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PNA - Serra do Louro Traditional Geocache

Hidden : 6/17/2018
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


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Parque Natural da Arrábida

Assente na cadeia montanhosa da Arrábida e área marítima adjacente, o Parque Natural da Arrábida (PNArr), ocupa uma superfície de aproximadamente 17 mil ha, dos quais mais de 5 mil são de superfície marinha, abrangendo território pertencente aos concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal.

Classificação

As características particulares do maciço Arrábico, levaram a que, desde os anos 40, se tivessem iniciado algumas tentativas para a sua proteção, culminando com a criação da Reserva da Arrábida pelo Decreto nº 355/71, de 16 de agosto, abrangendo pouco mais do que a vertente sul da referida serra e das escarpas do Risco.

Com a publicação do Decreto-Lei nº 622/76, de 28 de julho, que "reconhecendo a insuficiente proteção conferida pelas medidas preventivas decretadas para a zona..." é criado o Parque Natural da Arrábida (PNArr).

Esta classificação visou proteger os valores geológicos, florísticos, faunísticos e paisagísticos locais, bem como testemunhos materiais de ordem cultural e histórica.

A publicação do Decreto Regulamentar nº 23/98, de 14 de outubro, efetuou a reclassificação do Parque Natural da Arrábida, ampliando a sua delimitação com a criação de uma área marinha Arrábida-Espichel, completando no meio marinho os objetivos de conservação da natureza subjacentes ao Parque.

O valor da fauna e flora marinhas da costa da Arrábida foi assim abrangido por um Parque Marinho contíguo à área terrestre anteriormente classificada. Na zona do cabo Espichel a proteção visa as arribas marinhas, espécies vegetais endémicas, a nidificação de aves e a preservação de icnofósseis. 

Caracterização

O Parque Natural da Arrábida deve o seu nome à principal unidade geomorfológica de toda a área, a designada cordilheira da Arrábida, constituída por 3 eixos:

  • o 1º composto por pequenas elevações nos arredores de Sesimbra, pelas serras do Risco e da Arrábida e pelas colinas existentes entre o Outão e Setúbal;
  • o 2º é formado pelas Serras de S. Luís e dos Gaiteiros; e
  • o 3º formado pelas Serras do Louro e de São Francisco.

A orientação da cordilheira é ENE-OSO (orientação alpina) apresentando um comprimento de cerca de 35 km e uma largura média de 6 km. A altitude máxima é de 501 m no anticlinal do Formosinho.

A norte da cordilheira estende-se uma vasta área de planície que apresenta a sua maior largura junto ao limite oeste do Parque, estreitando-se, progressivamente, à medida que se caminha para este. O litoral é bastante rochoso, recortado por pequenas baías com praias de areia branca encimadas por escarpas.

A cadeia montanhosa da Arrábida, e a área de planície que a circunscreve, tem uma grande diversidade de solos, devido à multivariada constituição dos materiais rochosos que constituem a rocha mãe. A grande maioria dos solos é de origem sedimentar aparecendo, no entanto, algumas intrusões eruptivas. Todo o modelado hoje visível na Arrábida depende não só de aspetos ligados à tectónica e à erosão mas também daqueles que se prendem com a geologia da área constituída em grande parte por rochas calcárias e dolomíticas ou detríticas.

O litoral é bastante rochoso, recortado por pequenas baías com praias de areia branca e geralmente encimadas por escarpas que apresentam alturas consideráveis.

Como é característica das regiões cuja geologia é predominantemente constituída por calcário, a hidrografia apresenta aspetos específicos desse tipo de constituição, tais como a não perenidade e exiguidade dos cursos de água.

A vegetação da Arrábida possui um elevado valor natural, verificando-se neste território a convergência de três elementos florísticos:

  • o euro-atlântico, mais fresco, húmido e sombrio nas vertentes a norte;
  • o mediterrânico, mais quente, seco e luminoso nas vertentes expostas a sul; e
  • o macaronésio nas arribas marcadamente marítimas.

