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👻👻 SANTA QUITÉRIA 👻👻 Virtual Cache

Hidden : 6/4/2019
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   virtual (virtual)

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Geocache Description:



Virtual Rewards 2.0 - 2019/2020


Esta Cache Virtual faz parte de uma versão limitada de Caches Virtuais criada entre 04 de Junho de 2019 e 04 de Junho de 2020.
Apenas 4,000 proprietários de cache tiveram a oportunidade de "esconder" uma Cache Virtual.
Saiba mais sobre Virtual Rewards em
Geocaching Blog.


SANTA QUITERIA

Foi a 22 de Maio do ano 135 que, segundo a tradição, foi degolada pelo seu noivo aquela que se tornava deste modo na primeira mártir no território hoje correspondente a Portugal. Irmã de outras oito gémeas, Santa Quitéria foi morta no Monte Pombeiro ou das Maravilhas – hoje rebatizado com o seu nome – junto a Felgueiras. Um santuário existente no local evoca estes dramáticos acontecimentos, que culminaram com o seu primeiro milagre: o de haver caminhado para a sepultura pelo seu próprio pé, segurando a cabeça degolada entre as mãos!


Santuário de Santa Quitéria, em Felgueiras

Contudo, e embora a festa de Santa Quitéria se celebre a 22 de Maio, ou – como hoje – no domingo seguinte quando o calendário não coincide com aquele dia da semana, a data por excelência de devoção à santa é em Felgueiras o dia de… S. Pedro. A explicação para tal facto e a lendária história de Santa Quitéria é o que encontrará nesta “Viagem no Tempo”.

Nove irmãs gémeas. Nem menos. Os seus nomes cristãos foram-lhes dados por um dos primeiros bispos de Braga, Santo Ovídio, que as batizou por Quitéria, Genebra, Vitória, Marinha, Marciana, Germana, Basília, Liberata e Eufémia.


Imagens evocativas das nove irmãs de Santa Quitéria, presentes no altar lateral direito do Santuário de Santa Quitéria em Felgueiras.

Um batizado atribulado e clandestino. Porque o destino destas crianças à nascença deveria ter sido outro: mortas por afogamento. Passemos, com base na lenda e tradição, a explicar:

Corria em Braga o ano 120 quando o governador romano, o pagão Lúcio Atílio Severo, se ausentou da cidade para acompanhar o imperador Adriano numa das suas viagens. É durante a sua ausência que a esposa dá à luz nove gémeas. Por vergonha de tal aberrante e estranho facto, ou então porque o nove era considerado um número agoirento, a mãe ordena à sua criada Cita que, protegida pela noite, leve as crianças e as afogue no rio Este, nas proximidades de Braga.

Acontece porém que Cita era cristã e não conseguiu cumprir cabalmente as ordens recebidas. Levou as crianças mas não as matou, entregando-as aos cuidados do arcebispo Santo Ovídio que, durante os anos seguintes, cuidou da sua proteção, alimentação e educação. Conhecedoras, desde cedo, da sua história e de como haviam sido salvas graças aos sentimentos e às atitudes cristãs, as nove irmãs decidem, com dez anos de idade, viver juntas e dedicar a sua vida ao cristianismo. Criaram, deste modo, e com a autorização de Santo Ovídio, como que um pequeno convento.

Decorria e incentivara-se, entretanto, a perseguição aos cristãos por parte das autoridades romanas. E assim não demorou muito tempo que, denunciadas como cristãs, fossem algemadas e conduzidas até à presença do governador Atílio Severo… seu pai. Desconhecedor de toda a história das filhas o romano é surpreendido pela revelação que estas então lhe fazem. E num rápido interrogatório à esposa e à criada confirma a veracidade do que as jovens lhe afirmavam.

O governador Severo fica, no entanto, contente com a descoberta, prometendo às filhas todas as felicidades e futuros casamentos com belos jovens, ricos e nobres. Teriam, no entanto, que renunciar à sua clandestina religião e abraçar o culto aos ídolos e deuses do Império Romano. Se recusassem o governador justificaria o seu nome e, severamente, teria que as punir, com a morte se necessário. Quitéria e as irmãs pedem, então, para ficarem sós durante algum tempo para em conjunto decidirem qual a sua opção. Mas a decisão, todas elas o sabiam, estava há muito tomada. Assim, e pela última vez, despedem-se umas das outras e fogem precipitadamente do palácio do pai.

