|
O Ramal das Pirites Alentejanas é um pequeno ramal construído pela SOMAFEL em redor da parte norte da vila de Aljustrel com o seu início junto da estação de Aljustrel e com o final perto da área do concentrador das minas. Os 4500 metros de comprimento custaram 471 mil euros à data da construção e nele chegaram a ser instaladas passagens de nível automatizadas das quais já quase não existem vestígios, restando apenas as casas onde estava instalado o equipamento. Foi acabado de construir em 1991 com o objectivo de facilitar o escoamento do minério por via ferroviária, mas o fecho das minas em 1993, levou a que o mesmo fosse abandonado acabando por nunca ter grande utilização.
Com a não utilização do ramal ferroviário, uma parte acabou por ser soterrado de modo a que o canal pudesse ser utilizado pelos camiões após a reabertura das minas. Nos dias de hoje nas passagens de nível os carris estão sob o alcatrão, e não é possível percorrer o ramal na sua totalidade já que parte dele está dentro do perímetro industrial da mina. No entanto existem alguns quilómetros que podem ser visitados, embora não haja nada de muito interessante para se ver, e o que há é quase tudo visitável com poucas centenas de metros de caminhada.
O ramal das Pirites sai da estação de Aljustrel bastante perto da rotunda da Estrada Nacional Nº 2 onde está colocada a locomotiva a vapor, e segue em direcção à direita onde passa pela Rua da Estalagem (Estrada Nacional Nº261) sendo que depois começa a curvar para a esquerda passando junto do estádio municipal passa numa antiga passagem de nível pela Estrada Nacional Nº383.
Daqui dá para acompanhar o ramal nalgumas centenas de metros pela Estrada de Aljustrel, a qual tem uma passagem de nível que permite a passagem para o outro lado do ramal. A melhor maneira de chegar até ao fim actual do ramal, é pela Rua de Santa Bárbara que tem uma passagem inferior sobre a via férrea e a partir daí pode se ir a pé. O ramal aqui deixa de ser acessível e volta a curvar à direita em direcção da área do concentrador. Para poder observar o canal ferroviário que se encontra transformado num caminho de terra batida de serviço mineiro é ir até à passagem superior colocada na Estrada Nacional Nº261.
Fonte: revista TrainSpotter, edição 73, Setembro de 2016
|