As comunidades de vegetação incluem ainda espécies com origem paleomediterrânica e/ou paleotropical.

Também nos ambientes marinhos existe uma convergência de elementos faunísticos de diferentes afinidades, nomeadamente temperado frio do norte da Europa, temperado quente do Mediterrânio e Norte de África, e tropical. Esta composição ictiológica mista, em conjugação com o caráter de charneira do ponto de vista biogeográfico, confere ao mar da Arrábida um papel preponderante na compreensão dos fenómenos de evolução das comunidades marinhas. 

Paisagem

A cordilheira da Arrábida é um dos espaços naturais de influência mediterrânica mais belos e significativos. Ao longo das suas montanhas ou através das sombras dos seus vales e picos, o horizonte apresenta-se como uma das mais belas paisagens, onde a serra se constitui como barreira orográfica entre o litoral e o interior, possuindo também vegetação exuberante, de cariz mediterrânico.

As arribas litorais são de uma beleza ímpar, por serem uma transição abrupta entre o meio marinho e terrestre apresentando escarpas com importantes particularidades geomórficas, sendo o Risco a escarpa litoral calcária mais elevada da Europa.

As encostas da serra do Louro dão um enquadramento contínuo do Vale de Barris através de uma crista. A serra de S. Luís / Gaiteiros tem uma posição central entre o vale de Barris e de Alcube.

A Chã da Freira proporciona uma vista sobre uma extensa área, cujo coberto vegetal adquire uma variação de tons singular, consoante as estações do ano, em contraste com o verde constante da vegetação que a rodeia. A Comenda possui uma cobertura vegetal de porte arbóreo que se destaca da envolvente.

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Flora

O elevado interesse botânico da serra da Arrábida reside na composição da sua vegetação, onde se verifica a convergência de três elementos florísticos:

  • o euro-atlântico, dominante nas exposições do quadrante norte, mais fresco, húmido e sombrio;
  • o mediterrânico, dominante nas exposições do quadrante sul, mais quente, seco e luminoso; e
  • o macaronésio prevalecendo nas situações mais acentuadamente marítimas, as arribas.

A sua localização privilegiada no extremo ocidental do continente europeu, aliada às suas características climáticas e geológicas e aos fatores de natureza antrópica que exerceram a sua influência nos últimos milénios, permitiram que neste local se desenvolvessem processos naturais ímpares ao longo da história da vegetação.

Segundo Gomes Pedro (1942), a vegetação da serra da Arrábida é constituída por cinco tipos fisionómicos distintos:

  • formação rupestre;
  • charneca;
  • matagal;
  • machial; e
  • mata.

A vegetação apesar de apresentar muitas semelhanças com a de outras serras calcárias localizadas mais a norte, apresenta aspetos exclusivos como o carrascal arbóreo e o tojal.

As formas arbóreas de carrasco Quercus coccifera, que ocorrem em habitats particularmente favoráveis do ponto de vista do solo e do regime hídrico, apresentam características morfológicas relativamente estáveis e diferentes dos carrascos dos matos, o que levou alguns autores a considerar como uma subespécie, Q. coccifera L. subsp. rivasmartinezii (Capelo e Costa, 2001), mais tarde proposta como espécie (Capelo e Costa, 2005).

No que respeita ao tojal, a presença de tojo Ulex densus, endemismo dos calcários do centro oeste português, é muito frequente no planalto do Espichel, tornando a paisagem num amarelo intenso durante o mês de abril.

As regiões calcárias do país são dos locais mais ricos em orquídeas e o Parque Natural da Arrábida não é exceção, com cerca de 30 taxa da família Orchidaceae referidos para a área. Em particular, grande parte destas espécies está associada aos relvados seminaturais perenes (com dominância de Brachypodium phoenicoides), habitats herbáceos, sem ou com poucos arbustos, que ocupam extensas áreas no interior da Arrábida.

