Como se nota aqui, não era costume aplicar a cantaria na edificação por completo, por conta da escassa mão de obra e alto custo do material. Dessa forma, a técnica podia ser encontrada apenas em pontos específicos das edificações, como nos frontispícios, umbrais, pilastras, cornijas, portais e janelas.
Por ter sido feito nesta rocha o corte longitudinal para formar esses enormes blocos, é perfeito para se visualizar toda a litologia da rocha e suas propriedades físicas, estrutura, aparência, ocorrência e associações dos minerais.
A rocha utilizada é um diamictito arenítico que devido o corte feito pelo canteiro (profissional da cantaria) se apresenta bastante didático, possui origem da unidade basal do Grupo Itararé, de natureza muito variada, reflexo dos muitos sub-ambientes do ambiente glacial. Onde ocorrem além dos diamictitos, argilitos, folhelhos e arenitos.
Este grupo, de idade permo-carbonífera, possui 300 milhões de anos, representa um dos mais impressionantes registros de sedimentação glaciogênica.