Igreja renascentista e barroca a apresentar um alpendre sustentado por arcaria de volta plena a rodear a nave.
O interior tem uma só nave, um coro-alto com balaustrada, um púlpito quadrangular e vestígios de frescos com a figura de um frade. Destaque para os altares laterais em talha dourada e para o arco triunfal, decorado com pintura policroma.
Tendo os mouros se assenhorado da cidade de Caliabria no ano de 716, o seu bispo, Apolinário, não queria renegar as suas doutrinas que eram as do cristianismo.
Segundo diz a lenda e nesse mesmo ano, os mouros amarraram-no a dois touros bravos, que o levaram arrastado desde a cidade até ao lugar onde se encontra a sua capela, atravessando o rio Douro, na parte da Beira Baixa para Trás-os-Montes. Não se sabe ao certo, se chegado ali ou à cidade de Ravêna (”’), que se localizava mais no alto, foi cruelmente martirizado.
Os cristãos que tinham por ele uma profunda fé e respeito, mandaram erigir um lindo túmulo, lá depositando o corpo do seu santo, que ainda hoje se venera dentro da sua capela. No túmulo estão representados, em relevo, os dois touros que o arrastaram e os mouros que o acompanharam.