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Cavidades Subterrâneas EarthCache

Hidden : 6/9/2019
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:



Cavidades Subterraneas




O que é uma gruta?

Uma gruta é uma cavidade subterrânea de origem natural com dimensões suficientes para uma pessoa lá entrar e pode ter as mais variadas dimensões, desde métricas a quilométricas.

As grutas desenvolvem-se quer vertical quer horizontalmente e podem ser simples ou bastante complexas. Quanto mais complexa for a gruta, maior é a quantidade de salas, galerias, túneis e condutas, todos interligados e em qualquer direcção no espaço. (Por vezes as galerias têm orientações bem definidas, quando a dissolução se dá preferencialmente ao longo de planos de fractura).Representação esquemática de uma gruta em rocha calcária representada em corte. Vê-se os vários tipos de galerias (inundadas, activas e fósseis), bem como, alguns espeleotemas. À superfície estão representadas as zonas de entrada de água para o sistema cársico (dois algares, neste caso) e as cristas cársicas, formas de relevo típicas da paisagem cársica.

As grutas formam-se em todos os tipos de rocha, embora com processos de génese diferentes. Ocorrem mais frequentemente em rochas calcárias e é porventura nestas rochas, que se formam as mais belas grutas, na medida em que exibem cores e formas muito mais variadas que em quaisquer outras. Normalmente, as grutas em rochas carbonatadas são as que apresentam maior complexidade.

As grutas podem ser classificadas em primárias e secundárias. As primárias são aquelas que se formam contemporaneamente à rocha e as secundárias, após a sua formação.

Assim, os exemplos de grutas primárias são:

a) Em rochas basálticas - os túneis de lava são cavidades que resultam do escoamento da lava expelida numa erupção vulcânica: a lava que escoa pelas encostas do vulcão tende a consolidar devido ao arrefecimento rápido da sua superfície externa, permanecendo canais no seu interior, por onde a lava continua a escorrer. Quando se dá o fim da actividade vulcânica, esses canais ficam frequentemente ocos, formando-se assim, os túneis.

b) Em recifes de coral - à medida que os recifes de coral se vão formando, podem gerar-se espaços com dimensões suficientes para constituir grutas.

As grutas secundárias resultam de processos de alteração química e mecânica nas rochas. Esses processos ocorrem simultaneamente e dependem sempre da acção da água e da gravidade.

A acção química da água nas rochas resulta num importante processo de alteração. Como consequência, alguns minerais vão ser alterados na sua composição, dando origem a outros. Estas alterações mineralógicas em simultâneo com a acção mecânica da água que passa através das fracturas, falhas, diáclases e porosidade das rochas, vão ajudar a alargar os espaços que já existam e, consequentemente, a aumentar o grau de conectividade entre essas superfícies, gerando espaços cada vez maiores.

 

 

Grutas em calcário

 

 

A génese das grutas calcárias baseia-se na acção química da água acidificada, ao longo do seu percurso pela rocha. Para que a acção química seja mais eficiente, é importante que existam superfícies de escoamento de modo a facilitar a entrada da água e, por conseguinte, aumentar a superfície de contacto entre a água e a rocha.

Essas superfícies são as falhas, fracturas, diaclases e a própria superfície de estratificação.

Grosso modo, pode dizer-se que a acção química da água ácida vai ter como resultado a dissolução da rocha, principalmente ao longo destes planos de escoamento, alargando-os e criando espaços no seio da rocha.

A acção da água:

A água da chuva vai ficando acidificada ao atravessar a atmosfera, enriquecendo em dióxido de carbono, pelo seguinte processo:

H2O + CO2 <------------> H2CO3

(água + dióxido de carbono = ácido carbónico)

Ao atravessar o solo a água vai reagir com os componentes húmicos (ácidos húmicos) que derivam da decomposição da matéria orgânica vegetal, ficando ainda mais ácida. A partir do ponto em que a água começa o seu percurso para o interior da rocha até entrar na rede de fracturação, propriamente dita, começam a ocorrer as reacções de alteração com a rocha carbonatada:

CaCO3 + H2O + CO2 <-------------> Ca(HCO3)2

(calcite + água + dióxido de carbono = bicarbonato de cálcio)

 

 

Nas rochas calcárias é frequente encontrar-se nas zonas deprimidas, em corredores, ou simples covas, um material argiloso denominado terra rossa. Este é um material residual que constitui as "impurezas" contidas no calcário que, após a sua dissolução se acumula nos espaços vazios e na rede de fracturação. A terra rossa é constituída por argilas, areias e minerais de óxido de ferro e tem uma cor avermelhada escura.

 

À medida que os espaços se vão abrindo cada vez mais, vão surgindo galerias conectadas ou não, que podem atingir alguns quilómetros de comprimento.

As grutas desenvolvem-se em todas as direcções do espaço, sendo que, a maioria das galerias se desenvolve na horizontal ou perto dela e, a ligá-las, surgem muitas vezes os poços, que são condutas verticais mais ou menos arredondadas e que podem atingir centenas de metros de desnível. A ligar galerias e poços surgem também, muito frequentemente, os túneis, que são também condutas, mas de dimensões mais reduzidas e muitas vezes, podem ser bastante inclinados.

Toda esta rede de galerias, salas, poços e túneis pode estar, ou não, permanentemente alagada. Tendo em conta a presença ou não de água numa gruta, as galerias são classificadas como:

galerias fósseis, se não têm circulação de água;

galerias semi-activas, se a água circula temporariamente;

galerias activas, se tiverem água a circular permanentemente.

