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Inaugurado em 1996, o Parque Tanguá ocupa uma área de 450.000 m².
Possui enormes paredões de rochas do embasamento (gnaisses) e diabásio, cascatas e lagos. Uma das atrações principais é o túnel com cerca de 50m, escavado em rocha sã entre duas antigas frentes de lavra.
Unindo os lagos, há dentro do túnel uma passarela de madeira que leva os visitantes até um mirante.
Gnaisse, rocha de origem metamórfica, resultante da deformação de granitos. Sua composição é de diversos minerais, mais de 20% de feldspato potássico, plagioclásio, e ainda quartzo e biotita, sendo por isso considerada essencialmente quartzofeldspática.
No paredão principal e dentro do Túnel (Point 01) encontra-se um contato geológico entre o gnaisse acinzentado e um dique de diabásio (escuro). Este contato discordante revela o surgimento do Diabásio muito posterior ao gnaisse que já existia.
Boa parte do material extraído, onde hoje resta o lago, foi diabásio para uso em calçamentos ou pedra brita. Restos de um Britador de Rochas (Point 02) também foram mantidos no parque para visitação.
O dique de diabásio, já bastante modificado, apresentava uma espessura de cerca de 100m, alinhando-se na direção noroeste como a maior parte destas estruturas no Paraná.
Restos deste material podem ser encontrados próximo ao pier, na parte inferior do Parque.
É comum água pingando do teto dentro do túnel. As fissuras são o modo como se acumula água neste tipo de rocha. É assim que se forma o principal aqüífero de Curitiba e este processo pode ser visto no Tanguá com facilidade.
Estudos aprofundados sobre rochas exigem observação microscópica dos minerais.
Ao lado imagem de uma lâmina delgada feita com a rocha do Parque Tanguá observada em luz polarizada, mostrando a presença de quartzo, feldspato e epidoto.
Geralmente agrupadas como gnaisses, essas rochas são altamente complexas com grandes variações.
Tecnicamente esta amostra classifica-se como um meta-granitóide
A região do Parque Tanguá caracteriza-se por uma topografia acidentada, típica da porção norte da cidade.
O atual lago preenche a antiga praça de mineração, de onde as rochas foram extraídas com explosivos e máquinas. Durante os trabalhos a água era bombeada constantemente para que se pudesse baixar o nível do lençol freático. Com a paralisação das atividades o nível freático foi normalizado, formando a atual lâmina d'água.
Além do dique maior, dentro do túnel são facilmente visíveis pequenos diques de alguns centímetros de largura, ou seja, são as fraturas preenchidas pelo magma escuro que formou o diabásio e os basaltos no Paraná. É também observável dentro do túnel que as rochas encontram-se bastante fraturadas, muitas vezes por efeito dos explosivos, mas outras de origem natural.
Figura 4: Dique deslocado por falha normal de rejeito decimétrico (Pedreira Tanguá)