhas, e andar 1,5 km. São cerca de 16 quilómetros até Mirandela, numa volta que passa por S. Pedro de Vale do Conde e campo da aviação.
No entanto, os seus habitantes podiam chegar mais depressa a Mirandela e ficarem apenas a 6 km! Era só abrirem uma estrada em direcção ao rio Tua, por um caminho já existente, pelo Choupim, e pela Ribeira de Bronceda, Estanca Rios, e estavam na sede de Concelho. De facto, a povoação de Marmelos é uma aldeia parada no tempo, com pouco desenvolvimento e nenhumas perspectivas de melhor futuro e numa fase de desertificação preocupante.
Em contraste com a sua anexa, S. Pedro de Vale do Conde, que, dado ficar numa estrada de passagem e numa zona planáltica, mais próxima de Mirandela, não tem tido tanto abandono.
É no Largo do Terreiro, que de largo pouco tem, que se juntam os locais, principalmente no verão, para passarem o seu tempo de descanso e convívio, fora das horas de trabalho. Não há transportes públicos, nem táxi sequer.
Só em S. Pedro, ou às vezes, a carrinha de Barcel passa por lá. Havia uma azenha no rio, abaixo do Choupim, que pertencia a Marmelos. Mas, na sua área há ainda um pombal em ruínas, no cimo da povoação, uma casa rural rica feita de xisto, qual tipo convento com claustro a que um largo portão dá acesso a partir da rua. Era da família Pessanha. Era tradição, aqueles que estavam sobre a alçada da justiça, correrem até àquela casa, agarrarem se a umas argolas de ferro que tinha na parede para ficarem livres, não lhes podendo fazer mal algum. Atrás deste enorme casarão, fica a Igreja, semi escondida. É baixa e horizontal, e tem um adro cujo acesso se faz por umas escadas de cantaria, entre a Casa Paroquial abandonada e em decadência, e outras habitações também em xisto.
S. Pedro do Vale do Conde é anexa de Marmelos e ali funciona a sede de Junta de Freguesia. Fica à margem da estrada Barcel/Mirandela, e mais perto desta cidade, a cerca de 11 quilómetros. Esta aldeia tem a Capela da Sr.ª da Conceição que era da Casa dos Viscondes, o cemitério à passagem da estrada, e bonitas casas típicas. No alto da povoação está a Capela de Santa Catarina, onde costumam fazer a festa, e a do meio do povo é a Capela de S. Pedro. Tem um palacete com espaço ajardinado e anexos onde vestígios do passado, nomeadamente pertencentes ao Solar dos Pessanhas de Marmelos (como a pedra com a quadra que estabelece a ligação daquela família com Trindade Coelho) dão mesmo a impressão de se estar num Museu vivo de Casa Nobre transmontana.