Cavernas de Basalto
As cavernas vulcânicas, também conhecidas como tubos de lavas, são formadas durante a erupção dos vulcões. Após percorrer a superfície e formar os rios de lava, a exposição com o meio ambiente causa o resfriamento e solidificação da lava, resultando em uma crosta que vai se tornando cada vez mais espessa, até que a parede forme um túnel de lava. Na medida em que o fluxo de lava diminui, o túnel começa a se esvaziar, resultando nos condutos vulcânicos. As cavernas são originárias de processos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações químicas, tectônicas, biológicas e atmosféricas. Devido às condições ambientais exclusivas das cavernas, este ecossistema apresenta fauna especializada para viver em ambientes escuros e sem vegetação nativa.
Cavernas em basalto não são uma formação comum. O basalto é uma rocha ígnea (rochas formadas pelo resfriamento do magma de vulcões) que dificilmente chega a formar cavernas. São, na verdade, tubos de lava preservados. Formações como essa servem para entender o processo do derramamento de lava do "Planalto Basáltico" (ou Planalto Meridional). Não se sabe de onde veio a lava, só o caminho que percorreu. A estimativa, apesar de evidências se perderam no tempo, é de que alguns derrames têm idade superior a 130 milhões de anos.
De acordo com Tratz et al. (2016), as cavernas vulcânicas resultantes do esvaziamento de tubos de lava caracterizam o segundo tipo mais comum de cavernas na Terra, porém são raras as cavernas deste tipo no Brasil. As cavidades encontradas até o momento no país, estão quase sempre desenvolvidas em paredões rochosos compostas pelas diferentes rochas aflorantes, e as grutas e abrigos se caracterizam, não somente pela sua beleza singular, mas também pelo ambiente que as circundam, geralmente localizadas próximas à rios, córregos e quedas d’água e escondidas em meio à vegetação nativa.
Para logar esta Earthcache, responda às seguintes perguntas:
1. Como são formadas as cavernas ou grutas vulcânicas?
2. A partir do ponto de entrada à caverna, ela está em aclive ou declive?
3. Há gotejamento. Como você identifica a origem dele?
4. Estime o comprimento (em metros) da caverna em sua entrada ("E" no mapa).
5. Tire uma foto sua ou de algo que te identifique no local e publique no log.
Referências:
TRATZ, E. ; SILVA, W.B. ; WAICHEL, B.L. ; CASTRO, R.A. Tubos de lava da região central do Paraná: configuração geológica e geomorfológica. Simpósio Nacional de Geomorfologia. Anais...Maringá, 2016. Disponível em: http://www.sinageo.org.br/2016/trabalhos/1/1-398-1737.html TEIXEIRA, W. Projeto RADAM-BRASIL: Folhas SH.22/Porto Alegre, SI.22/Lagoa Mirim e SH.21/Uruguaiana. Interpretação de dados radiométricos e evolução geocronológica. Florianópolis: DNPM, 1982.