Um VG no meio do monte com uma paisagem tremenda sobre Cabeceiras de Basto,Ribeira de Pena e não só.
VG ou não VG? Na listagem que possuo e entre outras pesquisas no DGterritorio.pt, não encontrei dados se é ou não. Contudo, nas triangulações possíveis existe os VG de Crespo, VG Bentuzelos e VG Srª da Graça por isso optei por manter como possivel VG. Como marca de terreno, está em limite dos conselhos de Ribeira de Pena e Mondim de Basto, mas literalmente no meio do monte
HISTÓRIA DOS MARCOS GEODÉSICOS
O Centro Geodésico de Portugal, está situado na Serra da Melriça, freguesia e concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco.
Encontrando-se a uma Altitude máxima ao Nível do Mar de 592m (anm/asl) e é delineado fundamentalmente pelo Marco Geodésico padrão, pelo Museu da Geodesia e áreas envolvente de apoio e estacionamento.
O Marco Geodésico, é conhecido popularmente por "Picoto da Melriça", sendo constituído por um vértice geodésico de 1ª ordem, piramidal, em alvenaria com 3 metros de base e 9 metros de altura e está desde á muito associado à história da cartografia moderna em Portugal. Esta iniciou-se no século XVIII, no reinado de D. Maria I, quando a soberana convidou a Academia Real da Marinha, a iniciar os trabalhos de triangulação geral do território, para a realização da Carta Geográfica do Reino.
A importância do Marco Geodésico padrão, resulta de que foi a partir deste ponto, que se deu início à marcação dos restantes 8.000 vértices geodésicos de Portugal Continental.
As coordenadas do Marco Geodésico são: latitude: 39º 41´ 40,14" N ;
longitude: 8º 07´ 49,80" W que corresponde ao Maidenhead Locator IM59wq.
Um vértice geodésico (popularmente chamado "talefe" em Portugal) é um sinal que indica uma posição cartográfica exata e que forma parte de uma rede de triângulos com outros vértices geodésicos. São escolhidos sítios altos e isolados com linha de visão para outros vértices.
A rede geodésica portuguesa é formada por vértices geodésicos que se dividem em três ordens de importância:
1ª Ordem - pirâmides distando 30 a 60 km
2ª Ordem - cilindro + cone listados distando 20 a 30 km
3ª Ordem - cilindro + cone distando 5 a 10 km
Uma rede geodésica é uma rede de triângulos que são medidos com exatidão a partir de técnicas de levantamento terrestres ou por geodesia espacial. Na "geodesia clássica" (até à década de 1960) esta é feita por triangulação, baseada na medição de ângulos e de algumas distâncias, sendo que a orientação precisa do Norte geográfico é efetuada por métodos de astronomia geodésica. Os instrumentos mais usados são os teodolitos e os tacómetros, que hoje em dia estão equipados por distanciómetros de infravermelhos para medição de distâncias, bases de dados, sistemas de comunicação e parcialmente por ligações satélite.
No início da década de 1960, foi introduzida a medição eletrónica de distâncias (MED), quando os primeiros protótipos se tornaram suficientemente pequenos para serem manuseados em trabalhos de campo. A MED aumentou a precisão das redes até 1 parte por milhão (1 cm por cada 10 km e atualmente já é 10 vezes melhor), e também tornou os levantamentos muito mais económicos e céleres.
Quando se iniciou o uso de satélites para uso da geodesia, com por exemplo os satélites Echo I e II e o Pageos. Através dessas sondas espaciais, foi possível a determinação de redes globais, que mais tarde vieram a provar a teoria da tectónica de placas.
Um melhoramento importante foi a introdução de satélites a rádio e eletrónicos como o Geos A e B (1965-1970), do Sistema Transit (usando o efeito Doppler) 1967-1990 — que foi o predecessor do GPS — e as técnicas a laser como o Lageos (EUA) ou Starlette (França). Apesar destas técnicas espaciais, as pequenas redes para cadastro e levantamentos topográficos são usadas principalmente para medições terrestres, mas na maioria dos casos essas redes são fechadas e unidas às redes nacionais e globais através da geodesia espacial.
Entretanto, estão atualmente em órbita várias centenas de satélites geodésicos, complementados por um enorme número de satélites de deteção remota — e também pelos sistemas de navegação GPS e Glonass, aos quais se seguirá o sistema de satélites europeu Galileo em 2008.
As redes mundiais não podem ser definidas como fixas, devido à Geodinâmica que leva ao deslocamento das posições de todos os continentes em razões de 2 a 20 cm por ano. Dessa forma, as redes globais modernas como a ETRF ou ITRF mostram não só as coordenadas dos seus "pontos fixos", como também as suas velocidades anuais.
|