Ao longo da vida de uma gruta vão ocorrendo fenómenos que lhe vão alterando a forma e as dimensões, ou seja, para além dos processos de dissolução da rocha e que continuam a fazer aumentar os espaços, geram-se grandes vazios na rocha que lhe vão causar instabilidade. Assim, ocorrem desmoronamentos e abatimentos dentro da gruta. Sucessivamente, estes acontecimentos vão deixando no chão um depósito detrítico, e, têm também a particularidade de fazer a gruta "crescer" de baixo para cima, uma vez que a profundidade dos tectos começa a ser menor, tal como a do chão que, a cada abatimento que ocorra, passa a ser constituído pelos blocos caídos.

 

Topografia de uma gruta, neste caso, da Lapa do Fumo (planta, cortes e alçados).

 

 

Grutas em granito

 

A génese das grutas graníticas e afins, tem início num processo de alteração química que promove o alargamento dos espaços entre fracturas. Este alargamento deve-se, quer à acção química da água (hidrólise) nos minerais feldspatados (feldspatos), que os vai transformando em minerais de argila facilmente removíveis, quer à acção mecânica exercida pela água e detritos ao longo das fracturas.

A reacção química que traduz a hidrólise dos feldspatos é a seguinte:

2KALSi3O8 + H2CO3 + H2O <-------------> K2CO3 + Al2Si2O5(OH)4 + 4SiO2

(feldspato potássico + ácido carbónico + água = carbonato de potássio + caulinite (mineral de argila) + sílica)

A alteração mineralógica destas rochas vai facilitar a abertura de espaços ajudando, muitas vezes, ao surgimento de grutas. No entanto, apesar da ocorrência destes fenómenos, a maioria das grutas graníticas tem origem no desmoronamento dos blocos (caos de blocos) que ao cair se amontoam de uma forma que pode conter espaços abertos no seu interior.

 

 

Grutas em basalto

 

 

As grutas basálticas consistem na sua maioria em túneis de lava. Resultam da consolidação de canais de escorrência da lava na sua parte externa, permanecendo o interior oco, por ter terminado a actividade vulcânica. Os canais podem ter dimensões variáveis, quer em altura quer em comprimento e podem ser simples, com uma só conduta, ou ser ramificados. Nestas cavidades podem observar-se algumas formas estalactíticas resultantes do "gotejar" de lava no interior do tecto do canal. É também frequente encontrar lava encordoada ao longo do chão do túnel.

Além dos túneis de lava existem também algares. Os algares resultam de antigas chaminés vulcânicas cuja actividade cessou, normalmente por ter surgido outra conduta de saída de lava numa posição inferior.

 

 

Grutas em glaciares

 

 

Estas grutas formadas no interior dos glaciares resultam de canais de passagem de água líquida no seu interior. São grutas instáveis e têm um tempo de vida relativamente curto. Estão em constante mudança, na medida em que a água líquida está constantemente a passar a gelo e vice-versa, alterando as formas da cavidade a cada mudança.

 

 

Grutas em coral

 

 

As grutas em coral formam-se a partir de espaços que permanecem durante o crescimento dos edifícios de coral. Normalmente estas cavidades não têm grandes dimensões.

 

 

Grutas marinhas

 

 

As grutas marinhas formam-se nas zonas de arriba e resultam da acção de erosão das ondas (abrasão marinha), que abre cavidades na rocha.

Geralmente, as grutas marinhas desenvolvem-se em rochas sedimentares estratificadas, onde ocorre alternância de camadas mais resistentes e outras menos resistentes à erosão.

A acção erosiva/abrasiva do mar vai desgastar preferencialmente as camadas sedimentares mais brandas (menos resistentes à erosão), criando assim espaços que podem ter as mais variadas dimensões, ou seja, as grutas marinhas.

 

 

Localização de cavidades (calcárias) em Portugal continental

 

As grutas calcárias mais importantes desenvolvem-se nos principais maciços calcários do país, ou seja, na Orla algarvia a sul, no Maciço Calcário Estremenho e na região de Condeixa, Alvaiázere e Sicó, mais a norte. No entanto, a zona da serra da Arrábida, S. Martinho do Porto, Lisboa e muitas outras áreas onde ocorrem rochas carbonatadas, podem albergar grutas.

 

 

A Cache

Para poder logar esta cache deve responder às seguintes perguntas enviando as mesmas para o meu e-mail.

1ª Esta gruta é formada com que tipo de rocha?

2º Com base da resposta anterior, como classificas esta gruta. Primária ou Secundária?

3º Tendo em conta a presença, ou não, de água na galeria, como classificas o tipo da mesma?

4º Calcula a área da galeria (galeria de entrada).

5º Com uma observação mais atenta, descobre quantas passagens (saídas) existe no interior da galeria de entrada. (excetuado a saída para o exterior), indicado a localização das mesmas. (Parede, tecto ou chão).

6º Quantos niveis encontras nesta gruta?



Aconselho o uso de roupa e calçado confortávél.

As lanternas incorporadas nos telemóveis não dão luminosidade suficiente para observar certos pormenores no interior da gruta. Aconselho o uso de uma lanterna com boa luminosidade.

 Qualquer imagem total ou parcial que revele alguma resposta será automaticamente apagada sem aviso prévio.

Logs feitos sem enviar as respostas das perguntas para o proprietário, serão excluídos.






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