Nas ultimas décadas do séc. XX verificou-se a chegada de muitos navegadores de recreio, na sua maioria estrangeiros, à Ria Formosa, fundeando em frente ao núcleo da Culatra, na Ilha do mesmo nome, ou no “recovo” próximo aproveitando a proteção dada por esta baía natural.
Alguns ficaram pouco tempo e foram embora, outros iam e vinham por largos meses tal aves migratórias e alguns – cerca de uma centena, fixaram-se na Ilha fundeando as suas embarcações, como habitação, no “recovo”.
Em 2016, numa ação faseada e coordenada pela Autoridade Marítima foram retiradas todas as embarcações fundeadas por constituírem um perigo para a manutenção da vida selvagem naquele espaço protegido, de forma a manter o equilíbrio do ecossistema.
Nessa quase centena de embarcações fundeadas destaca-se uma, única que ainda se mantem, onde o seu proprietário construiu sobre ela a sua habitação e decorou-a de uma forma muito criativa, bem visível do lado do recovo e já um pouco escondida pelas sebes que, entretanto, foram crescendo no lado onde esta cache vos leva.
Recomenda-se que a aprecie do lado do “recovo”.
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