Esta Geocache pretende dar a conhecer as Sepulturas Antropomórficas e a Capela de Santo Adrião situadas a cerca de 2km do centro de Montalegre, de onde também pode observar um bela paisagem. O acesso ao local é feito por um estradão de terra batida, sendo que na altura da colocação da cache com algum cuidado era possível aceder com qualquer veiculo.
No recinto da capela de Santo Adrião conservam-se três sarcófagos antropomórficos em granito e uma sepultura também antropomórfica escavada na rocha, os primeiros encostados ao muro que cerra o adro no lado ocidental, deslocados do seu contexto original, e a segunda nas traseiras da capela, orientada no sentido E-O, com cabeça para poente, de acordo com os cânones cristãos, aberta num estreiro e alongado afloramento xistoso, com rebordo elevado que faceia o afloramento adquirindo quase a forma de sarcófago . São tipologicamente datáveis dos séculos X-XIII. Nos terrenos a Norte encontram-se fragmentos de tegulae (telha de tradição romana) e de cerâmica comum. Nos muros que dividem as propriedades abundam pedras afeiçoadas reaproveitadas de construções. Embora não se conheça qualquer referência documental pode propor-se, com base nestes indícios, a existência de um povoado nas proximidades, ao qual deveriam associar-se as sepulturas descritas, e que poderão ser apenas parte de uma necrópole.
Nesta perspectiva poderá aceitar-se que a capela de Santo Adrião remonte aos séculos centrais da Idade Média, servindo nessa época um povoado medieval semelhante ao que aparece referido nas Inquirições de 1258 como heremita Sancti Fructuosi de Barrosino, do qual apenas resta a capela de S. Frutuoso, hoje isolada ao centro da ampla veiga de Montalegre. O monumento apresenta-se razoavelmente conservado. Na parede Sul, fazendo cunhal com a fachada, encontra-se uma estela funerária de tipologia romana, com uma figura humana insculturada na metade superior. Cremos tratar-se da estela que a bibliografia referencia como tendo sido encontrada na Ribeira dos Remos ou dos Mouros, na freguesia de Parozelos.
Fonte: geira.pt