Fauna

A Arrábida é um local de grande diversidade de espécies da fauna, com cerca de 650 invertebrados identificados, nomeadamente 106 de aranhas (Classe Arachnida) 445 de escaravelho (Classe Insecta, Ordem Coleoptera), 61 borboletas (Classe Insecta, Ordem Lepidoptera), 37 de formigas (Classe insecta, Ordem Himenoptera) e 4 de tingideos (Classe Insecta, Ordem Hemiptera). De ressaltar ainda o facto de Geocharis boeiroi, o gorgulho-esmeralda-rosado Cneorhinus serranoi e o Candidula setubalensis ocorrerem exclusivamente na serra da Arrábida, este último, um caracol que se encontra na Lista Vermelha da IUCN. 

De acordo com Porto et al (2011) foram referenciados para a serra da Arrábida o seguinte número de espécies de vertebrados: 12 de anfíbios; 17 de répteis; 136 de aves; e 34 de mamíferos. 

Na avifauna salientam-se as rapinas diurnas, tais como a águia de Bonelli Hieraaetus fasciatus, a águia-de-asa-redonda ou búteo Buteo buteo, o peneireiro-comum Falco tinnunculus, todas rapinas ameaçadas que nidificam nas falésias. Estes habitats são também local para a ocorrência de um vasto conjunto de outras aves como a águia-pesqueira Pandion haliaetus, o bufo-real  Bubo bubo, o corvo-marinho-de- crista Phalacrocorax aristotelis e o pombo-das-rochas Columba livia.

Realça-se, ainda, que o cabo Espichel constitui um dos troços de uma das rotas preferenciais de migração de aves. Este local, com poucas árvores e exposto ao vento marítimo, é pouco rico em termos de aves nidificantes, mas adquire particular importância no final do verão, durante a migração.

O Parque Natural da Arrábida constitui um local privilegiado para a observação de aves e para o estudo das interações entre as aves migradoras e as plantas mediterrânicas. Estas interações são do tipo mutualista e parecem estar associadas a um processo de coevolução.

Nas falésias localizam-se ainda grutas que albergam uma importante fauna cavernícola, incluindo algumas espécies de morcegos em perigo de extinção que aqui se reproduzem e hibernam. Nomeadamente, o morcego-de-peluche Miniopterus scheibersii, o morcego-de-ferradura-mediterrânico Rhinopholus euryale, o morcego-de-ferradura-grande Rhinopholus ferrumequinum, o morcego-de-ferradura-pequeno Rhinopholus hipposideros, o morcego-de-ferradura-mourisco Rhinolophus mehelyi, o morcego-de-franja Myotis nattereri e o morcego-rato-grande Myotis myotis (Rainho, 1995).

Destaca-se ainda a presença dos seguintes mamíferos geneto ou gineta Genetta genetta, sacarrabos Herpestes ichneumon, texugo Meles meles, toirão Mustela putoris, doninha Mustela nivalis, raposa Vulpes vulpes, lebre Lepus capensis e coelho Oryctolagus cuniculus

Parque Marinho

Localizado ao longo da costa sul da Península de Setúbal, entre a serra da Arrábida e o cabo Espichel, foi criado, em 1998, um Parque Marinho com uma área de 52 km2. Recebeu a designação de "Parque Marinho Professor Luiz Saldanha" em homenagem a este biólogo que dedicou parte da sua carreira científica ao estudo daquelas costas. Fazendo parte integrante do Parque Natural da Arrábida, trata-se de uma área protegida do sistema nacional, gerido pelo ICNF, I.P.. Para além deste reconhecimento nacional, toda a sua área está também integrada na rede europeia de conservação – Rede Natura 2000.