A perseguição que o governador enceta às filhas resultará apenas na prisão de Quitéria. Conduzida de novo à presença do progenitor, a jovem é informada de que dispõe de mais alguns dias para desistir da sua religião. Esgotado esse tempo o pai comunica-lhe que a havia prometido em casamento a Germano, um jovem pagão, rico e nobre. Procurando ganhar mais algum tempo Quitéria pede então mais alguns dias de reflexão, oportunidade que lhe é concedida e aproveitada para, na companhia de 38 donzelas cristãs, fugir e se refugiar no Monte Pombeiro, perto da atual cidade de Felgueiras, no topo do qual existiria uma capela dedicada a S. Pedro.

Não conseguiu, no entanto, aí permanecer em segredo durante muito tempo. Descoberta pelas autoridades romanas, recebe vários emissários de seu pai intimando-a a aceitar o seu noivo Germano. A resposta e opção são, contudo, inabaláveis: recusa as ordens do pai afirmando-se esposa mística de Cristo. Assim, e perante tais recusas e atitudes Severo acaba por ordenar a Germano que cerque o local e execute os cristãos, incluindo Quitéria, tarefa de que se encarrega o próprio noivo ao decepar-lhe a cabeça no amanhecer do dia 22 de Maio do ano 135. Tinha a mártir 15 anos. Desses momentos trágicos, segundo a lenda, resultou a imediata cegueira dos criminosos e o facto milagroso da santa ter avançado para a sepultura pelos seus próprios pés e segurando a cabeça que lhe havia sido cortada.

Não foi muito diferente, segundo a tradição, o destino das suas irmãs, também elas consideradas santas. Com efeito todas elas acabariam, igualmente, por morrer martirizadas. Um ano depois de Quitéria seria a vez de Genebra ser morta em Tuy, em Espanha. Não muito longe daí, em Orense, também Marinha seria degolada, aos 18 anos. A mesma idade com que foi morta, em Córdova, Vitória. Relativamente a Liberata e Germana desconhece-se a data e locais onde terão padecido o seu martírio. Já de Eufémia conta a lenda que, também ela, foi degolada na Serra do Gerês onde é, de resto, a padroeira da capela das termas aí existente. Basília terá sido martirizada perto do Porto, em Águas Santas. Quanto a Marciana, parece ter sido a que mais tempo sobreviveu, tendo sido morta aos 35 anos de idade em Toledo.

Ainda segundo a tradição a “história” de Santa Quitéria e a sua associação ao monte sobranceiro a Felgueiras quase desapareceu com o decorrer dos séculos, mantendo-se, no entanto, no cume da elevação uma velha e pequena capela dedicada a S. Pedro. Contudo, em 1715 uma mulher de Braga, condenada à morte por um cancro no peito, desloca-se ao monte solicitando o auxílio da santa. Poucos dias depois a devota estava completamente curada. Estava, deste modo, (re)lançada uma fortíssima devoção e veneração a santa Quitéria que resultou, logo no ano seguinte, na colocação de uma sua imagem na velha capela de S. Pedro e, em 1719, no início da construção no local de um novo e mais grandioso templo capaz de receber o número crescente de romeiros. Apenas em 1734 se daria por concluída tal construção.


Imagem de Santa Quitéria no altar lateral direito do Santuário

Entretanto, e paulatinamente, a festa originária e mais antiga que se celebrava no monte – a dedicada a S. Pedro, padroeiro da velha capela aí existente – passava a ser confundida com a de Santa Quitéria. Enfim…. a atribulada vida dos santos!

Virtual Rewards 2.0 - 2019/2020

This Virtual Cache is part of a limited release of Virtuals created between June 4, 2019 and June 4, 2020. Only 4,000 cache owners were given the opportunity to hide a Virtual Cache. Learn more about Virtual Rewards 2.0 on the Geocaching Blog.

Para registar este Virtual Cache:

Dirige te ás coordenadas e veras que no chao ha 4 datas escritas,
pois para registar mandar me por mail as 4 datas.
Tirar uma foto frente ao Santuario (sem revelar as respostas)
com o nick da equipa, seja escrito, pintado, tatuado.......
como a vossa imaginaçao vos permitir e juntarla ao vosso registo.


Additional Hints (No hints available.)