O Parque Marinho inclui o segmento de costa rochosa entre as praias da Figueirinha e da Foz. É uma porção da costa portuguesa com características particulares, nomeadamente com fundo rochoso, de natureza muito específica já que resulta, essencialmente, da fragmentação da própria arriba, destacando-se grandemente de toda a envolvente, já que a costa portuguesa, para norte do cabo de Sines, é maioritariamente arenosa. Contribuem particularmente para as suas características mais notáveis, a presença de:

  1. em terra, um sistema de serras e terras altas que conferem à faixa marinha uma proteção muito significativa dos ventos do quadrante norte, dominantes em Portugal continental;
  2. a este o estuário do rio Sado, e
  3. no oceano, uma configuração dos fundos com grandes canhões abissais, o canhão de Setúbal a sul e o de Lisboa a oeste.

A proteção dos ventos dominantes é responsável pela reduzida ondulação predominante nesta costa, o que favorece o desenvolvimento de muitas espécies e a sua reprodução, bem como de juvenis. Este caráter único de modo calmo pode ainda ser responsável pela existência, na Arrábida, de espécies raras em Portugal, devido à agitação característica da restante costa.

É uma área com elevadíssima diversidade vegetal e animal estando registadas mais de 1400 espécies, muitas com valor económico importante. Trata-se de uma zona com elevada produção primária e que é utilizada como local de refúgio e crescimento de juvenis de muitas espécies, nomeadamente de peixes, ou seja, para além da riqueza de flora e fauna residente, a área é ainda importante na renovação de recursos que a utilizam nas fases críticas dos seus ciclos de vida, tendo um papel de nursery, muitas vezes só atribuído aos estuários.

Os estudos realizados revelam que o Parque Marinho da Arrábida apresenta, do ponto de vista da conservação, aspetos extremamente interessantes e importantes a preservar. Alguns dos aspetos mais relevantes e que justificam a sua proteção são:

  • a biodiversidade de todos os grupos ser notável, quando comparada com outras áreas protegidas marinhas que representam o mesmo tipo de habitats. Este facto está relacionado com o grau de proteção da costa e o nível de complexidade estrutural do habitat e, ainda, com o facto de ser uma zona de transição faunística onde muitas espécies apresentam o seu limite de distribuição;
  • o recrutamento para as espécies estudadas, entre as quais muitas com interesse comercial, realiza-se de um modo intenso, observando-se um grande número de juvenis de muitas espécies em baías e na zona entre marés durante a preia-mar;
  • as pradarias de ervas marinhas, destruídas na última década, têm sido alvo de programas de recuperação, destinados à reposição dos habitats anteriormente existentes e que tão grande importância apresentam, não só para muitas espécies que deles dependem diretamente como, por exemplo, os cavalos-marinhos, como ainda para os juvenis de muitas espécies com interesse comercial que aí encontram refúgio e alimento durante o período de crescimento, tais como o choco, a raia, o linguado e a santola, entre muitos outros;
  • a localização geográfica desta área marinha protegida e as suas características geomorfológicas e estéticas potenciam a utilização desta região como um local privilegiado para a educação ambiental e as diferentes formas de turismo da natureza quando devidamente controladas e regulamentadas; e
  • a vocação como zona de eleição para desencadear a consciência da necessidade de elaboração de um plano nacional de proteção do meio marinho em Portugal que inclua zonas costeiras e zonas oceânicas.

 Os problemas que afetam o Parque Marinho relacionam-se, essencialmente, com a exploração excessiva dos recursos biológicos e com a utilização intensa em atividades lúdicas. O passo decisivo na proteção desta costa, tem sido dado com a implementação do Plano de Ordenamento do Parque Natural, que faz o zonamento e a regulamentação da área, visando a compatibilização das atividades sustentáveis com os objetivos principais de conservação do Parque.

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Fonte: ICNF

 

A Cache

Agradeço cuidado no manuseamento do container final. A longevidade do mesmo depende de vocês.

Agradecia que não colocassem fotos do mesmo.

Espero que gostem

Boas cachadas!

 

Additional Hints (Decrypt)

Áeiber, cbe onvkb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)